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Bruna Charifker Vogel

Bruna Charifker Vogel

Bacharel em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo/USP e mestre em Estudos Latino Americanos e Caribenhos pela New York University/NYU, é redatora do Seu Dinheiro. Com mais de 15 anos de experiência em análise, fortalecimento e desenvolvimento de políticas públicas no Brasil e nos Estados Unidos, fez transição de carreira para o mercado financeiro, atuando nas áreas de comunicação interna, DEI, T&D, employer branding e cultura organizacional.

BRASIL E CHINA LIDERAM

Emissão de novos créditos de carbono cai 27,5% no primeiro trimestre, mas busca por créditos de maior qualidade quase dobra

Novo relatório mostra que grandes empresas globais, como Meta e Amazon, continuam investindo na compensação de emissões de gases de efeito estufa

Bruna Charifker Vogel
Bruna Charifker Vogel
16 de maio de 2025
15:44 - atualizado às 15:57
emissões de gases de efeito estufa
Novo relatório mostra que grandes empresas globais, como Meta e Amazon, continuam investindo na compensação de emissões de gases de efeito estufa - Imagem: iStock/WANAN YOSSINGKUM -

O primeiro trimestre de 2025 manteve o mercado voluntário de carbono (VCM) sob pressão, com queda na emissão de créditos, estabilidade nos preços médios e avanço expressivo na demanda por créditos de alta integridade.

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O relatório publicado pela consultoria especializada Systemica revela ainda que as grandes corporações internacionais continuam sendo as maiores compradoras dos créditos de carbono globalmente, respondendo por 45% do volume de compras no período analisado.

Além disso, o levantamento mostra que a Ásia continua liderando em volume de emissões de créditos de carbono globalmente, seguida pela África e a América Latina.

Cenário do mercado de crédito de carbono no primeiro trimestre de 2025

De acordo com o estudo da Systemica, a emissão de novos créditos de carbono caiu 27,5% no primeiro trimestre de 2025 em relação ao ano anterior.

Segundo a consultoria, essa queda foi impactada principalmente pela forte redução nos créditos de soluções baseadas na natureza (NBS, na sigla em inglês), especialmente dos projetos de REDD+ (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal).

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O REED+ é um mecanismo criado pela Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) para incentivar países em desenvolvimento a proteger suas florestas e reduzir as emissões causadas pelo desmatamento e degradação.

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Em contrapartida, no período analisado, as aposentadorias de créditos — quando estes são efetivamente utilizados para compensar emissões — superaram 55 milhões de toneladas de CO₂ equivalente (MtCO₂e), registrando o quarto maior volume trimestral já contabilizado.

O superávit total de créditos disponíveis no mercado permaneceu pouco acima de 1 bilhão de toneladas, mas com ritmo de crescimento cada vez menor. A previsão, segundo o relatório, é de que esse excedente aumente menos de 1% até o final de 2025, seguindo a tendência atual de emissões e retiradas.

O número de empresas com metas aprovadas pela SBTi (Science Based Targets Initiative, na sigla em inglês) — iniciativa global que ajuda empresas a estabelecerem metas de redução de emissões de gases de efeito estufa — ultrapassou 10 mil, mas o crescimento trimestral de novos participantes caiu 29% em relação ao último trimestre de 2024, indicando uma desaceleração no compromisso climático corporativo.

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Ainda de acordo com o estudo, os preços médios no mercado voluntário se mantiveram estáveis, com valor médio de US$ 4,80 por tonelada de CO₂ equivalente, sem variação significativa em relação ao trimestre anterior. 

Qualidade ganha mais importância no mercado de carbono

O relatório mostra que os créditos com o selo CCP (Core Carbon Principles) — considerados de maior integridade ambiental e social — estão em alta. 

A procura por esse tipo de ativo aumentou 95% em relação ao ano passado, embora eles ainda representem menos de 15% da oferta total.

Os créditos de alta integridade são aqueles com critérios mais rigorosos para comprovar que realmente reduzem ou removem emissões e que respeitam questões ambientais, sociais e de governança. Costumam ter preço mais alto e são preferidos por empresas mais engajadas.

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Brasil e China no centro das atenções

O relatório da Systemica apontou ainda que a América Latina continua se destacando, especialmente o Brasil, que lidera na região com 40% dos projetos registrados no padrão VCS (Verified Carbon Standard) e 25,6% do volume de emissões evitadas anualmente. 

Colômbia e Peru vêm na sequência.

Já a Ásia, com forte participação da China, mantém a liderança mundial, concentrando 68% dos projetos e 59% do volume de emissões compensadas. A maioria desses projetos está no setor de energia renovável.

Grandes empresas seguem comprando

Empresas globais como Meta, Amazon, Shell e Microsoft seguem investindo pesado na compra de créditos, de acordo com o levantamento. 

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As 10 maiores compradoras foram responsáveis por 45% do volume total retirado no trimestre, mostrando que, mesmo com o mercado mais cauteloso, a compensação de emissões segue como prioridade para grandes corporações.

O que vem por aí

A expectativa, segundo a Systemica, é que o mercado de crédito de carbono se aqueça a partir do segundo semestre com o avanço do PACM (Mecanismo de Creditação do Acordo de Paris, na sigla em inglês), novo mecanismo global de créditos de carbono que está em vias de se tornar operacional. 

Por meio desse mecanismo, uma empresa em um país pode reduzir emissões localmente e ter essas reduções certificadas, podendo então vendê-las para outra empresa em outro país. Essa segunda empresa pode usar os créditos adquiridos para cumprir suas próprias obrigações de redução de emissões ou para ajudar a alcançar suas metas de emissões líquidas zero (net-zero).

Até agora, já são mais de 1.300 solicitações de registros no PACM que, juntas, podem gerar até 1,5 bilhão de toneladas de CO₂ equivalente em emissões evitadas no período de 2021 a 2025. 

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Além disso, o Brasil prepara uma proposta para a COP30, convenção do clima da ONU que acontece em novembro em Belém. A proposta deve integrar os mercados de carbono da China, União Europeia e Califórnia. Se aprovada, essa coalizão poderá alinhar preços e regras, tornando o comércio de carbono mais eficiente e transparente.

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