Guerra comercial EUA e China: BTG aponta agro brasileiro como potencial vencedor da disputa e tem uma ação preferida; saiba qual é
A troca de socos entre China e EUA força o país asiático, um dos principais importadores agrícolas, a correr atrás de um fornecedor alternativo, e o Brasil é o substituto mais capacitado
A guerra comercial entre os Estados Unidos e a China parece estar longe de sua conclusão, e o agronegócio brasileiro deve sair como vencedor do duelo de tarifas, de acordo com análise do BTG Pactual.
O motivo é simples: o setor de grãos e proteína animal deve passar por uma reestruturação que mudaria os fluxos de produtos agrícolas no mercado global.
Para o BTG, SLC Agrícola (SLCE3), Minerva Foods (BEEF3) e JBS (JBSS3) estão entre as empresas mais bem posicionadas para aproveitar a ascensão de receita no curto prazo dentro da cobertura do banco.
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As três empresas estão tendo resultados positivos neste ano, com as ações da SLC, Minerva e JBS registrando altas de 17,55%, 49,38% e 17,8%, respectivamente, no acumulado deste ano.
Com a troca de socos entre a China e os EUA, um dos principais produtores e exportadores globais do setor, a tendência é que o país asiático busque um fornecedor alternativo, e o Brasil é o substituto mais natural e capacitado, aponta o banco.
Os analistas do BTG Pactual acreditam que a guerra comercial deve basicamente acabar com o comércio bilateral de commodities agrícolas e proteína animal entre os EUA e a China.
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“Os EUA são grandes exportadores globais de carnes e grãos, enquanto a China figura entre os principais importadores. O impacto desse ‘embargo comercial’ varia para cada commodity. A soja é, possivelmente, a mais afetada, com o fluxo EUA-China, que representa 15% do comércio global″, aponta o analista.
Mesmo com vencedores definidos, ainda será preciso paciência
No longo prazo, se o Brasil assumir o espaço deixado pelos EUA como fornecedor estrutural, os volumes domésticos devem crescer, pontua o BTG Pactual.
Porém, os louros já serão colhidos pelas empresas de proteínas no curto prazo, uma vez que as empresas como BRF (BRFS3) e Seara poderão redirecionar volumes para a China, elevando os preços médios.
A potência asiática é conhecida por pagar um prêmio por cortes menos nobres, como pés e coxas de frango e dianteiro bovino.
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A JBS, por sua vez, apresenta um cenário mais complexo, com suas exportações de frango para os EUA podendo sofrer pressão sobre os preços, segundo os analistas do BTG Pactual. Contudo, deve haver uma compensação nos custos menores de grãos, fazendo com que o impacto seja neutro.
No entanto, o fluxo comercial de proteínas entre EUA e China representa uma fração pequena do mercado global, o que limita a expectativa de alta relevante nos preços médios.
A carne de frango é o item com maior representatividade, com 2,2% do comércio global realizado entre a China e os EUA, seguida pela suína, com 1,5%, e pela bovina, com 1,3%.
De grão em grão, a galinha enche o papo
Os maiores vencedores deverão ser os produtores de grãos brasileiros, na visão dos analistas, com a SLC se destacando como a beneficiária estrutural mais clara.
As margens dos produtores de grãos tenderiam a ter um leve benefício quanto mais tempo a guerra comercial continuar. Especialmente no caso da soja, commodity em que o comércio EUA-China representa a maior parcela do fluxo global.
A análise do BTG Pactual projeta que o impacto positivo nos preços da soja brasileira no curto prazo pode ser mais relevante do que em outras commodities.
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No médio prazo, a dinâmica muda. Com a queda na rentabilidade dos produtores americanos, os incentivos ao plantio podem enfraquecer, levando à redução da oferta global e, eventualmente, a preços mais elevados.
Isso seria positivo para produtores agrícolas brasileiros — como a SLC —, enquanto os produtores de proteína poderiam começar a sentir mais pressão nas margens devido ao aumento dos custos dos insumos.
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