Um dos eventos mais importantes para a economia da China já tem data marcada — e aqui estão os motivos para você ficar de olho nisso
Terceira plenária do atual comitê central do Partido Comunista da China vai ocorrer entre 15 e 18 de julho em Pequim
O Partido Comunista da China (PCCh) confirmou nesta quinta-feira (27) as datas da realização da terceira sessão plenária do 20º comitê central. O encontro ocorrerá entre os dias 15 e 18 de julho em Pequim.
De acordo com a mídia local, a terceira plenária vai proporcionar “debates mais aprofundados sobre as reformas e a implementação da modernização chinesa”.
Posto assim, talvez pareça um evento qualquer. Afinal, a terceira é apenas uma das sete sessões plenárias conduzidas por cada composição do comitê central do PCCh ao longo de cinco anos de mandato.
No entanto, a “terceira plenária” é acompanhada com certa ansiedade por observadores internacionais da China. E essa expectativa é alimentada pelo histórico do evento.
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Por que a terceira plenária é importante
Primeiro porque, quando não há sessão do Congresso Nacional da China, o comitê central é a máxima instância decisória do PCCh, que comanda o país.
Como o Congresso Nacional reúne-se durante apenas alguns dias por ano, é o comitê central do PCCh quem define os rumos da China na maior parte do tempo.
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Além disso, enquanto as primeira e segunda plenárias têm caráter mais burocrático, a terceira sessão costuma proporcionar vislumbres das políticas de Estado que ditam rumos da economia chinesa.
Neste ano, o evento ganha ainda mais importância pelo momento econômico vivido pelo gigante asiático. Ao mesmo tempo em que debela uma profunda crise no setor imobiliário, a China direciona dinheiro e esforços a outras áreas da economia na tentativa de manter um nível robusto de crescimento.
Mas o que mantém os observadores atentos ao evento é justamente seu histórico. Em configurações políticas passadas, foi durante a terceira plenária que o comitê central do PCCh estabeleceu políticas que alçaram a China da condição de economia essencialmente agrária a potência tecnológica em cerca de 40 anos.
Como outras “terceiras plenárias” influenciaram os rumos da China
O Partido Comunista tomou o poder na China em 1949, mas foi somente no fim dos anos 1970 que os estrangeiros começaram a entender a relevância da terceira sessão plenária de cada comitê central.
Em dezembro de 1978, na terceira sessão plenária do 11º comitê central, Deng Xiaoping colocou a China no caminho das reformas e da transformação econômica nacional ao permitir que empresas estrangeiras operassem no país.
A decisão abriu caminho para que a China saísse da pobreza e se transformasse na segunda maior economia do mundo em um intervalo de poucas décadas.
Na terceira plenária do 14º comitê central, em 1993 Jiang Zemin solidificou a transição da China para um socialismo de mercado ao tirar de cena um grande número de empresas estatais deficitárias.
A medida quebrou a “tigela de arroz de ferro” do emprego garantido, mas acabou por revitalizar a economia chinesa, que recuperou rapidamente os níveis anteriores de trabalhadores empregados.
Em 2013, um ano depois da posse de Xi Jinping, a terceira plenária do 18º comitê central aprofundou a abertura da economia chinesa aos agentes de mercado.
Cinco anos mais tarde, a última edição da terceira plenária centrou-se mais em temas políticos, entre elas um expurgo de políticos corruptos por meio da reorganização do PCCh e de reformas das instituições do Estado.
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O que esperar da próxima terceira plenária na China
A expectativa é de que a terceira plenária do 20º comitê central volte a tratar de questões econômicas.
Diante da sinalização de que o encontro vai proporcionar “debates mais aprofundados sobre as reformas e a implementação da modernização chinesa”, a expectativa de analistas e observadores é de que os líderes chineses tratem de problemas econômicos atuais.
Esses temas incluem o endividamento crescente dos governos regionais e a crise no setor imobiliário.
A inovação tecnológica e a autossuficiência também devem estar em pauta diante das dificuldades nas cadeias de abastecimento e das restrições tecnológicas impostas pelos Estados Unidos.
*Com informações da CNBC, da Xinhua e do South China Morning Post.
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