Kamala Harris domina debate, e Donald Trump demonstra pouco preparo, afirma analista Nate Silver – mas ele ainda enxerga disputa acirrada pela Casa Branca
O bom desempenho de Kamala Harris durante o debate contra Donald Trump abre oportunidades para novos eventos. Democratas ainda enfrentam obstáculos na corrida eleitoral pela presidência dos EUA
O debate entre Kamala Harris e Donald Trump, que disputam a presidência dos Estados Unidos, adicionou temperatura às eleições – e o republicano foi quem sentiu o clima esquentar.
Os candidatos se enfrentaram pela primeira vez durante evento promovido pela ABC News. Durante o programa, os participantes responderam às perguntas dos apresentadores e debateram sobre questões como economia, conflitos internacionais e aborto.
De acordo com um dos mais populares analistas de estatísticas políticas, Nate Silver, a democrata teve “o debate que queria”. Além disso, ele afirmou através de publicação no Substack que “há um consenso de que Harris ganhou esta noite”.
Ele não está sozinho em sua avaliação. Kamala Harris foi considerada vencedora na pesquisa instantânea da CNN com observadores do debate.
Silver ganhou destaque em 2008 após acertar corretamente os resultados de 49 dos 50 estados norte-americanos durante a disputa eleitoral para a presidência daquele ano.
Já na disputa de 2024, Silver avalia que o bom desempenho da democrata no debate colocou os candidatos com ligeira diferença na corrida eleitoral, o que pode ser um incentivo para novos debates entre Kamala Harris e Donald Trump.
Leia Também
Vamos ao que interessa: Depois de perder o suporte de 130 mil pontos, Ibovespa tenta recuperação em dia de inflação nos EUA
Quanto os juros vão cair agora? O que a ata não contou sobre a próxima decisão do Fed em novembro
Até a noite de ontem, o evento era visto como, provavelmente, o único confronto realizado presencialmente entre os candidatos.
A importância do preparo no debate entre Kamala Harris e Donald Trump
Nos dias que antecederam o debate, a mídia norte-americana revelou que Kamala Harris passou quatro dias em simulações. A preparação da candidata democrata teve impacto: ela conseguiu colocar Donald Trump contra a parede em diversos momentos e reagiu aos ataques do republicano.
Já o ex-presidente não teve o mesmo desempenho. Na visão do analista Silver, o republicano deixou a desejar e “mordeu a isca repetidamente toda vez que ela a oferecia”.
“Trump parecia não saber o que fazer com os longos blocos de 2 minutos e microfones silenciados. Ele tinha seções coerentes e ocasionalmente até bastante eficazes por 30 segundos de cada vez, mas então ele desviava para outra direção”, afirmou o analista em publicação.
Os pontos altos do debate para Kamala Harris e Donald Trump
Os primeiros minutos do evento contaram com o debate sobre a economia norte-americana. O tema é um dos pontos fracos de Kamala Harris, já que compõe o governo atual e lida com a alta da inflação nos Estados Unidos.
Donald Trump aproveitou para atacar a vice-presidente, no entanto o assunto foi deixado praticamente de lado nos minutos restantes – o que foi um erro do republicano.
Isso porque, segundo Silver, Trump foi “mais eficaz” durante o debate da economia do que em outros tópicos, mantendo “uma retórica mais simples”.
Além disso, os candidatos também discutiram a crise migratória dos Estados Unidos, os conflitos internacionais – em especial a guerra no Afeganistão e a guerra da Ucrânia – e a realização de aborto no país. E foi aí que Kamala Harris dominou o debate.
A democrata destacou que o procedimento médico é uma questão de saúde e de liberdade individual – argumento que costuma atrair eleitores norte-americanos.
Já Donald Trump mentiu sobre existirem abortos após o sétimo mês de gestação e “até mesmo após o nascimento”. Os mediadores corrigiram o republicano logo após a fala do candidato.
Trump também tentou se distanciar do tema ao afirmar que a aprovação da legalização do aborto “jamais seria aprovada no Congresso”.
Mas não foram só as argumentações do ex-presidente que o colocaram em desvantagem. Para Silver, o tema aborto “é provavelmente o melhor tópico individual dos democratas”.
Além disso, ele avalia que o fato de ter sido discutido no início do debate também trouxe vantagens para Kamala Harris. “O que acontece nos primeiros 15-30 minutos quase sempre tem um impacto desproporcional em relação ao resto da noite”, afirmou.
Ainda segundo o analista, as perguntas realizadas pelos mediadores favoreceram a democrata, em especial ao não questionarem a desistência de Joe Biden.
Kamala Harris ganhou vantagem. É o suficiente?
Nate Silver afirma que, após o debate, Kamala Harris deve movimentar as pesquisas de voto. Porém, para ele, a democrata enfrenta outros desafios que podem dificultar a campanha eleitoral da candidata.
Segundo o analista, as avaliações acaloradas do bom desempenho da democrata subestimam o impacto do fato de ela ser mulher, um tópico que não teria o mesmo papel na disputa entre Joe Biden e Trump.
Porém, ele ressalta que, caso a candidata não seja “capaz de mover a agulha nas pesquisas” após o debate, pode ser um indicador de que “o país simplesmente não está comprando o que ela está vendendo”.
Sabatinando Galípolo: Senado vota hoje indicado de Lula para suceder Campos Neto no Banco Central, mas Ibovespa tem outras preocupações
Além da sabatina de Galípolo, Ibovespa terá que remar contra a queda do petróleo e do minério de ferro nos mercados internacionais
Felipe Miranda: Não estamos no México, nem no Dilma 2
Embora algumas analogias de fato possam ser feitas, sobretudo porque a direção guarda alguma semelhança, a comparação parece bastante imprecisa
Selic de dois dígitos será mais norma que exceção, diz economista do Citi; como os bancões gringos veem juros e inflação no Brasil?
Cautela do Banco Central em relação à pressão inflacionária é bem vista por economistas do Citi, do JP Morgan e do BofA, que deram suas projeções para juros em 2024 e 2025
Eleições voltam à estaca zero, enquanto investidores aguardam números de inflação no Brasil e nos Estados Unidos
Além disso, nesta semana ainda será publicada a ata da mais recente reunião do Fomc, o Copom norte-americano, que reduziu os juros nos EUA
Agenda econômica: Inflação é destaque no Brasil, EUA e China, com ata do Fed e PIB do Reino Unido no radar
Além de dados de inflação, as atenções dos mercados financeiros se voltam para o fluxo cambial do Brasil e a balança comercial dos EUA e Reino Unido
Dado de emprego arrasa-quarteirão nos EUA faz bolsas subirem, mas pode não ser uma notícia tão boa assim. Como ficam os juros agora?
A economia norte-americana abriu 254 mil vagas em setembro, bem acima das 159 mil de agosto e da previsão de 150 mil; a taxa de desemprego caiu 4,2% para 4,2% e os salários subiram
Entre o petróleo e o payroll: Ibovespa busca recuperação com juros nos EUA e conflito no Oriente Médio como pano de fundo
Relatório mensal de emprego nos EUA deve dar o tom do dia nos negócios enquanto guerra continua pressionando o petróleo
Sob pressão: Bolsas internacionais amanhecem no vermelho, mas alta do petróleo continua e pode ajudar o Ibovespa
Vitória do governo no STF em relação a resíduos tributários do Programa Reintegra também pode repercutir no Ibovespa hoje
Em meio ao aumento da tensão no Oriente Médio, Ibovespa reage à alta do petróleo e à elevação do rating do Brasil
Agência Moody’s deixou o rating soberano do Brasil a apenas um degrau do cobiçado grau de investimento — e a perspectiva é positiva
Uma semana de ouro: Depois de salto das bolsas da China, investidores miram dados de emprego nos EUA em dia de agenda fraca no Brasil
Ibovespa acumulou queda de pouco mais de 3% em setembro, mas agenda fraca por aqui tende a deixar a bolsa brasileira a reboque de Wall Street
Juros bem baixinhos nos EUA? S&P 500 fecha em recorde, mas Ibovespa não acompanha. O que fez a bolsa subir lá fora e cair aqui
O S&P 500 acumulou ganho de 2%, registrando o primeiro setembro positivo desde 2019. Já o Ibovespa perdeu mais de 3% no mês e foi acompanhado pelo dólar no mercado à vista
Bolsas da China vão do ‘dragão de madeira’ ao ‘touro de ouro’ com nova rodada de estímulos — mas índices globais caem de olho em dados da semana
Nos próximos dias serão publicados os números de emprego nos Estados Unidos, que darão pistas sobre o futuro dos juros norte-americanos
Agenda econômica: Feriado na China drena liquidez em semana de payroll e dados de atividade das principais economias do mundo
Além dos dados de atividade, os discursos de autoridades monetárias prometem movimentar os mercados financeiros nos próximos dias
Novo título de renda fixa com isenção de IR e os rumores sobre a venda bilionária de ações da JBS (JBSS3) pelo BNDES: os destaques do Seu Dinheiro na semana
O vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou que a nova renda fixa pode ser disponibilizada no mercado em breve; veja as matérias mais lidas da última semana
A Selic não vai parar de subir? Campos Neto diz como ficam os juros com melhora da inflação; presidente do BC também manda recado sobre a questão fiscal
Eventos como a aprovação do teto dos gastos e do arcabouço fiscal, disse, abriram espaço para trabalhar com uma taxa Selic menor
Euforia com a inflação dos EUA não dura e Ibovespa fecha em queda de 0,21%; dólar acompanha e baixa a R$ 5,4361
De acordo com especialistas, a inflação segue na direção certa — embora haja risco no caminho —, só que outro dado é a prioridade do banco central norte-americano agora e ele preocupa
Campos Neto não curtiu? Desemprego atinge o menor nível para agosto — mas parte dos economistas acha isso ‘ruim’
Além da queda da taxa de desemprego próxima de uma situação de pleno emprego, o rendimento real dos trabalhadores cresceu
Um rolê no parquinho da bolsa: Ibovespa tenta reduzir perda acumulada em setembro em dia de Pnad e Caged, além de PCE nos EUA
A dois pregões do fim do mês, Ibovespa acumula queda de 2,2% em setembro, mas ainda pode voltar para o alto da roda gigante
Campos Neto errou? Presidente do BC responde sobre condução da taxa de juros após relatório de inflação
Comentários de Campos Neto foram feitos durante entrevista coletiva para falar do Relatório Trimestral de Inflação
Vale (VALE3) leva a melhor no cabo de guerra com a Petrobras (PETR4) e ajuda Ibovespa a fechar em alta; dólar recua a R$ 5,4447
No mercado de câmbio, o dólar à vista opera em queda, mas longe das mínimas do dia