Dados de emprego nos EUA decidem o dia
Após números fracos da indústria e do setor de serviços nos EUA, payroll pode clarear cenário sobre a desaceleração da atividade no país

Os números piores que o esperado sobre o desempenho da indústria e do setor de serviços nos Estados Unidos em setembro, divulgados esta semana, elevaram a expectativa do mercado financeiro pelo relatório de emprego no país (payroll). E os dados do mês passado (9h30) podem lançar luz sobre o cenário de desaceleração da maior economia do mundo.
Se a sensação de perda de tração da atividade nos EUA for confirmada, o payroll deve mostrar que as contratações, em especial na indústria e nos serviços, também estão se enfraquecendo. Assim, a previsão de criação de 125 mil vagas pode estar superestimada. O mesmo se pode dizer sobre a manutenção da taxa de desemprego em 3,7%.
Porém, qualquer número mais positivo, próximo ou acima da projeção original, de 145 mil vagas - estimada antes dos índices ISM de atividade e da pesquisa ADP sobre o emprego no setor privado norte-americano - pode mudar o humor do mercado, afastando o temor de recessão nos EUA. Também merecem atenção os dados sobre a renda média do trabalhador, que cresce ao ritmo de 3% em 12 meses.
Afinal, os sinais conflitantes sobre a economia dos EUA têm levantado dúvidas sobre um eventual ciclo mais agressivo de corte de juros pelo Federal Reserve. De um lado, a atividade e os investimentos mostram trajetória negativa - exceto o setor imobiliário - ao passo que o consumo segue robusto, gerando um acúmulo de pressão inflacionária.
Nessa aparente contradição, fica difícil saber qual será o próximo passo do Fed. Considerando-se a expectativa de desaceleração mais acentuada dos EUA ao final deste ano, os investidores apostam em queda maior dos juros, de meio ponto porcentual (pp), já neste mês. Mas o Fed pode resistir a essa dosagem mais elevada.
Ao menos até que haja evidências mais claras de que a economia norte-americana corre sério risco de cair em recessão. A ver o que o presidente do Fed, Jerome Powell, tem a dizer sobre isso, em evento em Washington, a partir das 15h. No discurso, ele terá a oportunidade de validar as expectativas do mercado ou trazê-lo de volta à realidade.
Leia Também
Exterior de lado
Com isso, a possibilidade de o payroll decidir o cenário de curto prazo é grande, o que leva os negócios globais a mostrarem cautela, antes dos dados efetivos. Ainda mais diante de uma agenda econômica esvaziada nesta sexta-feira, no Brasil e em outras partes do mundo, transferindo toda a atenção para os EUA.
O calendário econômico norte-americano do dia traz ainda o resultado da balança comercial em agosto, também às 9h30, que pode adicionar ingredientes às discussões durante a décima terceira rodada de negociações entre EUA e China, prevista para acontecer na semana que vem, em Washington. A guerra comercial, aliás, é o principal risco à economia global.
À espera desses números, o exterior tem uma sessão calma, com movimentações laterais nos negócios. A Bolsa de Tóquio fechou em alta de 0,3%, enquanto Seul caiu 0,5%. Em Hong Kong, o endurecimento das regras do governo local em relação aos protestos pesou nos negócios, que caíram 1%.
Já no Ocidente, os índices futuros das bolsas de Nova York amanheceram de lado, porém, com um ligeiro viés negativo, o que tenta embalar o pregão europeu, ao menos até a divulgação do payroll. Nos demais mercados, o petróleo avança e o minério de ferro também, ao passo que o juro projetado pelo título norte-americano de 10 anos (T-note) e o dólar estão estáveis.
Aliás, o temor de desaceleração nos EUA e a possibilidade maior de corte nos juros norte-americanos têm enfraquecido globalmente a moeda norte-americana, que caiu abaixo da faixa de R$ 4,10 ontem, em baixa de 1%. A trajetória se contrasta com o visto no início da semana, quando o câmbio doméstico chegou a flertar com a marca de R$ 4,20.
Já o Ibovespa defendeu ontem o nível dos 100 mil pontos, perdido durante a sessão, após Wall Street deixar de lado a incerteza sobre a economia global e a guerra comercial, e apoiando-se na perspectiva de que o Fed deve continuar cortando a taxa de juros norte-americana no curto prazo. A ver, então, como os ativos de risco se comportam hoje.
Bitcoin (BTC) tem dia histórico: criptomoeda quebra novo recorde e ultrapassa US$ 109 mil
Impulsionado por adoção institucional, trégua comercial com a China e ambiente regulatório favorável, bitcoin bate máxima histórica — mas cenário ainda exige cautela dos investidores
BNDES corta participação na JBS (JBSS3) antes de votação crucial sobre dupla listagem nos EUA — e mais vendas podem estar a caminho
A BNDESPar reduziu a participação no frigorífico para 18,18% do total de papéis JBSS3 e agência alerta que a venda de ações pode continuar
Nubank (ROXO34) anuncia saída de Youssef Lahrech da presidência e David Vélez deve ficar cada vez mais em cima da operação
Lahrech deixa as posições após cerca de cinco anos na diretoria da fintech. Com a saída, quem assumirá essas funções daqui para frente será o fundador e CEO do Nu
Só pra contrariar: Ibovespa parte dos 140 mil pontos pela primeira vez na história em dia de petróleo e minério de ferro em alta
Agenda vazia deixa o Ibovespa a reboque do noticiário, mas existe espaço para a bolsa subir ainda mais?
Ibovespa está batendo recordes por causa de ‘migalhas’? O que está por trás do desempenho do índice e o que esperar agora
O otimismo com emergentes e a desaceleração nos EUA puxam o Ibovespa para cima — mas até quando essa maré vai durar?
Méliuz avalia listagem nos EUA para ampliar acesso a investidores estrangeiros; entenda os próximos passos da empresa
Objetivo é aumentar a visibilidade das ações e abrir espaço para eventuais operações financeiras nos EUA, segundo a empresa
Ibovespa (IBOV) encerra o pregão com novo recorde, rompendo a barreira dos 140 mil pontos; dólar sobe a R$ 5,67
O principal índice de ações da B3 tem mais um dia de pontuação inédita, com EUA em baixa no mercado internacional e boas notícias locais
Robotáxis da Tesla já têm data de estreia; Elon Musk promete milhões de carros autônomos nas ruas até 2026
CEO da Tesla confirma entrega de mil robotáxis até o fim de junho e quer competir com os principais apps de transporte por meio de um modelo próprio
Ação de gigante chinesa de baterias para veículos elétricos dispara 16% em estreia na bolsa de Hong Kong, após maior IPO do ano
A CATL pretende usar grande parte dos US$ 4,6 bilhões levantados com o IPO para construir uma fábrica na Hungria e se aproximar de principais clientes europeus
BTG corta preço-alvo da Petrobras (PETR4) em R$ 14 e mira nova petroleira; veja motivos e oportunidades
Queda no preço do petróleo pressiona Petrobras, mas analistas ainda enxergam potencial de valorização
Trump sem o apoio de Elon Musk em 2028? Bilionário diz que vai reduzir gastos com doações para campanhas eleitorais
O CEO da Tesla foi o principal apoiador da campanha eleitoral de Donald Trump em 2024, mas ele avalia que já fez “o suficiente”
Onde investir na bolsa em meio ao sobe e desce do dólar? XP revela duas carteiras de ações para lucrar com a volatilidade do câmbio
Confira as ações recomendadas pelos analistas para surfar as oscilações do dólar e proteger sua carteira em meio ao sobe e desce da moeda
Ação da Smart Fit (SMFT3) pode ficar ainda mais “bombada”: BTG eleva preço-alvo dos papéis e revela o que está por trás do otimismo
Os analistas mantiveram recomendação de compra e elevaram o preço-alvo de R$ 27,00 para R$ 28,00 para os próximos 12 meses
Uma questão de contexto: Ibovespa busca novos recordes em dia de agenda fraca depois de corte de juros na China
Investidores repercutem avanço da Petrobras à última etapa prevista no processo de licenciamento da Margem Equatorial
Entre a frustração com o Banco do Brasil (BBAS3) e a surpresa com o Bradesco (BBDC4): quem brilhou e decepcionou nos resultados dos bancos do 1T25?
Depois dos resultados dos grandes bancos, chegou a hora de saber: o que os analistas estão recomendando para a carteira de ações?
Felipe Miranda: A bifurcação de 2026
Há uma clara bifurcação em 2026, independentemente de quem for eleito. Se fizermos o ajuste fiscal, então será o cenário bom. E se não fizermos o ajuste nos gastos, o Brasil quebra
Méliuz (CASH3) avalia captar recursos via dívida e oferta de ações de R$ 150 milhões para investir em bitcoin (BTC)
Companhia aprovou, na semana passada, mudança no estatuto social para passar a adotar a criptomoeda como principal ativo de investimento da sua tesouraria
Bitcoin (BTC) à beira de novo recorde: criptomoeda flerta com US$ 107 mil em meio à reação ao rebaixamento do rating dos EUA
Semana começa agitada para o mercado de criptomoedas, com alta volatilidade. Mas, por enquanto, o saldo é positivo para o bitcoin, e especialistas já enxergam novas máximas
Jamie Dimon, CEO do JP Morgan, libera compra de bitcoin para clientes, mas se mantém crítico e compara BTC a cigarro
Com um longo histórico de ceticismo, Jamie Dimon afirmou que o JP Morgan permitirá a compra de bitcoin, mas sem custodiar os ativos: “Vamos apenas colocar nos extratos dos clientes”
Se nem os EUA ‘se salvaram’, quem resta? Os países que ainda são ‘triple A’ — e por que essa lista só tem diminuído desde 2008
Após mais de uma década sob pressão, os Estados Unidos perdem o topo da classificação de risco da Moody’s e se juntam a outros rebaixados ilustres