Novo presidente do BB faz aceno aos acionistas minoritários
Rubem Novaes defende venda de negócios que não sejam o foco do banco e abertura de capital para ativo rentáveis. Também presente, Paulo Guedes fala que sua equipe é muito sintonizada

O presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, destacou que está livre do drama que aflige as empresas estatais de capitais aberto, representado pela interferência política e pela situação de ter dois patrões com objetivos nem sempre comuns.
“O mandato que recebo é compatível com os interesses dos acionistas minoritários”, disse Novaes na cerimônia de transmissão de cargo, a uma plateia de ministros e banqueiros do setor público e privado.
Novaes também aproveitou a oportunidade para esclarecer alguns pontos levantados por funcionários e analistas de mercado.
Aos funcionários, o presidente disse ser “um liberal” e como tal pouco lhe importa se um cidadão discorda de suas ideias. Esse dissonante jamais será prejudicado por isso. Ele também disse que não vai desmerecer o trabalho dos funcionários independentemente de terem atuado sob uma administração petista, tucana ou mdebista “desde que tenha agido corretamente, dentro de suas funções”.
Novaes ponderou que situação diferente ocorre quanto por política ou motivos pessoais, o funcionário adota uma agenda contrária aos interesses do banco e de seus acionistas, traindo a confiança dos pares para atender à propósitos escusos. “Para esses, o rigor da lei”, disse.
Para os analistas que se pretendem vender a “joias da coroa” do BB, Novaes disse que atua com foco na austeridade e maximização de valores e que “alguns ativos” que não tem sinergia com a atividade principal do banco “consideraremos desinvestimento”.
Leia Também
Para os ativos que são lucrativos, disse o presidente, o que se pretende é a abertura ao mercado de capitais e parceiros complementares para maximização de resultados.
Equipe sintonizada
O ministro da Economia, Paulo Guedes, também discursou no evento, lembrando que o BB tem, hoje, a melhor governança entre os bancos públicos, mas ao longo de sua história a instituição também se perdeu, “capturado por desígnios políticos”, sejam eles de governos civis ou militares.
Guedes lembrou do uso do banco como ferramenta para impulsionar o crédito e também como “banco central” na época dos militares e da “conta movimento”. As críticas foram feitas na presença do vice-presidente, general Hamilton Mourão.
Orador contundente, Guedes falou que nesse período, a instituição sofreu um sequestro político e que o Banco Central “foi estuprado na ocasião”, apesar dos nobres desígnios de ampliar o crédito à agricultura para dar mais e melhor comida ao brasileiro. Na plateia também estava o presidente indicado do Banco Central, Roberto Campos Neto.
Segundo Guedes, o BB se salvou graças a boa governança corporativa. Mas assim que “levantou”, foi o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) que caiu via aumento de capital e “dinheiro fácil” para os escolhidos. Joaquim Levy, novo presidente do banco de fomento, também estava na plateia.
Escapando do tema principal, Guedes disse que “somos uma equipe muito sintonizada” ao mencionar, por cima, as notícias de que haveria desentendimentos entre ele, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e o general Mourão.
Segundo Guedes, todos no governo pensam em gerações futuras e não nas próximas eleições. Antes disso, Guedes tinha feito uma nova defesa do presidente Jair Bolsonaro, como democrata e patriota.
Guedes também disse que o “seu time” pode e certamente vai errar, mas que ele se cercou de gente que conhece os fundamentos, tem formação sólida vasta experiência, ética e bons princípios.
Segundo Guedes a equipe é composta por pessoas que querem ofertar algo ao país e não receber algo do Brasil. “O Estado brasileiro foi ocupado e cada um foi lá, cada grupo foi lá e pegou uma teta”, disse.
Taxa de juros
Com relação às taxas de juros, Novaes disse que o tema é questão macroeconômica e que o Banco do Brasil não vai resolver isso sozinho. Para ele, há duas pontos centrais que envolvem o assunto. Primeiramente está o endividamento público e as perspectivas para as contas públicas.
Mas, segundo ele, isso é um aspecto que o governo está trabalhando para promover uma mudança. E em segundo lugar, está a competitividade entre os bancos.
Novidades à vista?
Ao ser perguntados sobre o programa de demissões, o presidente do BB disse que consultorias fizeram estudos sobre o banco e que ele vai se deter a análise feita por elas. Ele acrescentou ainda que o objetivo de qualquer gestor é reduzir custos, mas desde que não prejudique o banco.
Já no quesito inovação, Novaes afirmou que vislumbrar o que será o banco do futuro será fundamental para manter a competitividade de qualquer banco.
"Estamos trazendo um vice-presidente de Tecnologia de Informação (TI) que está na fronteira da técnica bancária. Mas ele só será anunciado após passar pelo comitê de exigibilidade", destacou o presidente.
Para ele, as novas tecnologias exigem cada vez menos bancarização por agência. "A meta é passar a rentabilidade dos pares privados", finalizou Novaes em seu discurso.
Caiu na malha fina? Receita libera consulta ao lote de restituição do Imposto de Renda na quarta-feira
Ao todo, 279,5 mil contribuintes receberão R$ 339,63 milhões, mas há quem receberá o pagamento do lote de restituição do Imposto de Renda antes
Vítima da guerra comercial, ações da Braskem (BRKM5) são rebaixadas para venda pelo BB Investimentos
Nova recomendação reflete o temor de sobreoferta de commodities petroquímicas no cenário de troca de farpas entre Estados Unidos e o restante do mundo
Banco do Brasil (BBSA3) pode subir quase 50% e pagar bons dividendos — mesmo que a economia degringole e o agro sofra
A XP reiterou a compra das ações do Banco do Brasil, que se beneficia dos juros elevados no país
Taxa sobre taxa: Resposta da China a Trump aprofunda queda das bolsas internacionais em dia de ata do Fed
Xi Jinping reage às sobretaxas norte-americanas enquanto fica cada vez mais claro que o alvo principal de Donald Trump é a China
Renda fixa para abril chega a pagar acima de 9% + IPCA, sem IR; recomendações já incluem prefixados, de olho em juros mais comportados
O Seu Dinheiro compilou as carteiras do BB, Itaú BBA, BTG e XP, que recomendaram os melhores papéis para investir no mês
Sai Durigan, entra Anelize: Banco do Brasil (BBAS3) convoca assembleia de acionistas para trocar 5 dos 8 membros do conselho; veja as indicações
Colegiado passará por mudanças depois de governo Lula ter manifestado a intenção de trocar liderança do conselho; reunião está marcada para 30 de abril do Banco do Brasil
As três ações brasileiras “à prova de Trump”? As empresas que podem se salvar em meio ao desespero global, segundo o BofA
Diante do pandemônio que as tarifas de Trump causaram nos mercados, o BofA separou quais seriam as ações que funcionariam como “porto seguro”
Com eleições de 2026 no radar, governo Lula melhora avaliação positiva, mas popularidade do presidente segue baixa
O governo vem investindo pesado para aumentar a popularidade. A aposta para virar o jogo está focada principalmente na área econômica, porém a gestão de Lula tem outra carta na manga: Donald Trump
Um café e um pão na chapa na bolsa: Ibovespa tenta continuar escapando de Trump em dia de payroll e Powell
Mercados internacionais continuam reagindo negativamente a Trump; Ibovespa passou incólume ontem
Eleições 2026: Lula tem empate técnico com Bolsonaro e vence todos os demais no 2º turno, segundo pesquisa Genial/Quaest
Ainda segundo a pesquisa, 62% dos brasileiros acham que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não deveria se candidatar à reeleição em 2026
Em busca de proteção: Ibovespa tenta aproveitar melhora das bolsas internacionais na véspera do ‘Dia D’ de Donald Trump
Depois de terminar março entre os melhores investimentos do mês, Ibovespa se prepara para nova rodada da guerra comercial de Trump
Ainda dá para ganhar com as ações do Banco do Brasil (BBAS3) e BTG Pactual (BPAC11)? Não o suficiente para animar o JP Morgan
O banco norte-americano rebaixou a recomendação para os papéis BBAS3 e BPAC11, de “outperform” (equivalente à compra) para a atual classificação neutra
Esporte radical na bolsa: Ibovespa sobe em dia de IPCA-15, relatório do Banco Central e coletiva de Galípolo
Galípolo concederá entrevista coletiva no fim da manhã, depois da apresentação do Relatório de Política Monetária do BC
STF torna Bolsonaro réu por tentativa de golpe; o que acontece agora
Além de Bolsonaro, a primeira turma do Supremo Tribunal Federal (STF) tornou réus sete aliados do ex-presidente
Cuidado com a cabeça: Ibovespa tenta recuperação enquanto investidores repercutem ata do Copom
Ibovespa caiu 0,77% na segunda-feira, mas acumula alta de quase 7% no que vai de março diante das perspectivas para os juros
O que o meu primeiro bull market da bolsa ensina sobre a alta das ações hoje
Nada me impactou tanto como a alta do mercado de ações entre 1968 e 1971. Bolsas de Valores seguem regras próprias, e é preciso entendê-las bem para se tirar proveito
O rugido do leão: Ibovespa se prepara para Super Semana dos bancos centrais e mais balanços
Além das decisões de juros, os investidores seguem repercutindo as medidas de estímulo ao consumo na China
Na presença de Tarcísio, Bolsonaro defende anistia e volta a questionar resultado das eleições e a atacar STF
Bolsonaro diz que, “mesmo preso ou morto”, continuará sendo “um problema” para o Supremo Tribunal Federal (STF)
Decisão polêmica: Ibovespa busca recuperação depois de temor de recessão nos EUA derrubar bolsas ao redor do mundo
Temores de uma recessão nos EUA provocaram uma forte queda em Wall Street e lançaram o dólar de volta à faixa de R$ 5,85
Itaú BBA põe Banco do Brasil (BBAS3) no banco de reservas com projeção de dividendos menores — mas indica os craques do setor
Itaú BBA tem recomendação neutra para o Banco do Brasil, apesar de lucro acima do esperado no quarto trimestre de 2024. Analistas da instituição têm outros preferidos no setor bancário