Argentina é campeã das Américas em inflação, mas fica com o vice mundial de alta dos preços; veja quem ganha dos hermanos
O índice de preços do país subiu 25,5% no mês de dezembro, acumulando 211% no ano, superando os 193% da Venezuela

Faz pouco menos de um ano que a Argentina levantou a taça de campeã da Copa do Mundo de futebol. Porém, na última quarta-feira (11), o país levou outro troféu, este bastante infame: o de nação das Américas com maior inflação de 2023.
O índice de preços do país subiu 25,5% no mês de dezembro, acumulando 211% no ano e superando os 193% da Venezuela — referência em inflação alta nas Américas — para o mesmo período. Veja os dez maiores índices inflacionários do planeta em 2023:
País | Inflação Var(%12 meses) |
Líbano | 212% |
Argentina | 211% |
Venezuela | 193% |
Síria | 89,70% |
Turquia | 64,80% |
Quem leva o primeiro lugar global é o Líbano, localizado ao norte de Israel e ao oeste da Síria. A crise envolvendo a Palestina, bem como os sucessivos conflitos na Síria, vem penalizando a economia do país, que enfrentou uma guerra civil até os anos 1990 e sofre com seus reflexos até os dias de hoje.
Sobre o índice venezuelano, é preciso ressaltar que não é possível afirmar com precisão de quanto é a inflação na Venezuela.
O Observatório Venezuelano de Finanças, que compilou os dados usados em boa parte das publicações brasileiras, não tem ligação com o governo de Nicolás Maduro.
A entidade foi fundada por opositores do herdeiro político de Hugo Chávez e seus números costumam divergir bastante dos dados divulgados pelo Banco Central.
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Argentina: como chegamos aqui?
A crise da Argentina vem desde a sua independência, com o país crescendo aos solavancos em alguns momentos de respiro.
A edição mais recente dos problemas econômicos no país vem de uma dívida contraída junto ao Fundo Monetário Internacional (FMI) ainda no governo de Maurício Macri, em 2018.
Mas uma forte seca na lavoura impediu o país de quitar as parcelas junto ao fundo, colocando o país em uma espiral de crise que gerou alta inflação, escassez de dólares e uma profunda crise social. Leia mais aqui sobre a crise na Argentina.
O país de Milei
Javier Milei assumiu a presidência da Argentina no dia 10 de dezembro. Um mês depois, o novo presidente colecionou uma série de medidas que fez com que a “lua de mel” com a população acabasse em um piscar de olhos.
Após a retirada de uma série de benefícios e subsídios, alguns produtos dobraram de preço de um dia para o outro.
O dólar oficial chegou a disparar 54%, atingindo o patamar de 800 pesos, mais próximo da cotação blue, aquela que se assemelha ao preço real da moeda. Hoje, o dólar blue é negociado na casa dos 1.100 pesos.
Jornais locais destacam que a inflação no país cresceu no último mês de 2023 e deve continuar em ritmo de alta ao longo de 2024 com o pacote de choque econômico de Milei.
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