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Otávio Preto

Formado em Jornalismo pela PUC-SP, atua como repórter no Money Times e no Seu Dinheiro, onde também já trabalhou como analista de mídias sociais, com experiência em produção de conteúdo para diferentes plataformas digitais. Antes disso, foi repórter no site Monitor do Mercado.

GUERRA VELOZ

Mísseis hipersônicos: Como os EUA ficaram para trás no mais novo estágio da corrida armamentista com China e Rússia

A guerra entre Ucrânia e Rússia revela contrastes geopolíticos, com destaque para o uso de mísseis hipersônicos no conflito

Otávio Preto
25 de agosto de 2025
9:09 - atualizado às 6:58
Montagem de Vladmir Putin e Xi Jinping a frente de um míssil hipersônico sendo lançado
Montagem Vladmir Putin e Xi Jinping - Montagem Seu Dinheiro / Canva Pro -

A guerra entre a Ucrânia e a Rússia já dura mais de três anos e trouxe à tona uma série de contrastes — desde questões geopolíticas até a batalha de narrativas na mídia. Em meio a tudo isso, chama a atenção a forma como Vladimir Putin tem feito do conflito um laboratório para novos armamentos, em especial do míssil hipersônico Avangard.

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Ele viaja a 3,2 quilômetros por segundo. É capaz de atravessar a Europa de leste a oeste em 20,83 minutos ou de ir do Oiapoque ao Chuí em pouco mais de 22 minutos.

Dotada de elevado poder destrutivo, o Kremlin apresenta essa classe de mísseis como “imparável”.

A mais recente aposta foi o “Oreshnik”, um míssil balístico de alcance intermediário capaz de transportar tanto armamentos convencionais quanto ogivas nucleares. Ele foi usado em novembro do ano passado contra a cidade ucraniana de Dnipro.

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Segundo Putin, o projétil atingiu Mach 10, o que significa que ele viajou a 10 vezes a velocidade do som, ou cerca de 12.350 km/h, tornando-o extremamente difícil de interceptar.

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O uso de tais armamentos no campo de batalha indica que, embora os gastos militares dos EUA superem em muito os de qualquer outro país do mundo, os norte-americanos estão para trás na corrida pelo desenvolvimento dos mísseis hipersônicos.

Cooperação sino-russa

Desde o fim da União Soviética, a China e a Rússia têm estreitado cada vez mais sua relação, inclusive no âmbito militar. Mais recentemente, Vladimir Putin e Xi Jinping manifestaram a intenção de aprofundar essa cooperação.

Embora não se trate de uma aliança formal, os dois países compartilham interesses estratégicos comuns, como a oposição à expansão da OTAN e à influência dos EUA na Ásia Central.

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Exercícios militares conjuntos e a transferência de tecnologias como sistemas de mísseis, radares e componentes de aeronaves são exemplos claros da aliança sino-russa.

E é aí que entra o míssil hipersônico utilizado pelos russos na Ucrânia.

Corrida armamentista

Do fim da Segunda Guerra Mundial até muitos anos depois do fim da Guerra Fria, os Estados Unidos posicionaram-se na vanguarda do desenvolvimento tecnológico e militar.

Mas eles se esqueceram de (na verdade, nem tentaram) combinar com os russos (e com os chineses).

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A Rússia foi o primeiro país a usar um míssil hipersônico no campo de batalha. Não é de hoje, porém, que a tecnologia hipersônica de um outro país superou a russa.

Era 1º de outubro de 2019, Dia Nacional da China, quando o Exército de Libertação Popular apresentou seu arsenal de mísseis hipersônicos Dongfeng, com perfil fino como uma agulha e pesando 15 toneladas.

Na época, a cerimônia em Pequim gerou especulações sobre a ameaça crescente vinda dos avanços militares da China. Hoje isso é uma realidade.

Os chineses lideram atualmente o desenvolvimento da tecnologia hipersônica, seguidos pelos russos — e com os norte-americanos um pouco mais atrás.

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Países como França, Japão e Israel também investem na área, mas ainda distantes dos líderes dessa corrida.

Qual a diferença entre um míssil hipersônico e os demais?

A tecnologia hipersônica não é um conceito novo. O primeiro veículo a ultrapassar o Mach 5 (cinco vezes a velocidade do som) foi um foguete de dois estágios, denominado Project Bumper, lançado em 1949 pelos Estados Unidos.

A principal diferença entre os mísseis hipersônicos e os demais tipos de mísseis está menos na velocidade e mais na trajetória e na capacidade de manobra.

Enquanto os mísseis balísticos intercontinentais (ICBMs) atingem velocidades supersônicas, superando os 6.100 km/h, eles seguem uma trajetória balística parabólica. Isso significa que seu caminho é previsível, facilitando a interceptação por sistemas de defesa. Esses mísseis entram e saem da atmosfera terrestre durante seu trajeto, o que os torna mais vulneráveis a sistemas de defesa bem posicionados.

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Já os mísseis hipersônicos podem atingir 6.200 km/h, não muito mais do que um concorrente supersônico. No entanto, eles voam a altitudes mais baixas e mantêm uma trajetória muito mais difícil de prever. Ao contrário dos ICBMs, os mísseis hipersônicos são manobráveis, o que lhes permite alterar seu curso durante o voo — tornando-os muito mais difíceis de rastrear e interceptar.

Como os EUA ficaram para trás nessa corrida

Em recente entrevista à BBC, William Freer, pesquisador do Council on Geostrategy, diz que a razão de Rússia e China estarem à frente dos EUA é simples: “Eles decidiram investir muito dinheiro nesses programas há vários anos.”

Já em outubro de 2021, Mark Milley, chefe do Estado-Maior Conjunto dos EUA, disse em outubro que a China estava perto de um “momento Sputnik” depois de testarem um foguete hipersônico que voou em órbita baixa, circulando a Terra antes de ir em direção ao seu alvo.

O míssil errou o alvo por cerca de 20 quilômetros.

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Hoje, enquanto os EUA tentam reduzir a distância com o desenvolvimento de sistemas como o míssil “Dark Eagle”, a China colhe os frutos dos pesados investimentos em tecnologia (e também em armas) nas últimas décadas.

No entanto, enquanto a Rússia já usa esse tipo de armamento no campo de batalha, o programa de mísseis hipersônicos dos EUA vêm atravessando uma série de contratempos.

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