Gestores estão otimistas com América Latina e Brasil
Para quase 70% dos consultados pelo Bank of America Merrill Lynch, Ibovespa estará acima dos 85 mil pontos no fim do ano e dólar ficará abaixo de R$ 3,80

Pesquisa mensal feita pelo Bank of America Merrill Lynch com gestores de recursos da América Latina mostra um ambiente de otimismo com o resultado das eleições e com uma agenda de reformas. Para o cenário global, a história é outra.
Os investidores estão mais animados com o mercado de ações, com 65% dos entrevistados esperando um desempenho acima da média (outperform) para os próximos seis meses. Tal patamar é o maior desde março e mostra uma firme recuperação em comparação com os cerca de 20% vistos em junho.
Dois em cada três consultados enxergam o Ibovespa acima dos 85 mil pontos no fim do ano. Em setembro esta proporção era de apenas um para cada cinco. Outros 23% trabalham com Ibovespa acima dos 95 mil pontos. Mês passado, nenhum investidor trabalhava com tal patamar de pontos para o principal indicador do mercado acionário brasileiro.
No mercado de câmbio quase metade espera dólar abaixo de R$ 3,8 até o fim de 2018. Em setembro, tal previsão não atingia 10%, enquanto quase 40% estavam trabalhando com a estimativa de dólar acima de R$ 4,0.
Perguntados se o Banco Central deveria atuar para tirar pressão do mercado de câmbio, 74% disseram que o BC não deve fazer nada (inclui opções alta de juro, leilão surpresa de swap cambial, venda de reservas e leilão diário de câmbio).
Tanto no Brasil quanto no México a expectativa é de que as ações tenham um desempenho melhor que os outros ativos e 40% dos consultados planejam elevar sua exposição a esses mercados nos próximos meses. A pesquisa também captou uma melhora de percepção com relação à Argentina, já que 26% disseram que pretendem dar mais espaço ao país nos seus investimentos, contra 17% em setembro.
Leia Também
Eleições e Reformas
Sobre eleições no Brasil, 58% dos gestores acreditam que a chance de vitória de um candidato de centro-direita está na casa dos 70%. Em setembro, ninguém atribuía tal probabilidade.
Os investidores também estão com uma visão mais positiva com relação à reforma da Previdência, com 77% enxergando aprovação até o fim de 2019, contra 60% no mês passado. Esse é o maior percentual desde que o tema passou a ser abordado. E mesmo em caso de vitória de Fernando Haddad, a avaliação é de que o partido será pragmático, resposta dada por pouco mais de 30% dos participantes.
Riscos
O maior risco de cauda para a América Latina é uma disparada nos juros americanos (evento selecionado por 37%, contra 14% um mês antes) ou eventos envolvendo a China e/ou o mercado de commodities (21% contra 6% anteriormente).
Com relação ao México, o que mais preocupa é uma possível desaceleração da economia americana, com 35% das menções.
Surpresas domésticas, como eleições no Brasil ou questões orçamentárias no México, não foram itens relevantes citados pelos participantes.
Alocação
Perguntados sobre a posição em caixa, que é uma forma de medir quão defensiva é a posição do gestor, a média da amostra foi de 4,3% dos ativos, resultado em linha com o visto ao longo dos últimos seis meses.
Questionados sobre o patamar de risco, a maioria (quase 50%) acredita que está com posição abaixo do normal ou dentro do normal. Apenas 10% avaliam que sua posição está com risco acima do usual.
Os investidores demonstram otimismo com o mercado, mas têm formado proteção (hedge) contra eventual queda acentuada no preço das ações. Agora em outubro 47% deles disseram fazer algum tipo de hedge, contra cerca de 25% em setembro.
Foram consultados 43 gestores de fundos institucionais (pensão e seguradoras) e fundos multimercado.
Pesquisa mundial contra outra história
A sondagem com os gestores globais, que abrange 231 entrevistas com responsáveis por mais de US$ 646 bilhões em ativos, mostra que o pessimismo com o crescimento econômico mundial é o maior desde a crise de 2008. Quando perguntados sobre como a economia vai evoluir ao longo do próximo ano, 38% esperam desaceleração.
“Os investidores estão pessimistas em relação ao crescimento global”, diz o estrategista-chefe de investimentos do BofA, Michael Hartnett, em nota. “Mas não o suficiente para sinalizar qualquer coisa, a não ser um ajuste de curto prazo em ativos de risco.”
Ainda de acordo com a sondagem, 85% dos gestores consultados acreditam que a economia global está em fim de ciclo, 11 pontos percentuais acima das máximas anteriores verificadas em dezembro de 2007.
Mais um indicativo de cautela é a posição média mantida em caixa de 5,1%, acima da média de 4,5% vista nos últimos 10 anos.
Os gestores também acreditam que o dólar está sobrevalorizado, notadamente em comparação com as moedas emergentes, que têm a maior classificação de “subvalorizadas” desde o começo da pesquisa.
Na avaliação sobre os resultados corporativos, 35% indicaram que não esperam elevação de 10% ou mais ao longo do próximo ano. Da amostra, 20% acreditam que os lucros empresariais vão cair dentro dos próximos 12 meses.
Riscos globais
A guerra comercial aparece como maior risco de cauda (35%), seguido pelo aperto das condições monetárias (31%) e uma desaceleração da economia chinesa (16%).
O “trade” mais congestionado para 32% dos consultados está nas ações do Facebook, Apple, Amazon, Netflix, Google, Baidu e Tencent (FAANG + BAT) pelo nono mês consecutivo, seguido por uma posição vendida em títulos da dívida americana (19%) e comprada em S&P 500 (18%).
Para fundo Verde, cenário é complexo para ações brasileiras, e mundo entra em fase de crescimento baixo e juros altos
Em carta aos cotistas, fundo Verde, da gestora homônima de Luis Stuhlberger, diz que está comprado em ações domésticas, as quais considera baratas, porém fiscal ainda ameaça; retorno do fundo superou o CDI em maio e corresponde a mais que o dobro do indicador no ano
Megainvestidor Bill Ackman zera participação na Netflix e perde US$ 400 milhões, após balanço decepcionante
Queda no número de assinantes da companhia de streaming levaram ações a desabarem 35%; investimento dos fundos de Ackman havia sido feito há apenas três meses
O “monstro” voltou ao Inter (BIDI11). Fundo Ponta Sul compra mais de 5% das ações do banco digital
O fundo do gestor Flavio Gondim, também conhecido como “Monstro do Leblon” chegou a ter mais de 15% dos papéis do Inter, mas liquidou as posições após fortes perdas
Hora de comprar bolsa é quando os juros estão altos, diz gestor da Brasil Capital, cujo fundo já rendeu 1.300%
Em entrevista ao Seu Dinheiro, André Ribeiro diz que bolsa brasileira está barata e que momento é bom para comprar ações para o longo prazo
Guerra entre Rússia e Ucrânia pode trazer ainda mais recursos estrangeiros para a B3, diz gestor de fundo que já rendeu mais de 1.000%
Em entrevista ao Seu Dinheiro, André Ribeiro, gestor da Brasil Capital, também disse que a bolsa brasileira está barata e que o momento é bom para comprar ações descontadas para o longo prazo
O gringo voltou para a bolsa brasileira; mas para este gestor estrangeiro, talvez não queira ficar por muito tempo
Edward Cole, diretor executivo da Man GLG, parte da maior gestora de fundos de hedge da Europa, acredita que estrangeiros não têm grande convicção sobre a sustentabilidade do fiscal e vê risco nas eleições presidenciais
Bolsa barata? Um dos fundos de ações mais rentáveis da história vai reabrir para captar até R$ 1,1 bilhão
Dynamo Cougar receberá novos investimentos até o dia 16 de fevereiro ou até que atinja R$ 1,1 bilhão; última reabertura do fundo foi em março de 2020
Gestora Alaska aumenta participação na Cogna (COGN3) para mais de 15%, e ação dispara
Papel tem uma das maiores altas do Ibovespa depois que gestora de Henrique Bredda e Luiz Alves Paes de Barros informou ter adquirido mais ações na companhia de educação
TC (TRAD3) está no grupo de empresas que não deveria ter feito IPO, diz Guilherme Aché, da Squadra
Guilherme Aché falou sobre o TC quando foi questionado sobre o relatório publicado pela casa de análise Empiricus — do mesmo grupo do Seu Dinheiro — que recomendou a venda de ações TRAD3
Inter (BIDI11) chega a cair mais de 20% em três pregões e mercado se volta para o ‘Monstro do Leblon’
Toda vez que as ações do Inter apresentam uma trajetória incomum as atenções se voltam para o Ponta Sul, fundo que detém uma posição grande no banco digital
A antiga gestora de Paulo Guedes recebeu um “cheque em branco” de quase R$ 1 bilhão para investir no país
Crescera Capital, gestora de fundos que tinha o ministro Paulo Guedes como sócio, captou US$ 175 milhões na Nasdaq para investir na compra de empresas brasileiras
Michael Burry alfineta Elon Musk: ‘ele não precisa de grana, só quer vender ações da Tesla’
Gestor da Scion, imortalizado no filme “A grande aposta” como um dos investidores que previram a crise dos subprime, insinuou que vendas de ações da Tesla por seu CEO são uma realização de lucros, pois ele já teria caixa para honrar compromissos
“As bolsas estão navegando as condições financeiras mais frouxas da história”, diz André Jakurski, da JGP
Fundador e gestor da JGP Asset Management, André Jakurski falou sobre sua visão para os mercados globais e mostrou preocupação com o Brasil
Como reduzir o risco da carteira num cenário cheio de incertezas? Três experientes gestores respondem
Os gestores Paolo Di Sora (RPS Capital), Duda Rocha (Occam Brasil) e Pedro Andrade (IP Capital) participaram do Investidor 3.0, da Empiricus
Há bolhas se formando, principalmente no setor de tecnologia. O alerta é do CEO da Blackstone, gestora global de US$ 684 bi
À frente da gestora especializada em private equity, Stephen Schwarzman está lançando seu livro no Brasil e conversou com o Seu Dinheiro sobre o rali das bolsas americanas e a imagem do Brasil lá fora
Fundo Verde tem aumentado a posição na bolsa brasileira “seletivamente e com disciplina”
Gestora de Luis Stuhlberger vê boas empresas negociando a valores bastante interessantes e exagero do pessimismo do mercado com juros reais no Brasil
Grendene e 3G Capital, gestora de Lemann, fecham acordo para joint venture no exterior
Fabricante de calçados quer acelerar distribuição e vendas no exterior; controle da operação ficará nas mãos da 3G Radar, gestora sob o guarda-chuva da 3G Capital
As principais apostas na bolsa do fundo que rende mais de 20% no ano — contra uma queda de 6% do Ibovespa
Para gestor da Helius Capital, preço do petróleo deve seguir em alta, o que favorece as ações da Petrobras (PETR4) e PetroRio (PRIO3), principais posições do fundo hoje
Alaska aceita proposta para vender a Log-In (LOGN3) para MSC; ação sobe mais 7% hoje
A gestora é a principal acionista da companhia, com uma participação de 45% do capital da Log-In; cota do fundo subiu ontem apesar da queda do Ibovespa
Após vender Hortifruti para Americanas, Partners Group quer investir US$ 300 milhões e lançar fundo para o varejo no Brasil
Com um total de US$ 120 bilhões sob gestão, responsável pela gestora suíça no Brasil e América Latina fala ao Seu Dinheiro sobre potenciais alvos de aquisição e “concorrência” com IPOs na B3