🔴 SELECIONAMOS AS MELHORES RECOMENDAÇÕES DO BTG PACTUAL PARA VOCÊ – ACESSE GRATUITAMENTE

Carolina Gama

Formada em jornalismo pela Cásper Líbero, já trabalhou em redações de economia de jornais como DCI e em agências de tempo real como a CMA. Já passou por rádios populares e ganhou prêmio em Portugal.

NO VERMELHO

Bolsa ladeira abaixo, dólar morro acima: o estrago que o dado de inflação dos EUA provocou nos mercados

Os investidores ainda encararam o segundo dia de depoimentos do presidente do Fed, Jerome Powell, ao Congresso e uma declaração polêmica de Trump sobre os preços

Carolina Gama
12 de fevereiro de 2025
13:01 - atualizado às 18:53
Montagem traz o presidente do Fed, Jerome Powell, em primeiro plano. Ele usa óculos e veste terno cinza escuro com camisa branca. Ao fundo, um cenário com a bolsa de NY e a bandeira dos EUA
Jerome Powell - Imagem: Canvas/ Montagem: Seu Dinheiro

O jogo só acaba quando termina — e quando o assunto é inflação, esse ditado do esporte vale ainda mais. Nesta quarta-feira (12), o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA derrubou as bolsas lá fora e aqui, fez o dólar disparar e mostrou que a partida do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) não está ganha. 

Desde que o BC dos EUA realizou a maior sequência de aperto monetário em décadas, a inflação vem desacelerando do pico de dois dígitos para números mais próximos da meta de 2% ao ano. 

Só que desde o final do ano passado, dados mostram uma estagnação no processo de combate à inflação por lá — e o CPI de janeiro só reforçou essa tendência de reaquecimento dos preços. 

No mês passado, o índice de preços ao consumidor norte-americano saltou 0,5% em base mensal, colocando a taxa de inflação anual em 3%. Os números estão acima das respectivas estimativas da Dow Jones de 0,3% e 2,9%. 

O núcleo do CPI, que exclui os preços voláteis de alimentos e energia, subiu 0,4% no mês e 3,3% nos últimos 12 meses, ambos também acima do esperado.

Falando ao Congresso pelo segundo dia, o presidente do Fed, Jerome, Powell disse que o relatório de inflação de hoje oferece o mais recente lembrete de que o banco central fez "grande progresso" no sentido de aproximar a inflação de sua meta, mas "ainda não chegamos lá".

Leia Também

A reação dos mercados ao dado — que não é o preferido do BC dos EUA para medir a inflação, mas também é acompanhado de perto — não foi das melhores. 

Uma ampla liquidação ocorreu após a divulgação do CPI com o Dow Jones recuando 400 pontos e a maior parte componentes do S&P 500 e do Nasdaq operando com 1% de queda

No fechamento, o Nasdaq conseguiu se recuperar, terminando o dia com alta de 0,03%, enquanto Dow e S&P 500 minimizaram as perdas, recuando 0,50% e 0,27%, respectivamente.

A maioria das ações de tecnologia de mega capitalização, incluindo Amazon, Microsoft e Alphabet, recuaram. Os papéis de empresas do setor de consumo também passaram a operar no vermelho a exemplo da Home Depot, junto com ações de bancos que podem ser prejudicadas se a economia desacelerar sob o peso de juros muito altos. 

No mercado de dívida, o yield (rendimento) dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos, uma referência para hipotecas e outros empréstimos, saltou para além de 4,6% após o CPI.

Por aqui, o impacto da aceleração da inflação nos EUA também foi sentido. O Ibovespa passou a cair mais de 1%, encerrando o dia aos 124.380,21 pontos (-1,69%). Já o dólar no mercado à vista renovou máxima intradia ao tocar R$ 5,7873, e acabou a sessão cotado a R$ 5,7631 (-0,08%).

Inflação acelerando, juros em alta

A reação do mercado tem um motivo: a aceleração da inflação reduz ainda mais as chances de cortes de juros nos EUA este ano — que já eram poucas. 

Em dezembro, o comitê de política monetária (Fomc, na sigla em inglês) apresentou as atualizações das projeções econômicas e reduziu de quatro para duas as probabilidades de diminuição da taxa referencial em 2025.

Em janeiro, o Fomc manteve os juros na faixa entre 4,25% e 4,50% ao ano e, desde então, o presidente do Fed, Jerome Powell, vem reafirmando que o banco central norte-americano não tem pressa para fazer ajustes na política monetária. 

Falando ontem na primeira das duas aparições semestrais no Congresso, Powell voltou a repetir a mensagem aos senadores. Hoje, ele está na Câmara e voltou a dar o mesmo recado aos investidores. 

Imediatamente após a participação de Powell no Senado, os investidores adiaram as chances de corte de juros nos EUA neste ano de junho para julho. Depois dos dados de inflação de hoje, a probabilidade do primeiro corte foi postergada para setembro. 

A ferramenta FedWatch do CME Group mostrava chance estimada de corte de 55,1% em setembro — primeiro mês em que a probabilidade supera 50%.

 O cenário mais provável para setembro continua sendo de redução de 0,25 ponto porcentual (40,5%), enquanto as apostas para afrouxamento de 0,50 ponto porcentual baixaram consideravelmente, de 23,1% antes da divulgação do CPI para 12,8% após o dado. A chance de manutenção dos juros, entretanto, cresceu de 28,2% para 44,9%.

COMO o MERCADO reagiu a MEDIDAS de TRUMP e DEEPSEEK: e O QUE FAZER com AÇÕES INTERNACIONAIS AGORA

O que pensam os especialistas sobre a inflação e os juros nos EUA

Se o mercado adiou para setembro a probabilidade de corte de juros nos EUA este ano, os especialistas estão ainda mais céticos sobre a continuidade do afrouxamento monetário pelo Fed. 

Para a Capital Economics, a inflação tem oscilado nos mesmos níveis por algum tempo e claramente não está mais em trajetória firme de queda. 

Neste cenário, a consultoria britânica diz que o corte único de 0,25 pp neste ano precificado pelo mercado é dovish demais, isto é, uma visão demasiadamente favorável ao afrouxamento monetário.

“O Fed deixará os juros inalterados pelo menos nos próximos 12 meses”, diz a Capital Economics, descartando qualquer chance de corte de juros em 2025

Em nota a clientes, o banco canadense CIBC diz que o dado de inflação de janeiro legitima a postura do Federal Reserve de manter os juros inalterados até ver uma desaceleração nos preços. 

Já André Valério, economista do Inter, vê chance de corte de juros nos EUA no segundo semestre, provavelmente em setembro. 

“A retomada dos cortes antes disso dependerá de uma piora substancial do mercado de trabalho, que, como o payroll indicou na última sexta, não parece estar no horizonte”, diz.

Ainda tem o Trump...

O presidente dos EUA, Donald Trump, não concorda nem com o mercado, nem com Powell e muito menos com os especialistas.

O republicano reagiu à aceleração do índice de preços ao consumidor de janeiro em publicação na Truth Social.

"Inflação do Biden acelera!", escreveu ele, sugerindo que o aumento de preços segue como efeito da gestão passada, do ex-presidente democrata Joe Biden.

Trump, que tomou posse em 20 de janeiro, vem adotando uma série de medidas que podem ajudar a alimentar a inflação nos EUA — tarifas comerciais, endurecimento das regras de imigração e isenção de impostos.

Muitos especialistas dizem que a pausa que o Fed vem fazendo no corte de juros tem relação com os efeitos que essas medidas devem ter sobre a economia norte-americana.

Em dezembro, embora não tenha citado Trump nominalmente, o Fomc dizia que as mudanças na política em Washington poderiam afetar o ritmo do afrouxamento monetário no país.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
DECOLANDO

Com o pé na pista e o olho no céu: Itaú BBA acredita que esses dois gatilhos vão impulsionar ainda mais a Embraer (EMBR3)

12 de junho de 2025 - 18:23

Após correção nas ações desde as máximas de março, a fabricante brasileira de aviões está oferecendo uma relação risco/retorno mais equilibrada, segundo o banco

MEXENDO NA BOLSA

Ações, ETFs e derivativos devem ficar sujeitos a alíquota única de IR de 17,5%, e pagamento será trimestral; veja todas as mudanças

12 de junho de 2025 - 17:40

Mudanças fazem parte da MP que altera a tributação de investimentos financeiros, publicada ontem pelo governo; veja como ficam as regras

MOVIMENTO INÉDITO

Banco do Brasil (BBAS3) supera o Itaú (ITUB4) na B3 pela primeira vez em 2025 — mas não do jeito que o investidor gostaria

12 de junho de 2025 - 16:49

Em uma movimentação inédita neste ano, o BB ultrapassou o Itaú e a Vale em volume negociado na B3

NA MIRA DO LEÃO

Adeus, dividendos isentos? Fundos imobiliários e fiagros devem passar a ser tributados; veja novas regras

12 de junho de 2025 - 15:48

O governo divulgou Medida Provisória que tira a isenção dos dividendos de FIIs e Fiagros, e o investidor vai precisar ficar atento às regras e aos impactos no bolso

MENOS RENDIMENTOS

Fim da tabela regressiva: CDBs, Tesouro Direto e fundos devem passar a ser tributados por alíquota única de 17,5%; veja regras do novo imposto

12 de junho de 2025 - 13:52

Governo publicou Medida Provisória que visa a compensar a perda de arrecadação com o recuo do aumento do IOF. Texto muda premissas importantes dos impostos de investimentos e terá impacto no bolso dos investidores

DE CARA NOVA

Gol troca dívida por ação e muda até os tickers na B3 — entenda o plano da companhia aérea depois do Chapter 11

12 de junho de 2025 - 13:02

Mudança da companhia aérea vem na esteira da campanha de aumento de capital, aprovado no plano de saída da recuperação judicial

AJUSTES NO PORTFÓLIO

Petrobras (PETR4) não é a única na berlinda: BofA também corta recomendação para a bolsa brasileira — mas revela oportunidade em uma ação da B3

12 de junho de 2025 - 9:16

O BofA reduziu a recomendação para a bolsa brasileira, de “overweight” para “market weight” (neutra). E agora, o que fazer com a carteira de investimentos?

ANOTE NA AGENDA

Cemig (CMIG4), Rumo (RAIL3), Allos (ALOS3) e Rede D’Or (RDOR3) pagam quase R$ 4 bilhões em dividendos e JCP; veja quem tem direito a receber

11 de junho de 2025 - 19:40

A maior fatia é da Cemig, cujos proventos são referentes ao exercício de 2024; confira o calendário de todos os pagamentos

CARTA MENSAL

Fundo Verde: Stuhlberger segue zerado em ações do Brasil e não captura ganhos com bolsa dos EUA por “subestimar governo Trump”

11 de junho de 2025 - 16:04

Em carta mensal, gestora criticou movimentação do governo sobre o IOF e afirmou ter se surpreendido com recuo rápido do governo norte-americano em relação às tarifas de importação

A MAIOR ALTA DO IFIX

Santander Renda de Aluguéis (SARE11) está de saída da B3: cotistas aprovam a venda do portfólio, e cotas sobem na bolsa hoje

11 de junho de 2025 - 12:19

Os investidores aceitaram a proposta do BTG Pactual Logística (BTLG11) e, com a venda dos ativos, também aprovaram a liquidação do FII

DE OLHO NA CONTA

Fundo imobiliário do segmento de shoppings vai pagar mais de R$ 23 milhões aos cotistas — e quem não tem o FII na carteira ainda tem chance de receber

11 de junho de 2025 - 11:39

A distribuição de dividendos é referente a venda de um shopping localizado no Tocantins. A operação foi feita em 2023

SEU MENTOR DE INVESTIMENTOS

Meu medo de aviões: quando o problema está na bolsa, não no céu

11 de junho de 2025 - 10:39

Tenho brevê desde os 18 e já fiz pouso forçado em plena avenida — mas estou fora de investir em ações de companhias aéreas

QUE SE FAÇA LUZ

Bank of America tem uma ação favorita no setor elétrico, com potencial de alta de 23%

10 de junho de 2025 - 19:29

A companhia elétrica ganhou um novo preço-alvo, que reflete as previsões macroeconômicas do Brasil e desempenho acima do esperado

COMPRAR OU VENDER

Sem dividendos para o Banco do Brasil? Itaú BBA mantém recomendação, mas corta  preço-alvo das ações BBSA3

10 de junho de 2025 - 18:00

Banco estatal tem passado por revisões de analistas depois de apresentar resultados ruins no primeiro trimestre do ano e agora paga o preço

É A HORA

Santander aumenta preço-alvo de ação que já subiu mais de 120% no ano, mas que ainda pode se valorizar e pagar dividendos

10 de junho de 2025 - 13:25

De acordo com analistas do banco, essa empresa do ramo da construção civil tem uma posição forte, sendo negociada com um preço barato mesmo com lucros crescendo em 24%

OPORTUNIDADE À VISTA

Dividendos e recompras: por que esta empresa do ramo dos seguros é uma potencial “vaca leiteira” atraente, na opinião do BTG

10 de junho de 2025 - 12:39

Com um fluxo de caixa forte e perspectiva de se manter assim no médio prazo, esta corretora de seguros é bem avaliada pelo BTG

LEÃO COM MAIS APETITE

“Caixa de Pandora tributária”: governo quer elevar Imposto de Renda sobre JCP para 20% e aumentar CSLL. Como isso vai pesar no bolso do investidor?

9 de junho de 2025 - 17:23

Governo propõe aumento no Imposto de Renda sobre JCP e mudanças na CSLL; saiba como essas alterações podem afetar seus investimentos

LÁ VAMOS NÓS DE NOVO…

FIIs e fiagros voltam a entrar na mira do Leão: governo quer tirar a isenção de IR e tributar rendimentos em 5%; entenda

9 de junho de 2025 - 17:14

De acordo com fontes ouvidas pelo Valor Econômico, a tributação de rendimentos de FIIs e fiagros, hoje isentos, entra no pacote de medidas alternativas ao aumento do IOF

É PARA COMPRAR

UBS BB considera que essa ação entrou nos anos dourados com tarifas de Trump como um “divisor de águas”

9 de junho de 2025 - 13:10

Importações desse segmento já estão sentindo o peso da guerra comercial — uma boa notícia para essa empresa que tem forte presença no mercado dos EUA

A ESTRATÉGIA DO FII

Maior fundo imobiliário de renda urbana da B3 vende imóvel locado pelo Insper por R$ 170 milhões; veja o que muda para os cotistas

9 de junho de 2025 - 12:11

O FII anunciou nesta segunda-feira (9) que firmou um acordo para a venda total do edifício localizado na Rua Quatá, em São Paulo

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar