Vale (VALE3) é a nova queridinha dos dividendos: mineradora supera Petrobras (PETR4) e se torna a maior vaca leiteira do Brasil no 3T24 — mas está longe do pódio mundial
A mineradora brasileira depositou mais de R$ 10 bilhões para os acionistas entre julho e setembro deste ano, de acordo com o relatório da gestora Janus Henderson
Ainda que a Petrobras (PETR4) tenha recentemente aberto a porta para novos dividendos extraordinários polpudos, a petroleira acaba de perder a coroa de maior vaca leiteira do Brasil. Uma outra gigante das commodities assumiu a liderança como a maior pagadora de proventos do terceiro trimestre de 2024: a Vale (VALE3).
A mineradora depositou um total de US$ 1,8 bilhão — equivalente a R$ 10,5 bilhões, no câmbio atual — aos acionistas entre julho e setembro deste ano, de acordo com o relatório Global Dividend Index, da gestora Janus Henderson.
- VEJA MAIS: 40% dos gestores apontam o setor de serviços básicos como o favorito para investir agora – veja um papel que pode disparar e pagar dividendos neste cenário.
Com a remuneração farta aos investidores no terceiro trimestre, a Vale não só superou a Petrobras, que distribuiu em torno de US$ 1,41 bilhão (R$ 8,2 bilhões) aos investidores no mesmo período, como também liderou o ranking entre as 1,2 mil empresas brasileiras e latino-americanas monitoradas para o relatório.
| As brasileiras que mais pagaram dividendos no 3T24 | Total de dividendos pagos no 3T24 | Empresas que mais pagaram dividendos no 3T23 |
|---|---|---|
| Vale (VALE3) | US$ 1,684 bilhão | Petrobras (US$ 2,837 bilhões) |
| Petrobras (PETR4) | US$ 1,410 bilhão | Vale (US$ 1,764 bilhão) |
| Banco do Brasil (BBAS3) | US$ 679 milhões | Banco do Brasil (US$ 678 milhões) |
| Telefônica (VIVT3) | US$ 277 milhões | Bradesco (US$ 251 milhões) |
| Weg (WEGE3) | US$ 207 milhões | B3 (US$ 138 milhões) |
Mas, apesar de ter levado medalha de ouro em relação a outros nomes da América Latina, a Vale (VALE3) — ou qualquer outra empresa sediada no Brasil — não conseguiu figurar no “top 20” das maiores pagadoras de dividendos no contexto global.
Além dos dividendos bilionários da Vale (VALE3)
No Brasil, o total de dividendos pagos por empresas brasileiras chegou a US$ 4,4 bilhões (R$ 25,58 bilhões) no terceiro trimestre.
A cifra paga pelas companhias locais entre julho e setembro representa um recuo de aproximadamente 45% em relação aos US$ 8 bilhões depositados aos acionistas no mesmo período do ano passado.
Leia Também
A queda na remuneração total das empresas brasileiras veio na contramão do desempenho mundial como um todo.
Neste ano, os dividendos globais atingiram um novo recorde para um terceiro trimestre, com pagamentos combinados de US$ 431,1 bilhões (R$ 2,5 trilhões) de julho a setembro, segundo a Janus Henderson.
A cifra corresponde a um aumento de 3,1% em relação a igual intervalo do ano passado.
Veja o ranking das empresas que mais remuneraram os acionistas com dividendos no 3T24:
| Nome da empresa | País de origem | Total de dividendos pagos no 3T24 |
|---|---|---|
| China Construction Bank | China | US$ 13,5 bilhões |
| China Mobile Limited | China | US$ 6,86 bilhões |
| PetroChina | China | US$ 6,83 bilhões |
| Microsoft Corporation | Estados Unidos | US$ 5,57 bilhões |
| Alibaba Group Holding | China | US$ 4,26 bilhões |
Mesmo com o recorde para o período, “grandes cortes em apenas cinco empresas explicam a aparente desaceleração e obscureceram um crescimento muito mais forte em todo o mercado global”, segundo a gestora.
O destaque ficou para as reduções de dividendos realizadas pela Evergreen Marine, de Taiwan, e pela Glencore, do Reino Unido, no último trimestre.
- Virada de chave do Ibovespa? Analista cita 3 fatores para otimismo com o Ibovespa a partir de agora
O brilho dos dividendos na China
As empresas chinesas dominaram a lista de maiores pagadoras de dividendos do terceiro trimestre: no “top 10” das vacas leiteiras globais, seis companhias têm sede na China.
Do total de proventos depositados mundialmente entre julho e setembro deste ano, aproximadamente US$ 44,6 bilhões (R$ 259,25 bilhões) — isto é, cerca de 10% do total — foram pagos por companhias sediadas na China, um aumento de 15,4% em relação a 2023.
A liderança mundial dos dividendos ficou com o China Construction Bank Corporation, que depositou US$ 13,5 bilhões aos investidores no trimestre.
Em seguida, vieram a China Mobile Limited (US$ 6,86 bilhões) e a Petrochina (US$ 6,83 bilhões).
O quarto lugar ficou com a norte-americana Microsoft, que distribuiu US$ 5,57 bilhões, enquanto o Alibaba, dono do AliExpress, assumiu a quinta posição com uma remuneração de US$ 4,26 bilhões após distribuir proventos pela primeira vez no ano.
Vem proventos polpudos pela frente
Na avaliação da gestora, esses primeiros proventos do ano demonstram “como esses setores relativamente novos estão amadurecendo e começando a devolver algumas das grandes quantidades de caixa que estão acumulando aos acionistas”.
A Alphabet, por exemplo, tem US$ 80,9 bilhões de caixa líquido no balanço patrimonial, apesar de ter gasto aproximadamente US$ 46,7 bilhões em recompras de ações e quase US$ 5 bilhões em dividendos nos primeiros nove meses deste ano.
Isso indica que ainda há espaço para um aumento significativo dos dividendos da dona do Google no futuro, segundo a Janus Henderson.
A gestora prevê que o total de dividendos mundiais pagos em 2024 chegue a US$ 1,73 trilhão (R$ 10,06 trilhões), levemente abaixo da projeção anterior de US$ 1,74 trilhão no acumulado do ano.
“A lucratividade das empresas em grande parte do mundo parece robusta e implica que o crescimento dos dividendos pode continuar em 2025. De qualquer forma, os dividendos mostram um crescimento mais estável ao longo do tempo do que os lucros, à medida que as empresas procuram gerenciar as taxas de pagamento ao longo do ciclo econômico”, escreveu Jane Shoemake, gestora de ações globais da Janus Henderson.
IG4 avança na disputa pela Braskem (BRKM5) e leva operação bilionária ao Cade; ações lideram altas na B3
A petroquímica já havia anunciado, em meados deste mês, que a gestora fechou um acordo para assumir a participação da Novonor, equivalente a 50,1% das ações com direito a voto
Nvidia fecha acordo de US$ 20 bilhões por ativos da Groq, a maior aquisição de sua história
Transação em dinheiro envolve licenciamento de tecnologia e incorporação de executivos, mas não a compra da startup
Banco Mercantil (BMEB4) fecha acordo tributário histórico, anuncia aumento de capital e dividendos; ações tombam na B3
O banco fechou acordo com a União após mais de 20 anos de disputas tributárias; entenda o que isso significa para os acionistas
Kepler Weber (KEPL3) e GPT: minoritários questionam termos da fusão e negócio se complica; entenda o que está em jogo
Transações paralelas envolvendo grandes sócios incomodou os investidores e coloca em dúvida a transparência das negociações
Itaúsa (ITSA4) eleva aposta em Alpargatas (ALPA4) em meio à polêmica com a dona da Havaianas
Nos últimos dias, a Itaúsa elevou sua fatia e passou a deter cerca de 15,94% dos papéis ALPA4; entenda a movimentação
Presente de Natal? Tim Cook compra ações da Nike e sinaliza apoio à recuperação da empresa
CEO da Apple investe cerca US$ 3 milhões em papéis da fabricante de artigos esportivos, em meio ao plano de reestruturação comandado por Elliott Hill
Ampla Energia aprova aumento de capital de R$ 1,6 bilhão
Operação envolve capitalização de créditos da Enel Brasileiro e eleva capital social da empresa para R$ 8,55 bilhões
Alimentação saudável com fast-food? Ela criou uma rede de franquias que deve faturar R$ 240 milhões
Camila Miglhorini transformou uma necessidade pessoal em rede de franquias que conta com 890 unidades
Dinheiro na conta: Banco pagará R$ 1,82 por ação em dividendos; veja como aproveitar
O Banco Mercantil aprovou o pagamento de R$ 180 milhões em dividendos
Azul (AZUL54) perde 58% de valor no primeiro pregão com novo ticker — mas a aérea tem um plano para se recuperar
A Azul fará uma oferta bilionária que troca dívidas por ações, na tentativa de limpar o balanço e sair do Chapter 11 nos EUA
O alinhamento dos astros para a Copasa (CSMG3): revisão tarifária, plano de investimento bilionário e privatização dão gás às ações
Empresa passa por virada estratégica importante, que anima o mercado para a privatização, prevista para 2026
B3 (B3SA3) e Mills (MILS3) pagam mais de R$ 2 bilhões em dividendos e JCP; confira prazos e condições
Dona da bolsa brasileira anunciou R$ 415 milhões em JCP e R$ 1,5 bilhão em dividendos complementares, enquanto a Mills aprovou dividendos extraordinários de R$ 150 milhões
2026 será o ano do Banco do Brasil (BBAS3)? Safra diz o que esperar e o que fazer com as ações
O Safra estabeleceu preço-alvo de R$ 25 para as ações, o que representa um potencial de valorização de 17%
Hasta la vista! Itaú (ITUB4) vende ativos na Colômbia e no Panamá; entenda o plano por trás da decisão
Itaú transfere trilhões em ativos ao Banco de Bogotá e reforça foco em clientes corporativos; confira os detalhes da operação
Virada de jogo para a Cosan (CSAN3)? BTG vê espaço para ação dobrar de valor; entenda os motivos
Depois de um ano complicado, a holding entra em 2026 com portfólio diversificado e estrutura de capital equilibrada. Analistas do BTG Pactual apostam em alta de 93% para CSAN3
Atraso na entrega: empreendedores relatam impacto da greve dos Correios às vésperas do Natal
Comunicação clara com clientes e diversificação de meios de entregas são estratégias usadas pelos negócios
AUAU3: planos da Petz (PETZ3) para depois da fusão com a Cobasi incluem novo ticker; confira os detalhes
Operação será concluída em janeiro, com Paulo Nassar no comando e Sergio Zimerman na presidência do conselho
IPO no horizonte: Aegea protocola pedido para alterar registro na CVM; entenda a mudança
A gigante do saneamento solicitou a migração para a categoria A da CVM, passo que abre caminho para uma possível oferta pública inicial
Nelson Tanure cogita vender participação na Alliança (ALLR3) em meio a processo sancionador da CVM; ações disparam na B3
Empresa de saúde contratou assessor financeiro para estudar reorganização e possíveis mudanças no controle; o que está em discussão?
Pílula emagrecedora vem aí? Investidores esperam que sim e promovem milagre natalino em ações de farmacêutica
Papéis dispararam 9% em Nova York após agência reguladora aprovar a primeira pílula de GLP-1 da Novo Nordisk
