Rodolfo Amstalden: Aprofundando os casos de anomalia polimórfica
Na janela de cinco anos podemos dizer que existe uma proporcionalidade razoável entre o IFIX e o Ibovespa. Para todas as outras, o retorno ajustado ao risco oferecido pelo IFIX se mostra vantajoso

Na coluna da semana passada, explicamos que o conceito de “anomalia de volatilidade” não é tão raro quanto o sugerido pelos livros texto tradicionais de Finanças.
Em uma série de contextos acessíveis ao investidor pessoa física, podemos aproveitar esses redutos anômalos para ganhar prêmios de retorno sem assumir riscos estúpidos.
Como exemplo prático, trouxemos a comparação dentre Fundos Imobiliários low vol versus high vol, chegando à conclusão de que uma cesta de menor volatilidade proporcionou desempenho superior - tanto em termos absolutos quanto ajustados ao risco.
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Ao fazer uma decomposição estatística, descobrimos que boa parte desse prêmio decorre da função-resposta aos frequentes drawdowns de um mercado emergente (maluco) como o brasileiro.
Durante episódios de estresse, os ativos pouco voláteis também sofrem, mas registram perdas bem mais limitadas que as desovadas pelos ativos high vol. Assim, conseguem se recuperar dessas perdas limitadas mais rapidamente.
IFIX x Ibovespa: comparação quase covarde
Conforme eu disse na edição passada, a anomalia de volatilidade pode ser identificada tanto intra quanto entre classes de ativos. Como já demos um exemplo intra (dentro dos FIIs), hoje decidimos complementar com outro exemplo, inter, na comparação entre IFIX e Ibovespa, que muito interessa ao investidor de varejo.
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O primeiro grande insight a se extrair das tabelas acima diz respeito à sensibilidade das janelas temporais escolhidas para a análise.
No caso, apenas na janela de cinco anos podemos dizer que existe uma proporcionalidade razoável entre o IFIX e o Ibovespa - embora a vol do Ibovespa nos pareça exagerada para remunerar o prêmio de retorno em relação ao IFIX.
Para todas as outras janelas, o retorno ajustado ao risco oferecido pelo IFIX se mostra bem vantajoso, face a uma vol sempre comedida.
E o recorte completo, desde o início, resulta em uma comparação quase que covarde, com retorno superior para uma vol radicalmente inferior à do índice de ações.
Não temos dúvidas de que esse apanhado ressalta o mérito dos fundos imobiliários enquanto instrumentos de diversificação de portfólio para o investidor pessoa física.
Contudo, não devemos cair no erro de concluir que a bolsa brasileira é um mau investimento, especialmente se excluirmos do histórico qualquer amostra de bull market.
Fato é que o Ibovespa nem sempre representa uma proxy adequada das melhores escolhas que podemos fazer dentro da renda variável doméstica, mas isso é um assunto para a nossa próxima coluna…
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