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Patrick Fuentes

Patrick Fuentes

Jornalista formado pela ECA-USP, foi repórter de Economia na Folha de S.Paulo e na CNN Brasil. Atualmente, atua na cobertura de empresas no Seu Dinheiro.

MUDANÇA DE ROTA

Cashback ou BTC: afinal, qual é o modelo de negócios do Méliuz? Falamos com o head da Estratégia Bitcoin da empresa

A empresa diz que o foco em cashback continua valendo como forma de gerar receita; desde o ano passado, porém, a maior parte de seu caixa vem sendo alocado em criptomoedas

Patrick Fuentes
Patrick Fuentes
27 de junho de 2025
14:45 - atualizado às 13:10
Méliuz Bitcoin
Imagem: Montagem Canva Pro/ Seu Dinheiro

Com 595,67 bitcoins em seu portfólio, o Méliuz (CASH3) segue intensificando a aposta nas criptomoedas. A empresa de cashback e cupons de desconto tem diversificado seus investimentos e, agora, já conta com a maior parte de seu caixa alocado em criptos — mas quer aumentar a aposta.

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No último dia de maio, o Méliuz pediu “truco” para conseguir investir ainda mais na moeda digital, com um anúncio de um follow-on que movimentou R$ 180 milhões, com a emissão de 25,5 milhões de papéis.

Em sua oferta pública inicial (IPO), realizada em novembro de 2020, o Méliuz havia captado cerca de R$ 629,4 milhões para focar em seus serviços como plataforma de descontos. 

Mas, desde 2024, esse foco vem variando um pouco. A empresa tem hoje cerca de R$ 333,98 milhões na criptomoeda mais valiosa do mundo.

A dúvida que fica no ar é: afinal, o Méliuz ainda é uma empresa de cashback ou passou a ser uma companhia de bitcoin?

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Seu Dinheiro conversou com analistas de mercado e também com o head da Estratégia Bitcoin do Méliuz para entender o que o investimento na criptomoeda representa para a empresa e quais devem ser os próximos passos

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Por que o Méliuz investiu em bitcoin?

A mudança do Méliuz começou após as ações CASH3 perderem metade do seu valor de mercado desde o IPO. Da oferta inicial até junho deste ano, o papel havia caído 54%.

Na avaliação de João Daronco, analista da Suno Research, o motivo para a adoção do bitcoin é simples: uma forma de lidar com o esgotamento e competição no mercado de cashback. 

“Foi uma mudança de estratégia que ninguém esperava, mas, como plataforma de cashback, não via grandes vantagens competitivas. No longo prazo, o Méliuz não conseguiria lidar com certas barreiras para manter um retorno sobre o capital elevado de forma sustentável”, afirma.

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O Méliuz se viu em meio a um fogo cruzado porque sua função era de intermediário de varejistas e bancos para oferecer o cashback. Com o tempo, quem usava seus serviços acabava criando os próprios programas de fidelidade. Era um modelo de negócio frágil, na visão do analista.

Para Valter Rebelo, head de criptoativos da Empiricus Research, o movimento é similar ao da MicroStrategy, nos EUA, que tinha um core business estagnado (soluções de business intelligence, software móvel e serviços baseados em nuvem) e decidiu alocar parte do caixa em criptoativos.

“Parece que o Méliuz está seguindo o mesmo caminho: apostando no bitcoin como driver de valor, mesmo sem abandonar formalmente o modelo de cashback."

Os passos considerados pelo Méliuz são realmente muitos similares aos da MicroStrategy, que teve emissão de títulos de dívida e follow-on para investir em bitcoin. 

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A empresa continuará no negócio de cashback?

Diego Soares Kolling, head da Estratégia Bitcoin do Méliuz, afirma que sim, a companhia continuará no negócio de cashback.

“O negócio de cashback é absolutamente importante para isso, especialmente agora, porque é gerador de caixa. Esse caixa será quase completamente convertido em bitcoin, aumentando nossos bitcoins por ação”, afirma Kolling.

De forma simples, com o apoio do bitcoin, a métrica deixa de ser lucro por ação e passa para bitcoin por ação como nova baliza da empresa.

“Não há planos de abandonar o cashback ou outras operações. Queremos manter um negócio operacional que gere caixa eternamente para comprar bitcoin, alinhado a uma estratégia de tesouraria para aumentar essa métrica”, diz o head do Méliuz.

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No futuro, pontua Kolling, o Méliuz até poderia integrar bitcoin ao cashback para aumentar a sinergia entre ambos.

O que o investimento em bitcoin significa para as ações do Méliuz?

Simples: valorização. 

“Nós acreditamos que a verdadeira medida de riqueza é a quantidade de BTC que você possui. A única coisa melhor que bitcoin é mais bitcoin”, afirma Kolling.

O plano do Méliuz, neste momento, é atender três tipos de investidores:

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  • Conservadores: querem exposição a BTC com menos volatilidade;
  • Restritos: não podem comprar bitcoin diretamente;
  • Arrojados: acreditam que as ações do Méliuz podem superar o criptoativo.

Para Rebelo, da Empiricus Research, a estratégia tem seus benefícios como valorização e atração desses perfis de investidores.

“Se o bitcoin subir, o Méliuz se beneficia indiretamente — como aconteceu com a MicroStrategy — e consegue atrair quem quer exposição ao bitcoin sem comprar diretamente a criptomoeda, seja por restrições regulatórias ou burocracia”, avalia o especialista da Empiricus Research

Só que, segundo ele, no caso da MicroStrategy, que começou a comprar bitcoin em 2020, o preço médio de compra foi mais baixo, o que reduziu seu risco relativo. Para o Méliuz, que está começando agora, o risco é maior.

Rebelo pontua, porém, que, no longo prazo, conforme surgirem mais opções regulamentadas de investimento em criptomoedas, como ETFs, esse diferencial da companhia pode perder força entre os investidores.

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BTG decide retomar cobertura das ações de Méliuz

Em um longo relatório divulgado nesta terça-feira (24), nomeado “Comprando Bitcoin, vendendo volatilidade”, o BTG Pactual informa que decidiu retomar a cobertura das ações de Méliuz dada essa nova abordagem da plataforma de cashback.

O documento começa ‘chutando o balde’: “Como muitas histórias de small caps no Brasil — especialmente entre a leva de IPOs de 2020–21 —, as ações do Méliuz foram amplamente esquecidas à medida que o ambiente macroeconômico se deteriorava, os juros subiam e a perspectiva fiscal do país piorava”.

“Essa mudança de estratégia tem se mostrado, até agora, uma forma bem-sucedida do Méliuz reinventar sua tese de investimento em ações. Com este relatório, retomamos a cobertura de Méliuz, agora posicionada como uma Bitcoin Treasury Company (Empresa com Tesouraria em Bitcoin).”

Com isso, a recomendação do BTG é de compra para o CASH3, com preço-alvo de R$ 10 para o fim do ano e potencial de alta de 43%.

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A tese de investimento do Méliuz repousa sobre quatro pilares, segundo os analistas do BTG: 

  • A avaliação de seu negócio legado de cashback; 
  • A alta volatilidade de suas ações; 
  • A capacidade da empresa de emitir dívida ou instrumentos híbridos ligados ao Bitcoin (como debêntures conversíveis ou ações preferenciais); e 
  • Mais importante, o desempenho do próprio Bitcoin. 

E os analistas destacam: “A tese pode ruir caso qualquer um desses pilares enfraqueça e não seja compensado por força nos demais”, escrevem eles.

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