Efeito Vale (VALE3): Dividendos globais batem recorde em 2024, mas pagamentos no Brasil caem 9%
No mundo todo, o total de dividendos distribuídos chegou a US$ 1,75 trilhão, um aumento de 6% em relação a 2023

As grandes empresas da Bolsa sempre chamaram a atenção pelo pagamento de bons dividendos. Mas em 2024, uma gigante fez o oposto, sendo uma das empresas que mais contribuíram para a redução dos proventos distribuídos pelas empresas do país: a Vale (VALE3).
Segundo o Índice Global de Dividendos da Janus Henderson, as empresas brasileiras distribuíram 9% menos dividendos no ano passado em relação a 2023.
O recuo foi influenciado, principalmente, por cortes em metade das empresas analisadas no levantamento, com destaque para a mineradora Vale, que registrou a maior redução.
Em números absolutos, os dividendos distribuídos no Brasil totalizaram US$ 22,4 bilhões (R$ 112 bilhões) em 2024. O primeiro trimestre do ano já havia sinalizado um cenário desafiador, com um recuo subjacente de 28,7% em relação ao mesmo período de 2023.
A Petrobras (PETR4) responde por quase metade do valor total distribuído (com US$ 10,83 bilhões), sendo a 14ª colocada do ranking mundial. A segunda brasileira foi a Vale, com US$ 4,16 bilhões, apesar de uma forte queda que afetou quase todo o setor de mineração.
VEJA TAMBÉM: cobertura completa da temporada de balanços - Saiba o que esperar do mercado e como se posicionar
Leia Também
Não fique aí esperando: Agenda fraca deixa Ibovespa a reboque do exterior e da temporada de balanços
Dividendos globais atingem recorde de US$ 1,75 trilhão em 2024
No mundo todo, o total de dividendos distribuídos chegou a US$ 1,75 trilhão, um aumento de 6% em relação a 2023, de acordo com o índice da Janus Henderson.
Em 2024, os setores que mais distribuíram foram o de bancos (12,5%) e o setor de mídia, com destaque para Meta e Alphabet. Outros setores, como telecomunicações, construção, seguros, bens de consumo duráveis e lazer, também registraram aumentos significativos.
Segundo o relatório, o recorde global foi impulsionado pela alta do dólar e por big techs como Meta, Alphabet e Alibaba, que pagaram dividendos aos acionistas pela primeira vez.
Juntas, essas empresas pagaram US$ 15,1 bilhões (R$ 79 bilhões), que representaram 1,3 ponto percentual, ou um quinto, do crescimento global de dividendos em 2024.
Para 2025, a previsão é de uma alta de 5% nos dividendos globais, atingindo um recorde de US$ 1,83 trilhões. Com a valorização do dólar em relação a outras moedas, o percentual pode subir para 5,1%.
Microsoft é a maior pagadora de dividendos
Pelo segundo ano consecutivo, a Microsoft foi de longe a maior pagadora de dividendos do mundo, mas a Exxon, recentemente ampliada após a aquisição da Pioneer Resources, subiu para o segundo lugar, posição que ocupou pela última vez em 2016.
Ao longo do ano, o crescimento foi robusto na Europa, EUA e Japão, com mercados emergentes como Índia, Singapura e Coreia do Sul também registrando bons resultados.
Na América Latina, os dividendos no México subiram 4,3%, impulsionados pela empresa de bebidas FEMSA e também pelo Grupo México, apesar de cortes em muitas empresas.
No entanto, a Colômbia viu uma queda devido ao corte nos pagamentos da Ecopetrol, e o Chile enfrentou uma redução de 28,7% devido ao corte da Copec.
Setor de mineração impactou distribuição de proventos
A mineração e os transportes foram os setores com desempenho mais fraco em nível mundial, entre os quais se pagaram US$ 26 bilhões a menos de um ano para outro.
Isso porque diversas empresas do setor decidiram reduzir a distribuição de proventos.
Outras companhias, como a Anglo American, BHP, e Woodside também decidiram reduzir os dividendos distribuídos aos acionistas. No Brasil, a Vale liderou essa queda.
Embora a mineradora tenha anunciado dividendos e Juros sobre o Capital Próprio (JCP) acima do esperado no quarto trimestre de 2024, a companhia teve um prejuízo milionário pelo menor volume de vendas de minério de ferro e a queda dos preços internacionais
Vale lembrar que a queda no volume é parte da estratégia da Vale de vender produtos com maior valor agregado, como resposta ao ambiente mais desafiador para os preços.
Dividendos e JCP: WEG (WEGE3) vai pagar mais de R$ 338 milhões aos acionistas — mas não é a única a distribuir uma bolada
Quatro empresas anunciaram distribuição de dividendos e JCP aos investidores e, juntas, vão pagar mais de R$ 636 milhões
O que o meu primeiro bull market da bolsa ensina sobre a alta das ações hoje
Nada me impactou tanto como a alta do mercado de ações entre 1968 e 1971. Bolsas de Valores seguem regras próprias, e é preciso entendê-las bem para se tirar proveito
Ibovespa acima de 130 mil pela primeira vez em 3 meses: o que dá fôlego para a bolsa subir — e não é Nova York
Além de dados locais, o principal índice da bolsa brasileira recebeu uma forcinha externa; o dólar operou em queda no mercado à vista
Após seis anos de vacas magras, Embraer (EMBR3) quer voltar a distribuir dividendos com lucros ainda maiores em 2025
Os acionistas da fabricante de aeronaves vinham experimentando um período mais “amargo” desde o final de 2018, quando a companhia parou de realizar o pagamento de proventos
Depois de sofrer um raro ‘apagão’ e cair 20% em 2024, o que esperar de uma das ações preferidas dos ‘tubarões’ da Faria Lima e do Leblon?
Ação da Equatorial (EQTL3) rendeu retorno de cerca de 570% na última década, bem mais que a alta de 195% do Ibovespa no período, mas atravessou um momento difícil no ano passado
Comissão confirma votação do Orçamento na próxima semana depois de suposto adiamento; entenda o que causou a confusão
Congresso vem sendo criticado pela demora na votação; normalmente, o orçamento de um ano é votado até dezembro do ano anterior
Eletrobras (ELET3) vai se tornar vaca leiteira? Empresa anuncia dividendos bilionários — e ações brilham aos olhos de um bancão
Na avaliação do banco, o anúncio indica que a Eletrobras vem caminhando para se tornar uma grande pagadora de dividendos e recomenda a compra dos papéis
Telefônica Brasil, dona da Vivo, anuncia mais JCP e aprova grupamento seguido de desdobramento das ações; VIVT3 sobe 1% na bolsa
Mudança na estrutura acionária estava em discussão desde o começo do ano; veja o que muda agora
Frenetic trading days: Com guerra comercial no radar, Ibovespa tenta manter bom momento em dia de vendas no varejo e resultado fiscal
Bolsa vem de alta de mais de 1% na esteira da recuperação da Petrobras, da Vale, da B3 e dos bancos
Contradições na bolsa: Ibovespa busca reação em dia de indicadores de atividade no Brasil e nos EUA
Investidores também reagem ao andamento da temporada de balanços, com destaque para o resultado da Casas Bahia
Sem exceções: Ibovespa reage à guerra comercial de Trump em dia de dados de inflação no Brasil e nos EUA
Analistas projetam aceleração do IPCA no Brasil e desaceleração da inflação ao consumidor norte-americano em fevereiro
Nem tudo está perdido para a Petrobras (PETR4): este banco vê uma luz no fim túnel após prejuízo de R$ 17 bilhões no 4T24
O Citi considera a ação como uma boa posição de carry (ganhos) em meio ao cenário do mercado brasileiro — saiba se é um bom momento colocar os papéis na carteira agora
Petrobras (PETR4): prejuízo bilionário é foto do momento ou filme sem final feliz? O que os números revelam sobre o futuro da estatal
No episódio da semana do Touros e Ursos, Pedro Rodrigues, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura Energética (CBIE) comenta os resultados da petroleira
B3 abre caminho para nova classe de ativos e permite negociações de ETFs de FIIs e de infraestrutura com distribuição de dividendos
Até então, os ETFs de FIIs não pagavam proventos; para os ETFs de infraestrutura, a novidade é outra
Itaú BBA põe Banco do Brasil (BBAS3) no banco de reservas com projeção de dividendos menores — mas indica os craques do setor
Itaú BBA tem recomendação neutra para o Banco do Brasil, apesar de lucro acima do esperado no quarto trimestre de 2024. Analistas da instituição têm outros preferidos no setor bancário
Hegemonia em disputa: Ibovespa tenta manter bom momento em semana de IPCA, dados de emprego nos EUA e balanços
Temporada de balanços volta a ganhar fôlego enquanto bolsas têm novo horário de funcionamento, inclusive no Brasil
Investidores, preparem-se: bolsa brasileira em novo horário — e tudo o que você precisa saber sobre os mercados e o dólar
O horário de verão nos Estados Unidos e no Canadá altera o funcionamento das negociações aqui e lá a partir desta segunda-feira (10); o Seu Dinheiro detalha as mudanças e também faz um resumo da semana mais curta nos mercados por conta do Carnaval
Mudança no imposto sobre herança, a derrocada da Petrobras (PETR4) e a Receita Federal de olho em você — confira o que foi notícia na semana do Carnaval
Ainda que os brasileiros estivessem curtindo o feriado nos blocos ou nos desfiles das escolas de samba, muita notícia importante esteve entre as mais lidas do Seu Dinheiro
Sem WhatsApp no iPhone: confira as versões do IOS que vão deixar de rodar o app a partir de maio
Não são só os aparelhos fabricados pela Apple que deixarão de rodar o aplicativo de troca de mensagem em breve: os donos de dispositivos com sistema Android também serão afetados
Mata-mata ou pontos corridos? Ibovespa busca nova alta em dia de PIB, medidas de Lula, payroll e Powell
Em meio às idas e vindas da guerra comercial de Donald Trump, PIB fechado de 2024 é o destaque entre os indicadores de hoje