Se nem os EUA ‘se salvaram’, quem resta? Os países que ainda são ‘triple A’ — e por que essa lista só tem diminuído desde 2008
Após mais de uma década sob pressão, os Estados Unidos perdem o topo da classificação de risco da Moody’s e se juntam a outros rebaixados ilustres
A última sexta-feira (16) caminhava para um desfecho tranquilo, após uma semana intensa nos noticiários econômicos, até que, no apagar das luzes, veio a bomba: os Estados Unidos foram rebaixados pela agência de rating Moody’s. A maior economia do mundo deixou de ser ‘triple A’.
Com a mudança, os EUA deixam de ter o rating Aaa e descem um degrau, para Aa1. A perspectiva da notapassou de negativa para estável.
Segundo a Moody’s, o motivo por trás disso é o aumento da dívida norte-americana — um processo que se arrasta por mais de uma década — e dos índices de pagamento de juros para níveis significativamente mais altos do que a de países com classificação semelhante.
Nesta reportagem, você consegue encontrar mais detalhes sobre o rebaixamento — que não é inédito. Antes da Moody’s, a agência S&P Global Ratings rebaixou a nota soberana dos EUA em agosto de 2011, enquanto a Fitch fez esse movimento em agosto de 2023.
Mas, se a maior economia do mundo deixou de ter o selo ‘triple A’, quem é que sobra nessa lista?
Os países que ainda são ‘Triple A’
Veja abaixo os países que ainda são avaliados como ‘triple A’ pela Moody’s:
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- Austrália;
- Canadá;
- Cingapura;
- Dinamarca;
- Alemanha;
- Luxemburgo;
- Holanda;
- Nova Zelândia;
- Noruega;
- Suécia;
- Suíça
Os países que fazem companhia aos EUA na classificação Aa1 da Moody’s são Áustria e Finlândia.
Quem perdeu o lugar desde a crise de 2008 e por quê?
Desde a crise de 2008, outros países também perderam o ‘triple A’ da Moody’s, assim como os EUA. São eles:
| País | Data do Rebaixamento | Rating Atual | Motivo Principal | |
| Irlanda | 15 de julho de 2011 | Ba1 | Aumento do endividamento, dependência prolongada de ajuda financeira externa (UE/FMI) e risco de que precise de novo resgate. | |
| França | 19 de novembro de 2012 | Aa3 | Vulnerabilidades econômicas e financeiras, incluindo rigidez no mercado de trabalho e exposição a choques externos. | |
| Reino Unido | 22 de fevereiro de 2013 | Aa3 | Crescimento econômico fraco e desafios fiscais persistentes. | |
| Áustria | 6 de setembro de 2014 | Aa1 | Crescimento econômico lento e riscos no setor bancário. | |
| Finlândia | 19 de setembro de 2014 | Aa1 | Perspectivas econômicas fracas e desafios estruturais. | |
Quais são os critérios usados pela Moody’s?
Quando uma agência como a Moody’s dá ou tira o selo de confiança máxima de um país — o famoso rating Aaa — o impacto pode ser grande. Mas, afinal, como ela decide quem merece esse carimbo de excelência?
- E MAIS: Com Selic a 14,75% ao ano, ‘é provável que tenhamos alcançado o fim do ciclo de alta dos juros’, defende analista – a era das vacas gordas na renda fixa vai acabar?
O segredo está em uma fórmula que combina quatro pilares: força econômica, qualidade institucional, saúde fiscal e exposição a choques externos.
Na prática, isso significa analisar desde o tamanho e a diversidade da economia até a capacidade do governo de pagar suas contas — e fazer isso sem sustos.
Países como Suíça, Alemanha e Canadá, por exemplo, mantêm a nota máxima por contarem com instituições sólidas, políticas previsíveis e dívida pública sob controle.
Já economias com cenário fiscal frágil ou risco político elevado, como o Reino Unido e a França nos últimos anos, acabaram rebaixadas.
A Moody’s classifica os países em uma escala que vai do Aaa — nota mais alta — até o C, indicando inadimplência.
Entre os principais níveis estão: Aaa, Aa, A, Baa, Ba, B, Caa, Ca e C. Quanto mais distante do topo, maior o risco de calote percebido pelo mercado. Os títulos com nota Baa3 ou superior são considerados grau de investimento. Abaixo disso, já se entra no chamado “grau especulativo” — ou, como preferem os mais diretos, “nível de junk bond”.
Mas não basta ter bons números: a Moody’s também avalia a resiliência do país em crises globais — algo que ficou evidente após 2008 e, mais recentemente, durante a pandemia. A nota final mistura modelos quantitativos com análise qualitativa de seus analistas.
Ou seja: mesmo que os números apontem para uma direção, o “feeling” da equipe sobre estabilidade política, credibilidade fiscal e riscos geopolíticos pode fazer toda a diferença no veredito.
A crise de credibilidade das agências de risco
Desde a quebradeira de 2008, não foram só os bancos que perderam a moral. As agências de classificação de risco — aquelas que colocam selos de “bom pagador” em países e empresas — também saíram chamuscadas da crise.
Essas instituições foram duramente criticadas por não preverem — e até contribuírem para — o colapso que quase afundou o sistema financeiro mundial. Isso porque essas agências atribuíram nota máxima para títulos podres ligados ao mercado imobiliário norte-americano, antes da crise de 2008.
Muitos desses papéis, vendidos como seguros e sólidos, derreteram em questão de meses, gerando perdas bilionárias em bancos e fundos pelo mundo. A acusação que recaiu sobre as agências foi grave: conflito de interesses, já que quem pagava pelas avaliações eram justamente os emissores dos títulos.
Desde então, as agências tentam recuperar a confiança do mercado com ajustes em seus modelos, maior transparência metodológica e alertas mais ágeis sobre riscos fiscais e políticos.
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