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Monique Lima

Monique Lima

Repórter de finanças pessoais e investimentos no Seu Dinheiro. Formada em Jornalismo, também escreve sobre mercados, economia e negócios. Já passou por redações de VOCÊ S/A, Forbes e InfoMoney.

PORTO ASSET DAY

Inflação perde força, mas economia também: gestores têm motivos para ficar otimistas com Brasil, mas com cautela

Política monetária mais dura, inflação em desaceleração e dólar pressionado — confira os principais calls de investimento da Kinea, Itaú Asset e Porto Asset

Monique Lima
Monique Lima
7 de agosto de 2025
18:08 - atualizado às 12:23
Imagem gerada por inteligência artificial mostra o mapa do Brasil com a bandeira nacional sobreposta, em meio a gráficos financeiros, simbolizando a economia do país
Imagem: Sora / ChatGPT

A política monetária no Brasil está razoavelmente traçada — pelo menos na avaliação dos gestores. Mas isso não significa que não haja oportunidades. Com a inflação perdendo força e o juro real acima de 10%, o consenso entre profissionais de grandes casas como Itaú Asset, Kinea e Porto Asset é claro: a hora é de aplicar nos juros e olhar com atenção para o dólar.

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Bruno Serra, ex-diretor do Banco Central e atual portfolio manager da Itaú Asset; Marco Freire, gestor da Kinea; e Gustavo Okuyama, head de renda fixa da Porto Asset, debateram os principais assuntos da macroeconomia brasileira e internacional em painel do evento Porto Asset Day, nesta quinta-feira (8). 

O ciclo de política monetária no Brasil vive um momento estável. O Banco Central mantém o tom mais duro de manutenção dos juros em 15% ao ano, embora as expectativas de corte já estejam estabelecidas. 

Para Serra, a autoridade monetária "está colhendo os frutos" dessa postura firme e ganhou espaço para cortes futuros com alguma folga, de modo que não comprometa o cenário restritivo da economia por um tempo posterior à queda inicial.

O resultado disso deve aparecer nos próximos meses: uma inflação abaixo do esperado, diz o ex-BC. 

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A projeção do Itaú Asset para 2025 é de 4,5% no fechamento do IPCA, menor do que a estimativa do Focus (5,07%) e do próprio Banco Central (4,9%).

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Apesar disso, Serra acredita que o Comitê de Política Monetária (Copom) deveria esperar até março de 2026 para começar a cortar os juros no Brasil. 

“O BC pode até ser pressionado a cortar em dezembro, mas não deveria. A desinflação vai continuar e ganhar força”, afirma.

A visão macro dos gestores para o Brasil 

Serra diz que o momento é de surfar a desinflação e aponta a estratégia do Itaú Asset. A casa está aplicada em prefixados, pois espera cortes mais intensos nos juros. Na ponta de inflação, está vendendo títulos de inflação de curto prazo.

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Na Kinea, Freire acredita que o nível atual de juro real — acima de 10% — é muito contracionista. “Está muito restritivo. A conta não fecha. A economia vai começar a cair”, afirma. 

Para ele, não importa se o corte começa em dezembro ou março: há muito espaço para corte.

A casa trabalha com um cenário de cinco cortes de 0,50 ponto a partir de abril, mas vê risco para antecipação ou maior intensidade de queda — até mesmo cortes de 1 ponto por reunião.

“O juro real de 10% não está certo. A assimetria de risco está para o corte vir antes ou mais forte. Tem que estar aplicado em juros”, diz Freire.

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Okuyama, da Porto Asset, concorda. Ele vê a postura do BC como crível e projeta um ciclo de queda de 350 pontos-base na Selic a partir de março.

Estados Unidos com problemas institucionais 

Se no Brasil o debate gira em torno da Selic, nos Estados Unidos o foco está na combinação entre guerra comercial e fragilidade institucional.

Segundo Serra, a política de deportações já começa a impactar o mercado de trabalho. O payroll divulgado na sexta-feira (1) foi o mais fraco desde a pandemia.

Com menos imigrantes, tem menos força de trabalho. Mas não só. A política também afeta a entrada de estudantes que também é um motor para a economia americana, pontua o ex-BC.

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A projeção da Itaú Asset é de um crescimento abaixo de 1% para o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA em 2025. 

O choque inflacionário deve corroer a renda, e o enfraquecimento do mercado de trabalho tende a pressionar o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) a cortar juros. 

Junto a essa expectativa de afrouxamento monetário também entra a mudança da presidência do Fed no próximo ano. Enquanto o atual presidente Jerome Powell é uma muralha frente às vontades de Trump, o novo nome será indicado pelo republicano

“Ele [Trump] vai perguntar: quem vai cortar mais juros para mim? 100, 200 ou 300 pontos? Quem prometer mais, leva a cadeira”, ironiza Bruno Serra.

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Vale lembrar que Powell foi indicado por Trump no primeiro mandato com a mesma missão de manter os juros baixos nos EUA. Ele substituiu Janet Yellen no comando do Fed, que também era duramente criticada pelo republicano por manter juros elevados. 

E o dólar nessa confusão? 

Com o mercado de trabalho norte-americano perdendo tração, o dólar deve cair nos próximos meses, segundo os gestores.

Freire lembra que a surpresa recente no payroll foi significativa e indicou fraqueza real na economia. “Juros para baixo é ruim para o dólar”, resume.

O gestor da Kinea também critica a guerra comercial de Trump, que acredita estar “com 30 anos de atraso”. Para ele, o foco do governo Trump está em empregos industriais que já não fazem mais sentido, enquanto o mundo real caminha para uma transição rápida com inteligência artificial no centro da produtividade.

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“O curto prazo é ruim para o dólar, porque as instituições estão sendo testadas. Mas o longo prazo ainda é dos EUA, porque ninguém vai ganhar essa corrida da IA senão eles”, afirma Freire.

O momento exige atenção redobrada ao comportamento dos bancos centrais, mas também aos sinais de desaceleração econômica — tanto aqui quanto lá fora.

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