Reforma da Previdência em etapas pode não ser problema, diz presidente do Citi no Brasil
Se ao menos as regras da aposentadoria forem revisadas, o Brasil pode atrair entre US$ 50 bilhões e US$ 100 bilhões no próximo ano para a bolsa, defende o executivo
 
					Uma reforma da Previdência "profunda e rápida" é o ideal para o Brasil, mas pode ser feita em etapas, desde que bem comunicada à população e aos investidores, afirma o presidente do Citi no Brasil, Marcelo Marangon.
Otimista quanto à recuperação do País, que, segundo ele, pode se dar mais rapidamente que o esperado, Marangon ressalta que ainda que o cenário no País esteja favorável, com inflação e juros baixos e capacidade ociosa alta, as reformas estruturais precisam ocorrer.
Ajustes no arcabouço tributário e político e a manutenção do teto de gastos são, de acordo com o executivo, igualmente importantes para a Previdência.
Mas, se ao menos as regras da aposentadoria forem revisadas, o Brasil pode atrair entre US$ 50 bilhões e US$ 100 bilhões no próximo ano para a bolsa e mais US$ 80 bilhões de investimento externo direto. "Temos fundos globais e dedicados a mercados emergentes subalocados no Brasil. Eles reduziram substancialmente a exposição ao País. O investidor estrangeiro está esperando esta comunicação do novo governo sobre as reformas, ele está mais cético, esperando as coisas acontecerem", avalia o presidente do Citi, em entrevista ao Broadcast, na sede do banco, em São Paulo. Leia abaixo, os principais trechos da entrevista:
Broadcast - Qual a expectativa do banco em relação ao primeiro ano de governo de Jair Bolsonaro (PSB)?
Marcelo Marangon - Estamos muito otimistas com as perspectivas do Brasil. Este otimismo está diretamente alinhado com a capacidade do novo governo de aprovar as reformas. Quanto mais cedo e mais profundas forem as reformas, maior será o nível de confiança e a atração de investimento, seja o local ou o estrangeiro. O nível de confiança das empresas tem aumentado. Projetos que tinham sido paralisados voltaram à mesa. Vemos grande expectativa de o Brasil ter recuperação mais rápida que o esperado, pois a inflação está sob controle, os juros estão historicamente baixos e a capacidade ociosa está alta. Estes três elementos fazem com que se consiga girar a economia de maneira muito rápida sem muito investimento de curto prazo.
Broadcast - O que espera da reforma da Previdência em 2019?
Marangon - Temos alguns cenários: uma reforma rápida e profunda, que seria o melhor dos mundos, e uma reforma em etapas ao longo do ano. Se houver clara comunicação da profundidade da reforma, de como será executada e de seu 'timing', a execução das reformas não precisa ser de uma única forma. Se for em etapas, desde que seja comunicada, não seria tão problemático. A reforma tributária, a política, a manutenção do teto de gastos também são igualmente importantes. Nosso cenário base é uma aprovação da Previdência em etapas.
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Broadcast - E se a reforma da Previdência não acontecer?
Marangon - Não trabalhamos com esse cenário. Achamos que já existe um consenso dentro do governo, que tem sido muito claro na priorização das reformas. As equipes de Bolsonaro estão sendo formadas com técnicos, bons especialistas. A equipe econômica é forte e tem a confiança do mercado financeiro.
Broadcast - A aprovação da Previdência pode elevar o fluxo de recursos estrangeiros no Brasil?
Marangon - Temos fundos globais e dedicados a mercados emergentes subalocados no Brasil. Eles reduziram substancialmente a exposição ao País. O investidor estrangeiro está esperando esta comunicação do novo governo sobre as reformas, ele está mais cético, esperando as coisas acontecerem. O investimento externo direto pode somar mais de US$ 80 bilhões, ante US$ 70 bilhões de 2018. Na parte de investidores de portfólios, podemos atrair bilhões, entre US$ 50 bilhões a US$ 100 bilhões, dependendo dos cenários.
Broadcast - Como ficou o banco no Brasil após a venda do varejo para o Itaú Unibanco?
Marangon - Trabalhamos este ano inteiro como um banco de atacado, pela primeira vez no Brasil. O Citi Brasil se tornou a quinta maior franquia do Citi em atacado no mundo. Antes estávamos mais próximos do décimo lugar, por volta de 2013.
Broadcast - Como vê a atuação dos bancos públicos no governo de Bolsonaro?
Marangon - Existe uma estratégia de privatizar algumas linhas de negócio e a tendência de focar esses bancos em seus respectivos negócios principais. Nós estamos acompanhando esse processo de perto tanto sob a ótica de participar da estruturação tanto de eventuais interessados globais. Tudo isso vai em linha em relação à estratégia do novo governo de deixar o Estado menor.
Broadcast - Do outro lado, o Citi tem interesse em algum ativo dos bancos públicos ou parcerias?
Marangon - Discutimos várias parcerias, mas o nosso negócio no Brasil já está muito bem definido. Está redondinho. Temos um banco completo de atacado, com toda as linhas de negócios. Esse continuará sendo nosso foco.
Broadcast - O que o Citi espera do setor de infraestrutura no próximo governo?
Marangon - O Brasil tem investido na média 2% do PIB em infraestrutura. Na nossa visão, deveria ser no mínimo o dobro, 4% do PIB, mais ou menos US$ 80 bilhões por ano para começar a fechar o gap nos próximos 20 anos. Se o Brasil dobrar o investimento em infraestrutura nos próximos 20 anos, fecha grande parte do gap, mas isso por si só é uma oportunidade de investimento, de negócios para o País. Nós vemos um protagonismo maior do setor privado.
Broadcast - E como fica o financiamento para infraestrutura com atuação mais discreta do BNDES?
Marangon - Não vemos limitação em financiamento pelo setor privado. Existe liquidez e apetite tanto do mercado local quanto do internacional, tanto de bancos quanto de investidores. O que o Brasil tinha de carência não era em relação ao apetite, mas à estrutura do financiamento em infraestrutura. É preciso adotar padrões globais de contratos, de garantias, de riscos e ter um ambiente regulatório onde se tenha permanência, segurança jurídica etc.
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