Análise técnica funciona? Veja o que diz a ciência
De 32 estudos sobre o tema, 22 tiveram resultados favoráveis. Ou seja, dá para tirar proveito desse método para investir em ações.

Imagine que um medicamento em fase de testes é capaz de curar 60% a 70% dos pacientes com determinada doença. Você diria que ele funciona? Ou iria descartar essa solução já que ela não resolveu o problema em 100% das ocasiões?
O mesmo raciocínio se aplica ao futebol. E se o atacante do seu time acertasse 70% dos chutes ao gol? Isso estaria bom para você? Me parece um número bem favorável.
E se uma produtora de filmes emplacasse sete sucessos de bilheteria a cada dez lançamentos, e o lucro obtido com os blockbusters cobrisse com folga as perdas nos outros três. Essa empresa estaria satisfeita com seus resultados?
Agora vamos pensar nos seus investimentos. E se você tivesse um método para prever o movimento de preço das ações e ele acertasse 70% das vezes? Parece bom, não? E dá para ganhar dinheiro se você souber tirar proveito.
Eu estou falando da análise técnica, ou análise gráfica, como preferir. Ela classifica de forma gráfica o histórico da movimentação dos preços e volumes negociados do ativo. É um dos métodos usados para prever o comportamento futuro de preços de ativos.
Exemplo - Gráfico diário IBOV

É verdade que existem outras técnicas para prever o preço no futuro, tais como análise fundamentalista, utilização de modelos estatísticos e leitura de fluxo de ordens, sendo esse último método aplicado principalmente para operações de curtíssimo prazo.
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Análise técnica dá certo?
Há uma frequente (e antiga) discussão acerca da efetividade da análise técnica. Eu mesmo ouço questionamentos desde que comecei a estudar o tema, em 2006. Desconfio até que isso já esteja comemorando um século de opiniões controversas.
Grupos em redes sociais, vídeos no YouTube, ambientes empresariais e acadêmicos concentram discussões, muitas vezes fervorosas, sobre o tema. Mas, afinal, como responder à pergunta que encabeça este artigo: análise técnica funciona?
Primeiro, entendo que seja necessário definir o que é “funcionar” nesse contexto. Se funcionar significa acertar 100% das vezes, ou seja, antever com precisão todos os movimentos (altas ou baixas) que estão por vir, já posso adiantar que as coisas não são bem assim. E os exemplos que eu citei no início do texto mostram que em áreas tão divergentes quanto a medicina e o futebol o conceito de “funcionar” não se traduz em solucionar determinado problema 100% das vezes.
Mas como fazemos para testar a análise técnica? É possível utilizar metodologia científica para validar os resultados?
Sim, há testes que comprovam a sua eficácia. No livro Encyclopedia of Chart Patterns, o autor Thomas N. Bulkowski mostra o resultado de diversos testes de padrões gráficos durante 14 anos em mais de 500 ações americanas. A taxa de acerto (conseguir prever o próximo movimento) atingiu níveis elevados, de 80% a 90% das vezes. A obra tem duas edições, a primeira, publicada em 2000, e a segunda, revista e ampliada, em 2005.
Parece interessante, não?
Queria eu, pobre mortal, ter uma taxa de acertos dessa nas decisões que tomo ao longo da minha vida!
Agora, mudando um pouco de perspectiva, vamos à academia.
O que diz a ciência?
Eu estudei o tema na minha dissertação de mestrado, defendida em 2012. Levantei as diversas pesquisas acadêmicas sobre análise técnica, publicadas no Brasil e no exterior. Em uma amostra de 18 pesquisas acadêmicas nacionais, entre artigos em revistas, dissertações e teses, dez validam a análise técnica como ferramenta de predição de movimentos futuros dos preços.
Em relação às pesquisas no exterior, foram citados 12 trabalhos - dez deles apontam a eficácia da análise técnica.
Depois de 2012, encontrei apenas duas pesquisas científicas sobre o tema no Brasil. E ambas têm conclusões a favor do método.
Isso quer dizer que, de 32 estudos acerca do tema, 22 sinalizaram resultados favoráveis à análise técnica. Ou seja, 68,7% deles.
Seriam esses 68,7% um bom parâmetro?
Lembra dos percentuais de acerto no desenvolvimento de fármacos, dos chutes a gol do atacante do seu time e dos lançamentos de filmes?
Comparando coisas bem diferentes, entendo que existem fenômenos que aceitam uma taxa de acerto nessa ordem. Em alguns outros casos, é necessário buscar os 100% de acerto, por exemplo, na segurança da aviação. Não seria nada agradável voar sabendo que, a cada dez decolagens, três aviões caem.
Dito isso, será que um investidor, ao extrair e utilizar o melhor da análise técnica, conseguiria bons retornos em seus investimentos?
Se me abordassem para responder a essa pergunta, eu diria que sim! A análise técnica é um método que ajuda o investidor a enxergar oportunidades de ganhos no mercado de ações.
Adicionalmente, gostaria de reforçar que é necessário incorporar outros elementos para lucrar na bolsa. Gosto de citar os 3M, criados por Alexander Elder, autor consagrado do tema: mente, manejo de risco e método. A análise técnica se encaixa justamente nesse último item.
Não tenho a menor pretensão aqui de exaurir as discussões a respeito da análise técnica, tampouco de dar uma resposta binária. A minha intenção é de apenas de trazer ao leitor um olhar baseado em diversas pesquisas nacionais e ao redor do mundo com a chancela da academia.
Portanto, a você que se identificou ou já gostava de análise técnica, fica um convite a estudar o mundo dos gráficos.
Vale a pena!
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