“ETFs são quase um esquema Ponzi; quando a música parar, pode não ter cadeira para todos”, diz gestor; evento discute o que esperar da indústria de fundos
Alexandre Rezende, sócio-fundador da Oceana Investimentos, disse em evento que os fundos de índices (ETFs) não fazem sentido para investidores qualificados, apenas para quem não tem estrutura para selecionar gestores
“Os ETFs funcionam quase como um esquema Ponzi”. É assim que Alexandre Rezende, sócio-fundador da gestora Oceana Investimentos, que detém hoje cerca de R$ 7,5 bilhões sob gestão, definiu os fundos de investimentos que seguem outros índices.
Para ele, esse tipo de fundo só funciona quando o mercado está indo bem, mas, quando o jogo vira, as coisas se complicam.
Rezende afirma que o grande problema dos ETFs no Brasil é que eles funcionam como uma espécie de profecia autorrealizável: quanto mais dinheiro entra no fundo, mais dinheiro é usado para comprar as mesmas ações, criando um ciclo positivo que vai se reforçando.
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“Quando a música está tocando bem, é ótimo. Mas, quando ela para, pode ser que não haja cadeiras para todo mundo”, disse ele, em um painel sobre o futuro da indústria brasileira de fundos no evento TAG Summit 2025, nesta quarta-feira (7).
Por isso, ele argumenta que esse tipo de investimento só vale para investidores pessoa física que não têm estrutura para selecionar gestores, pois são uma alternativa para diversificação barata.
“Mas, para investidores qualificados, não faz sentido. A exemplo da própria Oceana, nós temos um fundo com 17 anos, ele bateu o benchmark em 15 anos. Assim como nós, existem outros. Então, por que o investidor qualificado escolheria colocar dinheiro nisso?”, questiona.
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Além disso, o sócio-fundador da Oceana destacou que os índices brasileiros falham em espelhar a magnitude da economia nacional. Segundo ele, o investidor que escolhe apostar em ETFs no país está muito exposto a commodities e bancos — e, se esses segmentos não forem bem, as coisas desandam.
Mudança na indústria de fundos no Brasil
O CEO da Bradesco Asset, Bruno Funchal, destacou uma mudança que tem acontecido na indústria de fundos no Brasil.
“A indústria de fundos no Brasil está passando por mudanças importantes, com a transição do modelo de fee base [taxa fixa] para o comissionado. Essa mudança pode transformar a lógica de investimento, priorizando sempre o pacote que melhor atende aos interesses dos clientes”, diz Funchal.
No modelo fee base, os gestores cobram uma taxa fixa sobre o patrimônio investido, proporcionando maior previsibilidade de custos, mas sem vínculo direto com o desempenho do fundo.
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Já no modelo comissionado, a remuneração do gestor está atrelada ao desempenho do fundo, com comissões pagas sobre lucros ou transações realizadas, o que pode gerar maior alinhamento de interesses entre gestores e investidores.
Ele também afirmou que enxerga um avanço dos fundos estruturados, a depender da trajetória dos juros no país, e diz que a Bradesco Asset está se preparando para isso. Fundos estruturados são produtos financeiros que combinam diferentes ativos e estratégias, como ações, títulos e derivativos, para oferecer soluções personalizadas.
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