Zuckerberg levou a pior? Meta é ‘forçada’ a mudar estratégia de negócios do Facebook e do Instagram na Europa; entenda o que aconteceu por lá
Serviço de assinaturas das plataformas, lançado no ano passado, tem redução de preços; além disso, nova versão gratuita também é anunciada
Quem mora em algum país da União Europeia (UE) desembolsará bem menos dinheiro para ter a versão sem anúncios do Instagram e do Facebook. Além disso, poderão escolher uma versão gratuita com anúncios menos personalizados, que usam uma quantidade restrita de dados dos usuários.
Aqui no Brasil, a notícia pode parecer estranha, já que estas redes sociais sempre foram e continuam sendo gratuitas para todos os brasileiros.
Acontece que, em outubro do ano passado, a Meta foi obrigada a lançar um serviço de assinaturas ad-free na UE, após um embate regulatório com o bloco.
Na ocasião, a UE mostrou preocupação quanto ao modelo de negócios da empresa de Mark Zuckerberg, que se baseia em coletar dados dos usuários para oferecer anúncios cada vez mais personalizados – mesmo que os usuários não tenham dado um consentimento explícito para isto.
A Meta chegou a ser multada em US$ 400 milhões (R$ 2,3 bilhões no câmbio atual) no ano passado por violar leis de privacidade de dados do bloco.
Em comunicado publicado no site oficial, a empresa declarou que “apesar de esforços conjuntos para cumprir a regulamentação da UE”, continuou a receber demandas adicionais dos reguladores.
Leia Também
Em declaração no Threads, o presidente Nick Clegg fez questão de reforçar que as mudanças “vão além das leis da União Europeia.”
O que muda no serviço de assinatura do Instagram e do Facebook?
O preço para os europeus que querem consumir conteúdos no Instagram e no Facebook sem ver anúncios agora será de 5,99 euros para usuários do desktop (contra 9,99 euros anteriormente) e 7,99 euros para iOS e Android (antes, o valor era de 12,99 euros).
Ou seja, para não ter mais que ver publicidade a cada vez que estiver visualizando stories ou rolando o feed, é preciso pagar entre R$ 36 e R$ 43 considerando o câmbio atual.
Já a versão com anúncios menos personalizados será totalmente gratuita, sendo que a Meta irá coletar menos dados dos usuários.
As publicidades serão baseadas no contexto e em um conjunto reduzido de informações, como idade, localização, gênero e o nível de engajamento da pessoa com determinados anúncios.
Neste contexto, a versão gratuita das plataformas também vai mostrar anúncios que não podem ser pulados – semelhante ao que ocorre no Youtube – para “entregar valor para os anunciantes”, na justificativa da companhia.
Meta vs. União Europeia
Vale lembrar que a venda de espaços publicitários é uma fonte de receita muito relevante para a empresa de Zuckerberg. Em nota, a Meta ratificou que irá continuar comprometida com anúncios personalizados, “que sempre será a base de uma internet livre e inclusiva.”
O diretor de políticas globais da companhia, Pedro Pavón, declarou que essa personalização permite às pessoas se conectarem com marcas e produtos mais relevantes para elas, de uma forma não-intrusiva.
"É por isso que espero que, mesmo diante de várias opções equivalentes, a maioria das pessoas ainda escolha nosso serviço de anúncios personalizados”, afirmou em post no Linkedin.
As imposições regulatórias da União Europeia têm aumentado, em uma tentativa de acabar com o oligopólio das big techs e proteger os dados dos cidadãos.
Este não foi o primeiro impacto sentido pela Meta. Ano passado, o lançamento do Threads foi “atrasado” no continente europeu devido às regulações do bloco econômico.
Entre as principais legislações em voga estão:
- A General Data Protection Regulation (GDPR), que se assemelha à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) aqui no Brasil, definindo como e em que condições as empresas podem coletar, armazenar e processar informações pessoais dos usuários.
- O Digital Market Act (DMA), que visa promover a livre concorrência no mercado de tecnologia, impedindo que as big techs exerçam um oligopólio.
* Com informações da CNBC.
Nova York naufragou: ações que navegavam na vitória de Trump afundam e bolsas terminam com fortes perdas — Tesla (TSLA34) se salva
Europa também fechou a sexta-feira (15) com perdas, enquanto as bolsas na Ásia terminaram a última sessão da semana sem uma direção comum, com dados da China e do Japão no radar dos investidores
Azeite a peso de ouro: maior produtora do mundo diz que preços vão cair; saiba quando isso vai acontecer e quanto pode custar
A escassez de azeite de oliva, um alimento básico da dieta mediterrânea, empurrou o setor para o modo de crise, alimentou temores de insegurança alimentar e até mesmo provocou um aumento da criminalidade em supermercados na Europa
Pix pelo WhatsApp: PicPay usa inteligência artificial para acelerar pagamento instantâneo via app de mensagens; entenda como funciona
Em parceria com a Meta, fintech criou um chatbot ‘fora dos moldes tradicionais para agilizar pagamentos
Jogando nas onze: Depois da vitória de Trump, Ibovespa reage a Copom, Fed e balanços, com destaque para a Petrobras
Investidores estão de olho não apenas no resultado trimestral da Petrobras, mas também em informações sobre os dividendos da empresa
Recado de Lula para Trump, Europa de cabelo em pé e China de poucas palavras: a reação internacional à vitória do republicano nos EUA
Embora a maioria dos líderes estejam preocupados com o segundo mandato de Trump, há quem tenha comemorado a vitória do republicano
Além do Ozempic: Novo Nordisk tem lucro acima do esperado no 3T24 graças às vendas de outra ‘injeção de emagrecimento’
Novo Nordisk deu um respiro para o mercado de drogas de emagrecimento, que é encarado com certo ceticismo após altas expressivas
Começa a semana mais importante do ano: Investidores se preparam para eleições nos EUA com Fed e Copom no radar
Eleitores norte-americanos irão às urnas na terça-feira para escolher entre Kamala Harris e Donald Trump, mas resultado pode demorar
Por que o mercado ficou arisco hoje? Ibovespa é arrastado por Nova York e termina dia abaixo de 130 mil pontos; dólar sobe a R$ 5,7811
Nos Estados Unidos, bolsas também foram puxadas para baixo devido à preocupação com os gastos elevados das big techs
Meta e Snap estão investindo milhões em óculos de realidade aumentada, mas vai demorar para você poder comprá-los
Tecnologia que mistura elementos reais e digitais tem alto custo de produção e conquistou diversas big techs, mas nem todas se deram bem nessa
‘Nova fase de crescimento’: HSBC anuncia reestruturação e nomeia primeira CFO mulher; veja o que vai mudar no banco inglês
Mudanças vêm em um contexto de queda de juros na Europa e maior foco nos negócios na Ásia
Agenda econômica: Prévia da inflação do Brasil, temporada de balanços e Livro Bege são destaques da semana
A temporada de balanços do 3T24 no Brasil ganha suas primeiras publicações nesta semana; agenda econômica também conta com reuniões do BRICS
Randoncorp (RAPT4) mira internacionalização, vai ao Reino Unido e compra o grupo de autopeças EBS por R$ 410 milhões
Companhia é uma das maiores distribuidoras independentes de autopeças de sistemas de freio para veículos comerciais na Europa
O que divide o brasileiro de verdade: Ibovespa reage a decisão de juros do BCE e dados dos EUA em dia de agenda fraca por aqui
Expectativa com o PIB da China e novas medidas contra crise imobiliária na segunda maior economia do mundo também mexem com mercados
Sinais de mais estímulos à economia animam bolsas da China, mas índices internacionais oscilam de olho nos balanços
Enquanto isso, os investidores aguardam o relatório de produção da Vale (VALE3) enquanto a sede da B3, a cidade de São Paulo, segue no escuro
Agenda econômica: Inflação é destaque no Brasil, EUA e China, com ata do Fed e PIB do Reino Unido no radar
Além de dados de inflação, as atenções dos mercados financeiros se voltam para o fluxo cambial do Brasil e a balança comercial dos EUA e Reino Unido
Carros elétricos da China vão ser taxados em até 45% na União Europeia; o que isso significa para o mercado de EVs?
O governo chinês afirma que a decisão afeta décadas de cooperação entre os dois grupos; alguns países temem retaliação do país asiático
Bolsas da China vão do ‘dragão de madeira’ ao ‘touro de ouro’ com nova rodada de estímulos — mas índices globais caem de olho em dados da semana
Nos próximos dias serão publicados os números de emprego nos Estados Unidos, que darão pistas sobre o futuro dos juros norte-americanos
Um rolê no parquinho da bolsa: Ibovespa tenta reduzir perda acumulada em setembro em dia de Pnad e Caged, além de PCE nos EUA
A dois pregões do fim do mês, Ibovespa acumula queda de 2,2% em setembro, mas ainda pode voltar para o alto da roda gigante
Em defesa da BYD: China apela para que os EUA desistam de restrições a produtos automotivos — e promete revidar se isso não acontecer
O pedido acontece depois de o Departamento de Comércio norte-americano propor nesta semana a adoção de medidas contra produtos e serviços automotivos chineses
Entre estímulos e desestímulos: corte de juros na China anima bolsas internacionais, mas Ibovespa espera a ata do Copom
Iniciativas do banco central chinês incluem a redução do compulsório bancário e corte de juros para financiamentos imobiliários e compra de um segundo imóvel