Dança das cadeiras da Vivara: saída de diretor piora o sentimento de instabilidade na gestão e VIVA3 tomba na B3
A saída vem depois de, em novembro de 2024, a varejista de joias destituir o CEO Otavio Lyra com apenas 9 meses no cargo – Santander chama atenção para humor dos investidores

A Vivara (VIVA3) anunciou nesta terça-feira (11) a renúncia do seu diretor estatutário de marketing, Leonardo Bichara. E, segundo o Santander, a notícia deve azedar o humor dos investidores no curto prazo.
Na bolsa, os efeitos da saída do executivo já podem ser sentidos: as ações da varejista figuraram entre as maiores quedas do Ibovespa, recuando 2,17%, cotadas a R$ 19,86. Já o principal índice da bolsa brasileira subiu 0,76%, aos 126.521,66 pontos.
De acordo com a Vivara, o cargo deve permanecer vago temporariamente e o time de marketing deve seguir liderado por Caroline Pinheiro Souza, gerente executiva do setor.
As mudanças acontecem faltando pouco mais de um mês para que a companhia apresente os resultados referentes ao 4º trimestre de 2024 (4T24) e do consolidado do ano. A data de divulgação está marcada para 18 de março.
Qual deve ser o impacto da notícia no mercado?
A notícia da saída de Bichara deve ter um impacto negativo no curto prazo, segundo o Santander, uma vez que a troca constante de executivos tem sido um ponto de atenção para os investidores.
Vale recordar que, em novembro do ano passado, a Vivara também promoveu uma troca na cadeira de CEO. Com apenas nove meses no cargo, Otavio Lyra foi destituído para dar lugar a Icaro Borrello, antes diretor de operações da companhia.
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Por isso, mesmo com a expectativa de resultados sólidos para o 4T24, a alta rotatividade na gestão da empresa pode se tornar um problema.
A desaceleração sequencial no crescimento das vendas, por exemplo, foi associada à instabilidade administrativa nas operações da Vivara pelo banco.
“O múltiplo de preço sobre lucro esperado para 2025 é de 8x, um patamar considerado atraente em comparação com outras varejistas do segmento de consumo discricionário. No entanto, no curto prazo, a ação pode sofrer com a percepção negativa em relação às mudanças na gestão”, ponderam os analistas.
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O que esperar da Vivara em 2025?
Os números projetados pelo Santander indicam um crescimento consistente da receita da Vivara, que deve passar de R$ 2,6 bilhões em 2024 para R$ 3,1 bilhões em 2025.
O lucro líquido estimado para o mesmo período também apresenta tendência positiva, saindo de R$ 444 milhões em 2023 para R$ 588 milhões este ano.
Atualmente, a ação da Vivara é negociada na casa dos R$ 19 e tem preço-alvo estimado em R$ 31 até o final de 2025 pelo Santander. Considerando o último fechamento, o potencial de valorização de VIVA3 é de 52,7%.
Entre os principais riscos para a empresa, destacam-se:
- Expansão mais lenta do que o esperado das lojas Vivara e Life no Brasil, com possível impacto na lucratividade das novas unidades;
- Pressão de rentabilidade maior do que o previsto na expansão internacional;
- Mudanças contínuas na gestão, que podem alterar as perspectivas estratégicas da empresa;
- Deterioração do cenário macroeconômico.
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