A exuberância americana continua: para gestores, empresas mais valiosas do mundo são dos EUA e valem o investimento
Especialistas afirmam durante o TAG Summit que as empresas americanas podem sair fortalecidas da guerra comercial travada pelo presidente norte-americano

O efeito da guerra de tarifas de Donald Trump tem sido pesada sobre os mercados. O dólar enfraqueceu, os títulos do Tesouro americano perderam valor com os investidores exigindo mais prêmio para investir nos EUA e a bolsa de Nova York está ainda mais volátil.
Entretanto, isso não derruba a tese do excepcionalismo norte-americano para os gestores que participaram do painel de investimento internacional da TAG Summit, realizado nesta terça-feira (6).
Tito Ávila, sócio-fundador da LIS Capital, argumenta que a força dos Estados Unidos como uma grande potência no mercado de capitais e financeiro global não se construiu da noite para o dia e não será destruída da noite para o dia também.
- VEJA MAIS: Faltam menos de 30 dias para o fim do prazo da declaração; confira o passo a passo para acertar as contas com o Leão
“Os EUA continuam sendo um país privilegiado para geração de negócios e geração de valor para o acionista”, disse ele ao citar questões regulatórias e jurídicas que favorecem o empreendedorismo no país.
“No nosso trabalho ficamos olhando para telas o tempo todo e mudamos de opinião muito rapidamente. Mas nada disso é duradouro”, afirmou Ávila.
Ações dos EUA ou ações globais?

Para Bruno Waga, sócio e co-gestor da estratégia de ações globais da Opportunity, não se trata de investir nos Estados Unidos ou em empresas americanas, mas em ações globais.
Leia Também
“Por convenção, chamamos de empresas americanas porque foram fundadas no país e estão listadas lá, mas não são empresas americanas. A maior parte delas são empresas globais, com pelo menos 50% de suas receitas fora dos EUA”, disse Waga.
O gestor citou exemplos como Netflix (NFLX34), Amazon (AMZN34) e Apple (AAPL34) para exemplificar que são companhias que operam globalmente e não só: são líderes em seus setores em países fora dos EUA.
Para ele, é natural que a política comercial de Donald Trump tenha surpreendido e cause incertezas, mas a tese dessas empresas não se resume aos Estados Unidos.
“Existem empresas que tombam no primeiro momento, com a aversão a risco global, mas saem fortalecidas. O Booking (BKNG34), por exemplo, é uma empresa global com grande capacidade de ganhar market share em momentos de crise, porque negócios de turismo locais fecham e migram para o Booking”, disse.
Trump 2.0 tem mais planos
Ávila, da LIS Capital, destacou que as tarifas de Donald Trump são apenas a fase 1 do plano do republicano para as mudanças estruturais nos EUA.
Ao fim desta etapa devem vir os cortes de regulamentações e a reavaliação de déficits fiscais.
“As tarifas estão dentro de um plano maior e vieram primeiro porque precisam de mais capital político para fazer valer. É a parte mais problemática do plano, enquanto as regulamentações e cortes fiscais devem ser mais bem avaliados pelo mercado”, diz.
- E MAIS: Calendário de resultados desta semana inclui Bradesco, PRIO, Itaú Unibanco, Ambev e outras empresas; acompanhe a cobertura completa de balanços
Waga, da Opportunity, também pondera que o republicano já recuou nas medidas mais drásticas e que as instituições norte-americanas têm pesos e contrapesos para fazer as coisas “voltarem aos eixos” relativamente rápido.
“Não temos uma previsão de que tudo estará resolvido, as tarifas negociadas, e o mundo volta ao eixo em duas semanas ou três meses. Mas nossa visão para o futuro é construtiva para as ações globais “, afirma.
Segundo ele, mesmo o dólar mais fraco pode ser uma vantagem competitiva para algumas das empresas americanas com operações transnacionais.
Bombou no SD: Balanço do Banco do Brasil, crise no Banco Master e os maiores consumidores de vinho do mundo; veja os assuntos preferidos da audiência na semana
A prévia do balanço do Banco do Brasil, o resultado em si e a reação dos investidores foram as reportagem mais lidas dos últimos dias, mas não foram as únicas
Lotofácil tem 7 ganhadores, mas só os 2 mais teimosos vão receber o prêmio todo; Quina acumula e Mega-Sena promete uma fortuna hoje
Concurso 3393 da Lotofácil premiou duas apostas individuais e dois bolões; prêmio estimado para a noite de hoje na faixa principal da Mega-Sena é de R$ 68 milhões
Estamos na quarta onda do café? Especialistas apontam tendências para elevar o ritual da bebida em 2025
Especialistas revelam os segredos para escolher os melhores grãos, dominar métodos e selecionar os utensílios ideais para uma nova experiência com café
EUA perdem o triplo A: por que a Moody´s tirou a nota de crédito mais alta da maior economia do mundo
Antes da Moody’s, a agência S&P Global Ratings rebaixou a nota soberana dos EUA em agosto de 2011, enquanto a Fitch fez esse movimento em agosto de 2023
Porto (in)seguro? Ouro fecha a semana com pior desempenho em seis meses; entenda o que está por trás da desvalorização
O contrato do ouro para junho recuou 1,22%, encerrando cotado a US$ 3.187,2 por onça-troy, uma queda de 3,70% na semana
Portabilidade de consignado entre bancos começa a valer para quem tem carteira assinada; veja como funciona
Programa fornece crédito com juros mais baixos a trabalhadores com carteira assinada
Bitcoin (BTC) chega ao final da semana acima de US$ 103 mil e JP Morgan vê espaço para mais
Otimismo permeia o mercado de ativos digitais, mas nem todas as criptomoedas acompanham o ritmo do bitcoin na semana
Sem alívio no Banco do Brasil (BBAS3): CEO prevê “inadimplência resistente” no agronegócio no 2T25 — mas frear crescimento no setor não é opção
A projeção de Tarciana Medeiros é de uma inadimplência ainda persistente no setor rural nos próximos meses, mas situação pode melhorar; entenda as perspectivas da executiva
Novo Nordisk (NVO) anuncia troca de CEO após tombo das ações e aumento da pressão na corrida por “novo” Ozempic; entenda a sucessão
Lars Fruergaard Jørgensen liderou a Novo Nordisk por oito anos e deixará suas funções depois de um período de transição para a nova liderança
Emissão de novos créditos de carbono cai 27,5% no primeiro trimestre, mas busca por créditos de maior qualidade quase dobra
Novo relatório mostra que grandes empresas globais, como Meta e Amazon, continuam investindo na compensação de emissões de gases de efeito estufa
Brasil fica de fora das capitais da cultura do mundo em 2025; veja a lista completa
Seleção da revista Time Out considera a acessibilidade e a qualidade da oferta cultural, que se expande além de museus e teatros
O milagre do bitcoin (BTC): ação da Méliuz (CASH3) dispara 28% e surge entre as maiores altas da bolsa; entenda o movimento
O salto dos papéis acontece depois que, na quinta-feira (15), a plataforma alterou seu estatuto, tornando-se a primeira Bitcoin Treasury Company do Brasil e da América Latina
Mercado Livre (MELI) volta a comprar bitcoin e aumenta reserva na criptomoeda em 38%
Em março de 2021, varejista havia informado a compra de US$ 7,8 milhões (R$ 41 milhões) em bitcoin; BTC quase dobrou de valor no período
Cosan (CSAN3) chega a cair 4% depois do balanço do primeiro trimestre — o que fazer com as ações agora?
De acordo com o BTG Pactual, olhar o balanço da empresa é uma missão para entender sinais para o futuro — e o que ele guarda aos acionistas
Maior IPO de 2025 deve vir de fabricante chinesa de baterias para carros elétricos e exclui investidores americanos
Oferta pública de ações da CATL deve arrecadar mais de US$ 4 bilhões; papéis estreiam na bolsa de Hong Kong na terça-feira (20)
Azul (AZUL4) avalia soluções para reestruturar dívida, e possibilidades vão de follow-on a recuperação judicial nos EUA, diz site
A companhia aérea pode seguir o caminho de seus pares nos próximos dias, enquanto vê uma dívida de US$ 10 milhões preste a vencer
Marfrig (MRFG3) dispara 20% na B3, impulsionada pela euforia com a fusão com BRF (BRFS3). Vale a pena comprar as ações agora?
Ontem, as empresas anunciaram um acordo para fundir suas operações, criando a terceira maior gigante global do segmento. Veja o que dizem os analistas
Gripe aviária chegou, China saiu: governo confirma foco no RS e suspensão de exportações — notícia coloca em risco o “efeito MBRF”
Em meio ao comunicado de fusão entre Marfrig e BRF, os frigoríficos também devem repercutir o caso de gripe aviária nas negociações do dia na bolsa
Ações do Banco do Brasil sentem o peso do balanço fraco e tombam mais de 10% na B3. Vale a pena comprar BBAS3 na baixa?
A avaliação do mercado sobre o resultado foi negativa. Veja o que dizem os analistas
Adeus, recuperação judicial? Gol (GOLL4) se prepara para deixar o Chapter 11 com financiamento de US$ 1,9 bilhão
Segundo fato relevante, a captação teve demanda maior do que o projetado, o que possibilitou uma negociação na taxa de juros