Como os bancos de Wall Street estão driblando as sanções contra Rússia e negociando no país
Goldman Sachs, JP Morgan e Deustche Bank são os primeiros a anunciar que estão deixando o país e podem ser seguidos por outras instituições financeiras globais

O Goldman Sachs foi o primeiro dos bancos globais a dizer que estava deixando a Rússia por conta da guerra na Ucrânia. Logo depois, o JP Morgan seguiu os mesmos passos. Outros gigantes do setor financeiro mundial como Deutsche Bank também estão cortando laços com Vladimir Putin, mas ainda assim encontraram um jeito de fazer negócios no país.
Uma lista com mais de 200 empresas internacionais já suspenderam suas atividades na Rússia. As pesadas sanções dos Estados Unidos e de seus aliados para frear as tropas russas na Ucrânia tornou quase impossível a realização de negócios.
Também pesam sobre esses conglomerados os prejuízos à imagem corporativa em um país ligado à invasão de outro.
O que chama atenção no caso do setor financeiro é que raramente bancos, seguradoras e gestores de ativos fazem declarações políticas, mas o que se vê agora são grandes instituições lutando para se distanciar da Rússia e avaliar suas exposições.
Uma saída na guerra
Embora estejam de saída da Rússia, os grandes bancos norte-americanos e europeus encontraram um caminho para manter as negociações no país.
O Goldman, por exemplo, está vendendo dívida russa para fundos de hedge. A negociação em mercados secundários é permitida sob sanções dos Estados Unidos.
Leia Também
- IMPORTANTE: liberamos um guia gratuito com tudo que você precisa para declarar o Imposto de Renda 2022; acesse pelo link da bio do nosso Instagram e aproveite para nos seguir. Basta clicar aqui
Um porta-voz do Goldman disse à NBC News que o banco “não está se envolvendo em nenhuma nova negociação de títulos com entidades russas no país”.
Os bancos europeus estão ainda mais enredados com a Rússia. O CFO do Deutsche Bank, James von Moltke, disse na quinta-feira (10) que não era “prático” fechar seus negócios na Rússia.
Mas o gigante alemão não aguentou a pressão e nesta sexta-feira (11) acabou anunciando o encerramento de seus negócios na Rússia.
Bancos já haviam saído da Rússia antes
Os grandes bancos dos Estados Unidos haviam se retirado da Rússia após a anexação da Crimeia, em 2014.
O único grande banco norte-americano que manteve uma presença significativa no país é o Citigroup, que tem cerca de 3.000 funcionários e quase US$ 10 bilhões em exposição à Rússia.
O Citi - que colocou à venda sua divisão de consumo na Rússia no ano passado - disse na quarta-feira (09) que iria avaliar suas operações no país.
- Goldman Sachs: a exposição total ao crédito era de US$ 650 milhões no final de 2021. O banco tem cerca de 80 funcionários na Rússia e está providenciando a saída daqueles que pediram para deixar o país;
- JP Morgan: detém ativos para alguns clientes na Rússia e tem mais de 100 funcionários lá, mas o negócio não era grande o suficiente para figurar entre seus 20 principais mercados;
- Deutsche Bank: a exposição de risco de crédito à Rússia e à Ucrânia é de 2,9 bilhões de euros, mas o banco alemão começou a reduzir essa exposição nas últimas duas semanas.
Qual banco é o próximo da fila?
É difícil fazer uma previsão sobre qual será o próximo grande banco a anunciar sua saída da Rússia por conta da guerra, mas o italiano UniCredit e o francês BNP Paribas já divulgaram que têm bilhões de euros em risco no país.
Além disso, as gestoras de ativos estão também sujeitas a grandes baixas contábeis. A BlackRock, por exemplo, está com perdas de US$ 17 bilhões em títulos russos mantidos por seus clientes, segundo o Financial Times.
Em um cenário extremo, os bancos podem perder tudo se Moscou confiscar ativos e as sanções tornarem os títulos relacionados à Rússia sem valor.
As reverberações financeiras da turbulência induzida pelas sanções também podem atingir as empresas financeiras sem exposição direta à Rússia, já que a volatilidade, a inflação e outros efeitos lançam uma sombra sobre os mercados globais.
*Com informações do Financial Times e do The New York Times
Agora é para valer: tarifaço de Trump pega a China em cheio — veja quais são as primeiras empresas e produtos taxados em 145%
Os navios com itens importados da China começaram a atracar nos EUA em meio ao início das negociações entre os dois países para tentar colocar fim à guerra comercial
Fundo Verde bate o CDI: as apostas certeiras de Stuhlberger no mês de abril
A Verde Asset considerou que abril teve um ritmo acelerado nos mercados e ampliou a posição do fundo em criptoativos, ouro e moeda chinesa
Bitcoin (BTC) toca US$ 104 mil, ethereum (ETH) dispara e criptos miram novos patamares com sinais de trégua comercial
Alívio geopolítico nesta semana eleva o apetite por risco, aproxima o bitcoin de novos recordes e impulsiona o ethereum a uma alta de 26,71% em sete dias
Haddad vê espaço para negociações com os EUA sobre tarifas e diz que o Brasil está bem posicionado para uma cooperação regional
Em evento, o ministro da Fazenda falou sobre a conversa que teve com o secretário do Tesouro americano e disse que ele reconheceu a “anomalia” de taxar um país que mais compra do que vende para os EUA
Nem França, nem Itália: o país que bebeu mais vinho em 2024 foi…
Levantamento apontou os 10 países que consumiram mais vinho em 2024, em meio a queda do consumo global da bebida
Uma janela para a bolsa: Ibovespa busca novos recordes em dia de IPCA e sinais de novo estágio da guerra comercial de Trump
Investidores também repercutem a temporada de balanços do primeiro trimestre, com destaque para os números do Itaú e do Magazine Luiza
Como o ator Mel Gibson pode salvar a Austrália das garras de Trump
Apesar de ter desempenhado papéis de peso em filmes como Máquina Mortífera e Mad Max, é outra condição que credencia o astro de Hollywood a tentar convencer o presidente norte-americano dessa vez; entenda essa história
Bitcoin (BTC) volta aos US$ 100 mil e mercado cripto mira novos recordes
Anúncio de acordo comercial entre EUA e Reino Unido, somado ao otimismo com uma possível negociação entre Trump e Xi Jinping, impulsiona criptomoedas a patamares não vistos há meses
Habemus papam: americano Robert Prevost é escolhido o novo papa; saiba quem é Leão 14
Os 133 cardeais estavam isolados desde a tarde de quarta-feira (78) para a votação, que durou pouco mais de 24 horas
Trump anuncia primeiro acordo tarifário no âmbito da guerra comercial; veja o que se sabe até agora
Trump utilizou a rede social Truth Social para anunciar o primeiro acordo tarifário e aproveitou para comentar sobre a atuação de Powell, presidente do Fed
Não há escapatória: Ibovespa reage a balanços e Super Quarta enquanto espera detalhes de acordo propalado por Trump
Investidores reagem positivamente a anúncio feito por Trump de que vai anunciar hoje o primeiro acordo no âmbito de sua guerra comercial
Chora mais quem pode menos: os bastidores do encontro de EUA e China que pode colocar fim às tarifas
Representantes de Washington e de Pequim devem se reunir no próximo sábado (10) na Suíça; desfecho das conversas é difícil de prever até mesmo para Trump
Vem coisa boa aí: Nvidia dispara com chance de revogação de restrições aos chips por Trump
Governo norte-americano estuda não aplicar a chamada regra de “difusão de IA” quando ela entrar em vigor, no próximo dia 15, animando o mercado de chips de inteligência artificial
Bitcoin (BTC) sobrevive ao Fed e se mantém em US$ 96 mil mesmo sem sinal de corte de juros no horizonte
Outra notícia, que também veio lá de fora, ajudou os ativos digitais nas últimas 24 horas: a chance de entendimento entre EUA e China sobre as tarifas
Governo pode usar recursos do Tesouro para bancar fraude do INSS? Veja o que já se sabe até agora
A estimativa é que cerca de 4,1 milhões de beneficiários do INSS tenham sido atingidos por descontos indevidos, com prejuízo de até R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024
Não vai meter a colher onde não é chamado: Fed mantém taxa de juros inalterada e desafia Trump
Como era amplamente esperado, o banco central norte-americano seguiu com os juros na faixa entre 4,25% e 4,50%, mas o que importa nesta quarta-feira (7) é a declaração de Powell após a decisão
O conclave começou: os favoritos, a fumaça branca e o que você precisa saber sobre a escolha do novo papa
Os 133 religiosos já estão reunidos para a votação secreta na Capela Sistina; cardeais brasileiros participam em peso da eleição
Bola de cristal monetária: Ibovespa busca um caminho em dia de Super Quarta, negociações EUA-China e mais balanços
Investidores estão em compasso de espera não só pelas decisões de juros, mas também pelas sinalizações do Copom e do Fed
Como ver a Aurora Boreal? Especialistas detalham a viagem ideal para conferir o fenômeno
Para avistar as luzes coloridas no céu, é preciso estar no lugar certo, na hora certa — e contar com a sorte também
A exuberância americana continua: para gestores, empresas mais valiosas do mundo são dos EUA e valem o investimento
Especialistas afirmam durante o TAG Summit que as empresas americanas podem sair fortalecidas da guerra comercial travada pelo presidente norte-americano