Selic abaixo dos 15% no fim do ano: Inter vai na contramão do mercado e corta projeção para os juros — mas os motivos não são tão animadores assim
O banco cortou as estimativas para a Selic terminal para 14,75% ao ano, mas traçou projeções menos otimistas para outras variáveis macroeconômicas

Quando o Copom (Comitê de Política Monetária) sinalizou um novo ciclo de aperto monetário no Brasil, o mercado passou a precificar juros em patamares restritivos por um período de tempo mais longo, elevando as projeções da taxa Selic para 15% ao ano no fim de 2025.
Mas nem todos os analistas estão de acordo com essa perspectiva. Na contramão de outras casas de análise, o Inter acaba de cortar a projeção para o fim do atual ciclo de alta da Selic.
Agora, o banco prevê que o aperto monetário se encerrará aos 14,75% ao ano. Isso significaria mais um aperto de 1 ponto percentual, já contratado para a reunião de março, e um ajuste final de 0,5 p.p em maio.
Isso não significa, porém, que você deveria se animar tanto com o Brasil. Afinal, o cenário macroeconômico permanece incerto — e as projeções para outros indicadores cruciais para a economia doméstica não estão lá muito otimistas.
Juros mais baixos, mas economia brasileira ainda gera calafrios
O Inter revisou para cima as perspectivas para a inflação, de 4,9% para 5,2% em 2025, pressionadas pela deterioração da inflação de serviços e a alta do câmbio.
Já para o ano que vem, os analistas elevaram as projeções para o IPCA de 3,9% para 4,2%.
Leia Também
Mega-Sena 2904 acumula e pode pagar R$ 28 milhões amanhã; Lotofácil 3475 e Quina 6806 também emperram e prêmios em jogo aumentam
Receita libera consulta ao 4° lote de restituição do IR 2025; chegou a sua vez?
“A taxa [de juros] deve ser mantida no elevado patamar até uma redução mais clara da inflação, acompanhada de reduções também nas expectativas para 2026”, avalia a economista-chefe do Inter, Rafaela Vitória.
E por falar em Selic, a expectativa é que a escalada dos juros tenha um impacto direto (e considerável) no crescimento econômico do Brasil: os analistas do Inter preveem que o PIB (Produto Interno Bruto) desacelere o passo da expansão, de 3,4% no ano passado para 1,5% em 2025.
Para 2025, o Inter prevê que a desaceleração econômica se intensifique, resultado da combinação entre o maior aperto monetário, a redução da oferta de crédito e a ausência do impulso fiscal visto nos últimos anos.
Esse crescimento projetado para o ano dependerá do desempenho no primeiro semestre, quando é esperado um melhor desempenho do agronegócio e um consumo ainda positivo das famílias. Para a segunda metade do ano, porém, as perspectivas são mais nebulosas.
“O risco de crescimento maior em 2025 depende de novas medidas de estímulo pelo governo. Por outro lado, esses potenciais anúncios podem levar a uma nova deterioração das condições financeiras, com desvalorização do câmbio e nova aceleração da inflação, resultando em retomada do ciclo de alta de juros e comprometendo o crescimento também em 2026”, projeta a equipe chefiada por Rafaela Vitória.
- VEJA MAIS: “Fim do Brasil 2.0”? Analista aponta 10 formas de gerar renda passiva diante do cenário turbulento
Dólar mais controlado
Mas nem tudo é negativo. Para o Inter, há chances de o real diminuir a desvalorização que acumula frente ao dólar desde o pico histórico visto em dezembro.
O banco revisou a estimativa para o câmbio de R$ 6,00 para R$ 5,90 para este ano.
É verdade que não é lá uma projeção tão animadora, mas isso se deve ao fato de que os temores de uma nova rodada de aumento de gastos públicos devem continuar no radar, impedindo uma valorização mais significativa da moeda brasileira.
Além disso, segundo os analistas, o cenário externo de economia mais aquecida nos Estados Unidos pode voltar a impactar o câmbio e gerar novas pressões.
Moraes faz alerta aos bancos sobre Magnitsky: “se resolverem aplicar, serão penalizados”
O Ministro também classificou o uso da lei contra ele como “totalmente equivocado” e diz esperar que Trump reverta a situação
Tarifaço de Donald Trump atinge Sony e preço do PS5 sobe nos Estados Unidos
Sony reajusta PlayStation 5 nos EUA devido às tarifas de Trump; preço do console no Brasil segue o mesmo ainda sem alterações
Brasil pode ser “paraíso escondido” da Inteligência Artificial — e estas 8 ações têm tudo para ganhar com isso
O Brasil tem algumas das condições mais importantes para construir o que a Inteligência Artificial mais precisa hoje: os data centers
Buenos Aires passa a aceitar criptomoedas para pagamentos de impostos, multas de trânsito e carteira de motorista
Cidade amplia meios de pagamento e cria regras específicas para empresas do setor de ativos digitais; confira os detalhes
EUA e Brasil vão chegar a um acordo? Governo Trump aceita discutir na OMC medidas econômicas contestadas pelo Itamaraty
Embora tenha aprovado, os EUA alega que parte das reclamações brasileiras envolve temas de “segurança nacional”
Bolão fatura Mega-Sena 2903 e Brasil tem 15 novos milionários; Lotofácil 3473 tem 5 ganhadores
Enquanto a Mega-Sena e a Quina tiveram múltiplos ganhadores ontem, a Quina acumulou e o prêmio em jogo subiu para R$ 7,5 milhões
Caixa paga hoje mais um lote do Bolsa Família; veja quem tem direito
Parcela de agosto do Bolsa Família chega a beneficiários com NIS final 3
STF decide a favor da União em disputa previdenciária de R$ 131 bilhões
Fator previdenciário é redutor aplicado sobre aposentadorias do INSS
Do Pix até a 25 de março, Itamaraty responde a acusações do governo Trump — e Embraer também se pronuncia; confira como fica o embate entre Brasil e EUA
Embora tenha sido excluída do tarifaço de 50% imposto pelo governo Trump contra o Brasil, a Embraer também é investigada por supostas práticas comerciais desleais
Proposta de reforma administrativa prevê fim de férias de 60 dias e limite ao teletrabalho
Texto que deve ser levado a deputados ainda esta semana mira também verbas indenizatórias, que muitas vezes acabam por duplicar os vencimentos de alguns servidores públicos
Mega-Sena 2903 pode pagar R$ 65 milhões hoje; Lotofácil 3472 e Quina 6803 acumulam
Mega-Sena não tem vencedor há cinco concursos e prêmio é capaz de resolver a vida de qualquer um; Lotofácil e Quina acumuladas também correm hoje
Bolsa Família hoje: Caixa libera pagamento para NIS final 2; veja detalhes
Beneficiários com NIS final 2 recebem a parcela de agosto nesta terça-feira; valor mínimo é de R$ 600, mas adicionais podem elevar a renda familiar
“O Brasil está desandando, mas a culpa não é só do Lula”. Gestores veem sede de gastos no Congresso e defendem Haddad
Gestores não responsabilizam apenas o governo petista pelo atual nível da pública e pelo cenário fiscal do país — mas querem Lula fora em 2026 mesmo assim
Caixa começa a pagar Bolsa Família de agosto; confira o calendário
Cerca de 19,2 milhões de famílias receberão o benefício em agosto; valor mínimo é de R$ 600, com adicionais que podem elevar a renda mensal
Um colchão mais duro para os bancos e o que esperar para os mercados hoje
No cenário global, investidores aguardam negociações sobre um possível fim da guerra na Ucrânia; no local, Boletim Focus, IGP-10 e IBC-Br
Agenda econômica: reta final da temporada de balanços, Jackson Hole e Fed nos holofotes; confira os principais eventos da semana
XP fecha a temporada de balanços enquanto dados-chave no Brasil, Fed, China e Europa mantém agenda da semana movimentada
Lotofácil 3472 pode pagar quase R$ 2 milhões hoje; Quina, Lotomania e Dupla Sena oferecem prêmios maiores
Lotofácil e Quina têm sorteios diários; Lotomania, Dupla Sena e Super Sete correm às segundas, quartas e sextas-feiras
O colchão da discórdia: por que o CEO do Bradesco (BBDC4) e até a Febraban questionam os planos do Banco Central de mudar o ACCP
Uma mudança na taxa neutra do ACCP exigiria mais capital dos bancos e, por consequência, afetaria a rentabilidade das instituições. Entenda o que está na mesa do BC hoje
Reformas, mudanças estruturais e demográficas podem explicar resiliência do emprego
Mercado de trabalho brasileiro mantém força mesmo com juros altos e impacto de programas sociais, apontam economistas e autoridades
Carteira dos super-ricos, derrocada do Banco do Brasil (BBAS3) e o sonho sem valor dos Jetsons: confira as notícias mais lidas da semana
A nostalgia bombou na última semana, mas o balanço financeiro do Banco do Brasil não passou despercebido