Yduqs (YDUQ3) adquire faculdade de medicina por R$ 145 milhões — mas é a hora de a empresa de educação investir o caixa em aquisições?
Expansão acontece logo após o balanço da Yduqs apontar um crescimento de 62,7% do lucro líquido no terceiro trimestre de 2024

A Yduqs (YDUQ3), controladora da rede de faculdades Estácio, anunciou nesta segunda-feira (9) a aquisição do campus da Edufor por R$ 145 milhões, em São Luís (MA). A instituição detém outro campus localizado em Salvador (BA), que não faz parte da operação.
A Edufor oferece 13 cursos de graduação na modalidade presencial, incluindo Medicina, atendendo cerca de 3 mil alunos. Cerca de 90% desses cursos estão relacionados às áreas de saúde e Direito.
Essa expansão acontece logo após o balanço da Yduqs apontar um crescimento de 62,7% do lucro líquido no terceiro trimestre de 2024 em relação ao mesmo período do ano anterior, atingindo os R$ 189 milhões.
Na mesma apresentação de resultados, outra linha do balanço chamou a atenção. A dívida líquida da empresa de educação cresceu para R$ 2,755 bilhões, fazendo com que a alavancagem (relação entre a dívida líquida sobre a geração de caixa ajustado ao período, medida pelo Ebitda ajustado) ficasse em 2,5x, estável em relação aos últimos 12 meses.
Por outro lado, houve um destaque positivo no resultado: o caixa operacional cresceu 120%, de acordo com um relatório da época, escrito pelos analistas da XP.
Então, é hora de comprar os papéis, esperando o retorno do investimento da Yduqs — ou a queda de mais de 60% das ações em 2024 é um sinal de alerta?
Leia Também
Após fala de CEO, Magazine Luiza (MGLU3) faz esclarecimento sobre as projeções de faturamento para 2025
Aquisição da Yduqs (YDUQ3) é boa ou ruim?
Os analistas do Goldman Sachs projetam que a aquisição anunciada hoje deve levar o valuation da Yduqs para 4,1x a relação entre o valor da empresa sobre o Ebitda projetado para o fim de 2027, acima dos 2,5x projetados pelo banco anteriormente.
O preço-alvo do Goldman para as ações da companhia de educação é de R$ 13 nos próximos 12 meses, um potencial de alta de 55% em relação ao fechamento da última sexta-feira (06).
Mesmo assim, o banco se mostra cético em relação à aquisição do campus maranhense. “Nossa visão é positiva estrategicamente, mas não transformacional”, dizem os analistas, que mantiveram a recomendação neutra para as ações.
Isso porque a aquisição ajuda na melhora da diversificação de áreas de atuação da Yduqs, que coloca a empresa em direção a uma rentabilidade melhor do que a média e um crescimento mais previsível.
Por outro lado, a aquisição é relativamente pequena, resultando em um Ebitda adicional de cerca de R$ 35 milhões até o fim de 2027, o que não deve gerar grandes impactos positivos.
A parte positiva da aquisição
A notícia da compra da rede de Medicina foi celebrada pelo mercado, o que se reflete no salto de 4,70% das ações, cotadas a R$ 8,68 por volta das 11h30. No mesmo horário, o Ibovespa avançava 1,03%, aos 127.248 pontos.
Para os analistas do Itaú BBA, os papéis YDUQ3 são classificados como outperform, o equivalente a compra, com potencial de valorização de 141% das ações para 2025 e preço-alvo em R$ 20,00.
Na visão dos especialistas do banco, a aquisição da Edufor é uma das formas de a Yduqs reforçar o posicionamento da empresa de educação nos cursos de Medicina, que devem amadurecer nos próximos anos.
Além disso, a aquisição ocorre a um valuation relativamente mais barato, com o valor da transação implicando em um múltiplo EV/Ebitda (valor da empresa sobre o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, usado como medida para a geração de caixa) de 2,5x para 2025.
Vale destacar que, do valor total de R$ 145 milhões, R$ 72,5 milhões serão pagos à vista e os outros R$ 72,5 milhões a serem pagos em cinco parcelas anuais.
Há ainda um adicional de R$ 1 milhão de earn-out (bônus por desempenho) por cada nova vaga em curso de Medicina aprovada pelo Ministério da Educação (MEC) até 2027.
Dados de clientes da Centauro são expostos, em mais um caso de falha em sistemas de cibersegurança
Nos últimos 10 meses, foram reportados ao menos 5 grandes vazamentos de dados de clientes de empresas de varejo e de instituições financeiras
Ataque hacker: Prisão de suspeito confirma o que se imaginava; entenda como foi orquestrado o maior roubo da história do Brasil
Apesar de em muito se assemelhar a uma história de filme, o ataque — potencialmente o maior roubo já visto no país — não teve nada de tão sofisticado ou excepcional
CVM facilita registro e ofertas públicas para PMEs; conheça o novo regime para empresas de menor porte
A iniciativa reduz entraves regulatórios e cria regras proporcionais para registro e ofertas públicas, especialmente para companhias com receita bruta anual de até R$ 500 milhões
Cinco ações empatam entre as mais recomendadas para o mês de julho; confira quais são
Os cinco papéis receberam duas recomendações cada entre as 12 corretoras consultadas pelo Seu Dinheiro
Abrasca defende revisão das regras do Novo Mercado e rebate críticas sobre retrocesso na governança
Executivos da associação explicam rejeição às propostas da B3 e apontam custos, conjuntura econômica e modelo de decisão como fatores centrais
Ação da Klabin (KLBN11) salta até 4% na bolsa; entenda o que está por trás dessa valorização e o que fazer com o papel
Pela manhã, a empresa chegou a liderar a ponta positiva do principal índice da bolsa brasileira
Megaprojeto da Petrobras (PETR4) prevê aporte de R$ 26 bilhões em refino com participação da Braskem (BRKM5). Mas esse é um bom investimento para a estatal?
Considerando todos os recursos, o investimento no Rio de Janeiro ultrapassa os R$ 33 bilhões; à Braskem caberá R$ 4,3 bilhões para a ampliação da produção de polietileno
Câmara chama Gabriel Galípolo para explicar possível aval do Banco Central à compra do Master pelo BRB
Operação já foi aprovada pela Superintendência-Geral do Cade e agora aguarda autorização da autoridade monetária
Oi (OIBR3) entra com pedido de recuperação judicial para duas subsidiárias
Segundo o fato relevante divulgado ao mercado, o movimento faz parte do processo de reestruturação global do grupo
Roubo do século: Banco Central autoriza C&M a religar os serviços após ataque hacker; investigações continuam
De acordo com o BC, a suspensão cautelar da C&M foi substituída por uma suspensão parcial e as operações do Pix da fintech voltam ao ar nesta quinta-feira
Embraer (EMBR3) ganha ritmo: entregas e ações da fabricante avançam no 2T25; Citi vê resultados promissores
A estimativa para 2025 é de que a fabricante brasileira de aeronaves entregue de 222 a 240 unidades, sem contar eventuais entregas dos modelos militares
Banco do Brasil (BBAS3) decepciona de novo: os bancos que devem se sair melhor no segundo trimestre, segundo o BofA
A análise foi feita com base em dados recentes do Banco Central, que revelam desafios para alguns gigantes financeiros, enquanto outros reforçam a posição de liderança
WEG (WEGE3) deve enfrentar um segundo trimestre complicado? Descubra os sinais que preocupam o Itaú BBA
O banco alerta que não há gatilhos claros de curto prazo para retomada da queridinha dos investidores — com risco de revisões negativas nos lucros
Oi (OIBR3) propõe alteração de plano de recuperação judicial em busca de fôlego financeiro para evitar colapso; ação cai 10%
Impacto bilionário no caixa, passivo trabalhista explodindo e a ameaça de insolvência à espreita; entenda o que está em jogo
Exclusivo: Fintech afetada pelo ‘roubo do século’ já recuperou R$ 150 milhões, mas a maior parte do dinheiro roubado ainda está no “limbo”
Fontes que acompanham de perto o caso informaram ao Seu Dinheiro que a BMP perdeu em torno de R$ 400 milhões com o ataque cibernético; dinheiro de clientes não foi afetado
Gol (GOLL54) encerra capítulo da recuperação judicial, mas processo deixa marca — um prejuízo de R$ 1,42 bilhão em maio; confira os detalhes
Apesar do encerramento do Chapter 11, a companhia aérea segue obrigada a enviar atualizações mensais ao tribunal norte-americano até concluir todas as etapas legais previstas no plano de recuperação
Vale (VALE3) mais pressionada: mineradora reduz projeção de produção de pelotas em 2025, mas ações disparam 2%; o que o mercado está vendo?
A mineradora também anunciou que vai paralisar a operação da usina de pelotas de São Luís durante todo o terceiro trimestre
Natura começa a operar com novo ticker hoje; veja o que esperar da companhia após mudança no visual
O movimento faz parte de um plano estratégico da Natura, que envolve simplificação da estrutura societária e redução de custos
Casas Bahia (BHIA3): uma luz no fim do túnel. Conversão da dívida ajuda a empresa, mas e os acionistas?
A Casas Bahia provavelmente vai ter um novo controlador depois de a Mapa Capital aceitar comprar a totalidade das debêntures conversíveis em ações. O que isso significa para a empresa e para o acionista?
Empresas do Novo Mercado rejeitam atualização de regras propostas pela B3
Maioria expressiva das companhias listadas barra propostas de mudanças e reacende debate sobre compromisso com boas práticas corporativas no mercado de capitais; entenda o que você, investidor, tem a ver com isso.