Ambipar (AMBP3): gestora ganha prazo extra da CVM para lançar oferta por ações da companhia
A gestora entrou no radar da CVM no ano passado, quando a disparada sem precedentes das ações da Ambipar intrigou o mercado

No calendário da Trustee, 21 de abril estava marcado como um dia decisivo. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) havia estabelecido a data como o prazo final para que a gestora fizesse uma oferta pública de aquisição (OPA) da Ambipar (AMBP3). Porém, na noite de sexta-feira (4), a xerife do mercado de capitais estendeu o limite para 7 de maio.
A gestora — cujos fundos têm como cotista o empresário Nelson Tanure — entrou no radar da autarquia no ano passado, quando a disparada sem precedentes de mais de 1000% das ações da AMBP3 intrigou o mercado.
Na avaliação da CVM, as aquisições ultrapassaram o limite de um terço das ações da empresa em circulação (free float) na bolsa. A autarquia identificou que a barreira do capital foi extrapolada em 12 de julho do ano passado. Nessa data, os papéis da Ambipar encerraram o dia a R$ 21.
Além disso, ainda segundo a autarquia, a Trustee atuou em conjunto com o controlador da companhia na compra em massa que resultou na disparada das ações na B3.
Assim, em março, a xerife do mercado de capitais determinou que os responsáveis pelas compras dos papéis na bolsa realizassem uma oferta pública de aquisição (OPA) na B3, dentro do período de um mês.
Ainda não está claro qual o preço por ação caberia em uma eventual OPA. Porém, em documento divulgado nesta sexta-feira (4), a Ambipar ressaltou que ainda cabe recurso da decisão da área técnica da CVM.
Leia Também
Após fala de CEO, Magazine Luiza (MGLU3) faz esclarecimento sobre as projeções de faturamento para 2025
- VEJA TAMBÉM: Momento pode ser de menos defensividade ao investir, segundo analista; conheça os ativos mais promissores para comprar em abril
Ambipar (AMBP3) e a origem da disparada
As ações da Ambipar passaram uma escalada praticamente sem precedentes desde o fim de maio do ano passado. A alta teve início após uma série de aquisições dos papéis na bolsa pelo controlador da companhia, Tércio Borlenghi Junior.
Além disso, a própria Ambipar foi a mercado com um programa de recompra de ações. A entrada dos fundos da Trustee que têm Nelson Tanure como cotista impulsionou ainda mais os papéis.
A alta das ações da Ambipar levou a um movimento de short squeeze. Ou seja, os investidores que apostavam na queda dos papéis foram forçados a cobrir as posições. Esse movimento amplificou ainda mais a valorização na bolsa.
Parte do mercado já apontava para um possível movimento conjunto de Tércio e Tanure, bem como da necessidade da realização de uma OPA pela compra do limite de um terço das ações em circulação.
Em resposta, a Ambipar informou que recebeu com surpresa o comunicado.
“A Ambipar, bem como seu controlador, Tercio Borlenghi Jr., atua em total conformidade com a legislação vigente e com as normas regulatórias estabelecidas para o mercado. A Ambipar buscará as devidas informações para tomar as providências cabíveis junto a esse órgão de controle”.
Dados de clientes da Centauro são expostos, em mais um caso de falha em sistemas de cibersegurança
Nos últimos 10 meses, foram reportados ao menos 5 grandes vazamentos de dados de clientes de empresas de varejo e de instituições financeiras
Ataque hacker: Prisão de suspeito confirma o que se imaginava; entenda como foi orquestrado o maior roubo da história do Brasil
Apesar de em muito se assemelhar a uma história de filme, o ataque — potencialmente o maior roubo já visto no país — não teve nada de tão sofisticado ou excepcional
CVM facilita registro e ofertas públicas para PMEs; conheça o novo regime para empresas de menor porte
A iniciativa reduz entraves regulatórios e cria regras proporcionais para registro e ofertas públicas, especialmente para companhias com receita bruta anual de até R$ 500 milhões
Cinco ações empatam entre as mais recomendadas para o mês de julho; confira quais são
Os cinco papéis receberam duas recomendações cada entre as 12 corretoras consultadas pelo Seu Dinheiro
Abrasca defende revisão das regras do Novo Mercado e rebate críticas sobre retrocesso na governança
Executivos da associação explicam rejeição às propostas da B3 e apontam custos, conjuntura econômica e modelo de decisão como fatores centrais
Ação da Klabin (KLBN11) salta até 4% na bolsa; entenda o que está por trás dessa valorização e o que fazer com o papel
Pela manhã, a empresa chegou a liderar a ponta positiva do principal índice da bolsa brasileira
Megaprojeto da Petrobras (PETR4) prevê aporte de R$ 26 bilhões em refino com participação da Braskem (BRKM5). Mas esse é um bom investimento para a estatal?
Considerando todos os recursos, o investimento no Rio de Janeiro ultrapassa os R$ 33 bilhões; à Braskem caberá R$ 4,3 bilhões para a ampliação da produção de polietileno
Câmara chama Gabriel Galípolo para explicar possível aval do Banco Central à compra do Master pelo BRB
Operação já foi aprovada pela Superintendência-Geral do Cade e agora aguarda autorização da autoridade monetária
Oi (OIBR3) entra com pedido de recuperação judicial para duas subsidiárias
Segundo o fato relevante divulgado ao mercado, o movimento faz parte do processo de reestruturação global do grupo
Roubo do século: Banco Central autoriza C&M a religar os serviços após ataque hacker; investigações continuam
De acordo com o BC, a suspensão cautelar da C&M foi substituída por uma suspensão parcial e as operações do Pix da fintech voltam ao ar nesta quinta-feira
Embraer (EMBR3) ganha ritmo: entregas e ações da fabricante avançam no 2T25; Citi vê resultados promissores
A estimativa para 2025 é de que a fabricante brasileira de aeronaves entregue de 222 a 240 unidades, sem contar eventuais entregas dos modelos militares
Banco do Brasil (BBAS3) decepciona de novo: os bancos que devem se sair melhor no segundo trimestre, segundo o BofA
A análise foi feita com base em dados recentes do Banco Central, que revelam desafios para alguns gigantes financeiros, enquanto outros reforçam a posição de liderança
WEG (WEGE3) deve enfrentar um segundo trimestre complicado? Descubra os sinais que preocupam o Itaú BBA
O banco alerta que não há gatilhos claros de curto prazo para retomada da queridinha dos investidores — com risco de revisões negativas nos lucros
Oi (OIBR3) propõe alteração de plano de recuperação judicial em busca de fôlego financeiro para evitar colapso; ação cai 10%
Impacto bilionário no caixa, passivo trabalhista explodindo e a ameaça de insolvência à espreita; entenda o que está em jogo
Exclusivo: Fintech afetada pelo ‘roubo do século’ já recuperou R$ 150 milhões, mas a maior parte do dinheiro roubado ainda está no “limbo”
Fontes que acompanham de perto o caso informaram ao Seu Dinheiro que a BMP perdeu em torno de R$ 400 milhões com o ataque cibernético; dinheiro de clientes não foi afetado
Gol (GOLL54) encerra capítulo da recuperação judicial, mas processo deixa marca — um prejuízo de R$ 1,42 bilhão em maio; confira os detalhes
Apesar do encerramento do Chapter 11, a companhia aérea segue obrigada a enviar atualizações mensais ao tribunal norte-americano até concluir todas as etapas legais previstas no plano de recuperação
Vale (VALE3) mais pressionada: mineradora reduz projeção de produção de pelotas em 2025, mas ações disparam 2%; o que o mercado está vendo?
A mineradora também anunciou que vai paralisar a operação da usina de pelotas de São Luís durante todo o terceiro trimestre
Natura começa a operar com novo ticker hoje; veja o que esperar da companhia após mudança no visual
O movimento faz parte de um plano estratégico da Natura, que envolve simplificação da estrutura societária e redução de custos
Casas Bahia (BHIA3): uma luz no fim do túnel. Conversão da dívida ajuda a empresa, mas e os acionistas?
A Casas Bahia provavelmente vai ter um novo controlador depois de a Mapa Capital aceitar comprar a totalidade das debêntures conversíveis em ações. O que isso significa para a empresa e para o acionista?
Empresas do Novo Mercado rejeitam atualização de regras propostas pela B3
Maioria expressiva das companhias listadas barra propostas de mudanças e reacende debate sobre compromisso com boas práticas corporativas no mercado de capitais; entenda o que você, investidor, tem a ver com isso.