A estratégia deste novo fundo de previdência global é investir somente em ETFs — entenda como funciona o novo ativo da Investo
O produto combina gestão passiva, exposição internacional e benefícios tributários da previdência em uma carteira voltada para o longo prazo

O mercado de previdência privada cresceu muito nos últimos anos com o lançamento de novos produtos, com diferentes estratégias. Mas ainda há espaço para mais inovações. Pelo menos foi isso que atestou a gestora de fundos de índice (ETFs) Investo, com o lançamento do Investo Previdência Global Crescimento.
O fundo de previdência, lançado em agosto e distribuído exclusivamente pelo BTG Pactual, tem como regra a alocação integral em ETFs.
Inicialmente, o portfólio reúne 13 fundos de índice de diferentes classes de ativos e regiões, mas mantém a estrutura previdenciária e os benefícios que acompanham essa forma de investimento financeiro voltado para a aposentadoria.
O Investo Previdência Global Crescimento é o primeiro fundo de previdência do país que tem por premissa a alocação exclusiva em ETFs. Segundo o CEO da Investo, Cauê Mançanares, o produto é resultado dos quatro anos de trabalho da gestora.
- LEIA TAMBÉM: Onde investir em outubro? O Seu Dinheiro reuniu os melhores ativos para ter na carteira neste mês; confira agora gratuitamente
“Foram quatro anos construindo tijolo por tijolo para chegar ao resultado da carteira diversificada. Hoje, com 26 ETFs listados na Bolsa, conseguimos dar um passo além para essa solução de um fundo de previdência completo”, disse em entrevista ao Seu Dinheiro.
A Investo recentemente atingiu a marca de R$ 4 bilhões sob gestão — dobrando em relação aos R$ 1,7 bilhão do fechamento de 2024. A gestora brasileira é especializada em ETFs, e integra o grupo internacional VanEck, referência global em fundos de gestão passiva.
Leia Também

Um fundo de previdência em ETFs
O Investo Previdência Global Crescimento tem sua alocação dividida em: 60% da carteira em investimentos no Brasil e 40% no exterior. Por conta dessa exposição global acima do limite de 20%, o produto é destinado a investidores qualificados — aqueles que possuem pelo menos R$ 1 milhão em aplicações financeiras.
Segundo a classificação da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), é um ativo de Previdência Multimercados.
Sua taxa de administração é de 0,97% ao ano, com aporte mínimo de R$ 1 mil e liquidez de cinco dias úteis — considerando o prazo entre a cotização (D+3) e a liquidação (D+2).
Segundo Mançanares, a metodologia busca combinar estabilidade e crescimento para o longo prazo. A renda fixa local seria a âncora para reduzir a volatilidade e garantir retorno real, enquanto os ETFs internacionais e temáticos agregam potencial de valorização e diversificação.
O portfólio de 13 ETFs reúne fundos que têm sua maior parcela alocada em títulos públicos brasileiros: Tesouro Selic e Tesouro IPCA+, via LFTB11. O segundo maior peso fica com o WRLD11, que replica o desempenho da economia global (10%).
Os demais ativos têm pesos menores e oferecem grande diversificação. Há fundos de renda fixa internacional e ações brasileiras, mas também private equity, ouro e criptomoedas.
ETFs que fazem parte do portfólio do Investo Previdência Global Crescimento:
Classe de Ativo | ETF | Exposição | Estratégia |
---|---|---|---|
Renda Fixa Brasil (Âncora) | LFTB11 (Tesouro Selic e IPCA+) | 45,00% | Estabilidade e menor volatilidade |
Renda Variável Global | WRLD11 (Economia Global) | 10,00% | Exposição ao mercado global |
Renda Variável Brasil | BDOM11 (Mercado Doméstico) | 5,00% | Crescimento via ações brasileiras |
Renda Variável Brasil | BXPO11 (Mercado Exportador) | 5,00% | Empresas com receita vinda de exportação |
Renda Fixa Global | BNDX11 (Renda Fixa Global) | 5,00% | Diversificação e exposição ao dólar |
Renda Fixa EUA | USDB11 (Renda Fixa EUA) | 5,00% | Diversificação e exposição ao dólar |
Renda Fixa Brasil | LFTS11 (Tesouro Selic) | 5,00% | Estabilidade e retorno |
Temático/Hedge | PEVC11 (Private Equity) | 4,50% | Potencial de crescimento setorial |
Temático/Hedge | GLDX11 (Ouro) | 4,50% | Proteção contra inflação e proteção de longo prazo |
Temático/Hedge | ALUG11 (Real Estate EUA/REITs) | 4,50% | Proteção contra inflação e proteção de longo prazo |
Temático (Tecnologia) | USTK11 (Tecnologia Americana) | 3,00% | Potencial de crescimento setorial |
Temático (Semicondutores) | CHIP11 (Semicondutores) | 2,00% | Potencial de crescimento setorial |
Cripto | HODL11 (Bitcoin) | 1,50% | Exposição controlada ao Bitcoin |
Os ETFs investidos têm posição fixa, com revisões semestrais para voltar ao “estágio inicial”, conforme desenhado nos modelos de testes da gestora. Segundo Mançanares, este foi o portfólio que apresentou os melhores resultados nos testes, em termos de risco e retorno.
Desempenho simulado
O CEO da Investo conta que a estratégia busca manter a volatilidade sempre controlada — estimada em cerca de 7,26% ao ano, abaixo dos 23,45% do Ibovespa.
Nas simulações (backtest), a carteira do Investo Previdência Global Crescimento com o portfólio de lançamento apresentou um retorno acumulado de 132,7% entre julho de 2018 e agosto de 2025.
Este número supera com folga o CDI (79,4%) e o Ibovespa (77,7%) no mesmo período.
Entretanto, é importante destacar que o backtest se refere a uma simulação de desempenho baseada em dados passados, e não representa resultados reais. Esse tipo de análise serve apenas para avaliar como a estratégia teria se comportado em diferentes cenários de mercado — mas não é garantia de rentabilidade futura.
No que diz respeito às características de previdência, o fundo da Investo se beneficia das vantagens tributárias e sucessórias das aplicações PGBL e VGBL.
No PGBL, o imposto de renda incide sobre o valor total (para quem declara o IR na forma completa), e no VGBL, incide sobre os rendimentos (ideal para quem declara no modelo simplificado). Fica a critério do investidor a escolha do plano.
O incentivo fiscal para quem investe via PGBL é que as contribuições podem ser deduzidas até o limite de 12% da renda bruta anual, desde que o investidor utilize a declaração completa do IR e seja segurado para o INSS.
O VGBL não permite deduzir as contribuições, mas o imposto incide apenas sobre os rendimentos, não sobre o total.
Além disso, a previdência privada tem tributação regressiva: quanto maior o tempo de aplicação, menor a alíquota, que pode chegar a 10% após 10 anos de investimento, menor que a alíquota mínima dos investimentos tradicionais.
Ainda mais preciosos: ouro atinge novo recorde e prata dispara para máxima em décadas
Tensões fiscais e desconfiança em moedas fortes como o dólar levam investidores a buscar ouro e prata
Sparta mantém posição em debêntures da Braskem (BRKM5), mas fecha fundos isentos para não prejudicar retorno
Gestora de crédito privado encerra captação em fundos incentivados devido ao excesso de demanda
Bolsa ainda está barata, mas nem tanto — e gringos se animam sem pôr a ‘mão no fogo’: a visão dos gestores sobre o mercado brasileiro
Pesquisa da Empiricus mostra que o otimismo dos gestores com a bolsa brasileira segue firme, mas perdeu força — e o investidor estrangeiro ainda não vem em peso
Bitcoin (BTC) recupera os US$ 114 mil após ‘flash crash’ do mercado com Donald Trump. O que mexe com as criptomoedas hoje?
A maior criptomoeda do mundo voltou a subir nesta manhã, impulsionando a performance de outros ativos digitais; entenda a movimentação
Bolsa fecha terceira semana no vermelho, com perdas de 2,44%; veja os papéis que mais caíram e os que mais subiram
Para Bruna Sene, analista de renda variável na Rico, “a tão esperada correção do Ibovespa chegou” após uma sequência de recordes históricos
Dólar avança mais de 3% na semana e volta ao patamar de R$ 5,50, em meio a aversão ao risco
A preocupação com uma escalada populista do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez o real apresentar de longe o pior desempenho entre divisas emergentes e de países exportadores de commodities
Dólar destoa do movimento externo, sobe mais de 2% e fecha em R$ 5,50; entenda o que está por trás
Na máxima do dia, divisa chegou a encostar nos R$ 5,52, mas se desvalorizou ante outras moedas fortes
FII RBVA11 avança na diversificação e troca Santander por nova locatária; entenda a movimentação
O FII nasceu como um fundo imobiliário 100% de agências bancárias, mas vem focando na sua nova meta de diversificação
O mercado de ações dos EUA vive uma bolha especulativa? CEO do banco JP Morgan diz que sim
Jamie Dimon afirma que muitas pessoas perderão dinheiro investindo no setor de inteligência artificial
O que fez a Ambipar (AMBP3) saltar mais de 30% hoje — e por que você não deveria se animar tanto com isso
As ações AMBP3 protagonizam a lista de maiores altas da B3 desde o início do pregão, mas o motivo não é tão inspirador assim
Ação do Assaí (ASAI3) ainda está barata mesmo após pernada em 2025? BB-BI revela se é hora de comprar
Os analistas do banco decidiram elevar o preço-alvo das ações ASAI3 para R$ 14 por ação; saiba o que fazer com os papéis
O que esperar dos mercados em 2026: juros, eleições e outros pilares vão mexer com o bolso do investidor nos próximos meses, aponta economista-chefe da Lifetime
Enquanto o cenário global se estabiliza em ritmo lento, o país surge como refúgio — mas só se esses dois fatores não saírem do trilho
Tempestade à vista para a Bolsa e o dólar: entenda o risco eleitoral que o mercado ignora
Os meses finais do ano devem marcar uma virada no tempo nos mercados, segundo Ricardo Campos, CEO e CIO da Reach Capital
FII BMLC11 leva calote da Ambipar (AMBP3) — e investidores vão sentir os impactos no bolso; cotas caem na B3
A Ambipar enfrenta uma onda de desconfiança no mercado, e a crise atinge em cheio os dividendos do FII
Ouro ultrapassa o nível de US$ 4 mil pela primeira vez por causa de incertezas no cenário global; o metal vai conseguir subir mais?
Shutdown nos EUA e crise na França levam ouro a bater recorde histórico de preço
Fundos de ações e multimercados entregam 21% de retorno no ano, mas investidores ficam nos 11% da renda fixa, diz Anbima
Mesmo com rentabilidade inferior, segurança da renda fixa mantém investidores estagnados, com saídas ainda bilionárias das estratégias de risco
MXRF11 mira captação recorde com nova emissão de até R$ 1,25 bilhão
Com uma base de 1,32 milhão de cotistas e patrimônio líquido de mais de R$ 4 bilhões, o FII mira sua maior emissão
O que foi tão ruim na prévia operacional da MRV (MRVE3) para as ações estarem desabando?
Com repasses travados na Caixa e lançamentos fracos, MRV&Co (MRVE3) decepciona no terceiro trimestre
Ouro fecha em alta e se aproxima da marca de US$ 4 mil, mas precisa de novos gatilhos para chegar lá, dizem analistas
Valor do metal bate recorde de preço durante negociações do dia por causa de incertezas políticas e econômicas
Fundo imobiliário favorito dos analistas em outubro já valorizou mais de 9% neste ano — mas ainda dá tempo de surfar a alta
A XP Investimentos, uma das corretoras que indicaram o fundo em outubro, projeta uma valorização de mais 9% neste mês em relação ao preço de fechamento do último pregão de setembro