Ministro de Lula nega interferência na Vale (VALE3) para emplacar indicação de Guido Mantega
Segundo informações do Estadão, Alexandre Silveira, responsável pela pasta de Minas e Energia, teria telefonado para defender a indicação de Mantega; o ministro nega

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, negou nesta sexta-feira (26) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenha tratado sobre a indicação do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega para o comando da Vale (VALE3).
Segundo o ministro, o chefe do Executivo nunca iria se dispor a fazer interferência direta em uma empresa de capital aberto.
Na quarta-feira (24) o Estadão confirmou com um conselheiro da Vale que Silveira havia telefonado para defender que o comitê de acionistas escolhesse o indicado de Lula para a presidência da companhia. O grupo deverá se reunir na próxima terça-feira, 30, para deliberar sobre a sucessão na mineradora.
Em movimento que sinaliza, agora, um recuo do governo, Mantega deverá divulgar nesta sexta-feira, 26, uma carta para desistir da indicação. A notícia da desistência provocou a valorização das ações da Vale, e consequentemente deu força ao Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, a B3.
"Em nenhum momento, o presidente tratou de qualquer questão em relação à sucessão da Vale", afirmou. "Todos conhecem muito bem o perfil do presidente. Lula nunca se disporia a fazer uma interferência direta numa empresa de capital aberto, listada em bolsa, uma corporation, que tem a sua governança e sua natureza jurídica que deve ser preservada."
Ministro esclarece falas em entrevista sobre processo de sucessão na Vale
Durante sua declaração, Silveira citou uma entrevista concedida em Davos, na Suíça. Na ocasião, o ministro afirmou que a participação do governo no processo de sucessão na alta cúpula da Vale é legítima e que o Executivo está envolvido na discussão.
Leia Também
"Em Davos, registrei uma posição do governo. A posição do governo era a de que nós compreendíamos que em uma corporation de capital aberto, com natureza jurídica própria, o governo não é controlador, e que o presidente Lula, todas as vezes que tratava sobre o setor mineral nacional, a única coisa que tratava era cobrando de forma vigorosa, em especial no caso da Vale, que seja empresa que cumpra seu compromisso social de forma mais célere e eficiente", disse.
Na quinta-feira, 25, Lula foi às redes sociais para criticar a empresa, mas não mencionou Mantega. Ele citou os acidentes em Brumadinho e Mariana, em barragens de resíduos provenientes de mineração da Vale.
"Hoje (quinta) faz cinco anos do crime que deixou Brumadinho debaixo de lama, tirando vidas e destruindo o meio ambiente. Cinco anos e a Vale nada fez para reparar a destruição causada", escreveu o presidente.
Também nas redes sociais na quinta, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, defendeu a indicação do ex-ministro para o comando da Vale. Ela afirmou que Mantega é um dos "pouquíssimos brasileiros" qualificados para compor o conselho de administração da empresa, grupo do qual fazem parte os representantes dos acionistas.
Nesta sexta, Silveira citou ainda que teria dito em Davos que, como ministro, julgava no direito de estar sentado à mesa para poder entender a política a ser estabelecida pela nova diretoria da mineradora.
Na avaliação do ministro, ele e o presidente Lula foram "injustiçados" com as informações divulgadas nas últimas 48 horas de que haveria uma pressão do governo para a indicação de Mantega. "Fiquei muito surpreso ontem à noite daquilo que julgo que foi uma grande injustiça que foi feita nas últimas 48 horas", disse. "Infelizmente se tornou uma grande especulação."
O ministro também negou que tenha entrado em contato com conselheiros da Vale para "pressionar" e "ameaçar" por uma eventual indicação de Mantega para o comando da mineradora.
"Não podemos especular. É muito sério quando diz que um ministro ligou para fazer imposição ou até mesmo, alguns mais levianos, usaram o nome chantagem, sem dizer quem teria recebido esse telefone. Quero afirmar: eu não tive nenhuma conversa com conselheiro que tivesse citado uma indicação do ex-ministro Mantega para suceder atual presidente da Vale."
PODCAST TOUROS E URSOS - O ano das guerras, Trump rumo à Casas Branca e China mais fraca: o impacto nos mercados
Setor mineral
Silveira afirmou que o presidente já tratou com ele sobre o setor mineral, mas apenas sobre temas técnicos, principalmente no que se trata de temas como licenciamento e seguranças nas barragens. Ainda, que há uma grande preocupação com o uso adequado do subsolo brasileiro.
"Presidente Lula tratou comigo sobre setor mineral bem mais de uma dezena de vezes e sempre registrando pontos muitos caros ao governo. Setor mineral deve ser tratado com vistas a ser um setor que ajude a desenvolver o País, seja sustentável e seja seguro."
Itaú BBA eleva projeção para o Ibovespa até o fim de 2025; saiba até onde o índice pode chegar
Banco destaca cenário favorável para ações brasileiras com ciclo de afrouxamento monetário e menor custo de capital
Falta de OPA na Braskem não é o que preocupa o BTG: o principal catalisador da petroquímica está em outro lugar — e não tem nada a ver com Tanure
Embora as questões de governança e mudança de controle não possam ser ignoradas, o verdadeiro motor (ou detrator) é outro; veja o que dizem os analistas
Enquanto Banco do Brasil (BBAS3) sofre o peso do agronegócio, Bradesco (BBDC4) quer aumentar carteira agrícola em até 15% na safra 2025/26
O Bradesco traçou uma meta ousada: aumentar sua carteira agrícola entre 10% e 15% para a safra 2025/2026; veja os detalhes da estratégia
XP cobra na Justiça a Grizzly Research por danos milionários após acusações de esquema de pirâmide
A corretora acusa a Grizzly Research de difamação e afirma que o relatório causou danos de mais de US$ 100 milhões, tanto em perdas financeiras quanto em danos à sua reputação
Fundador da Hypera (HYPE3) estabelece acordo para formar bloco controlador — e blindar a empresa contra a EMS; entenda
Mesmo com a rejeição da oferta pela Hypera em outubro do ano passado, a EMS segue demonstrando interesse pela aquisição da rival
IPO da pressão: Shein faz pedido de abertura de capital em Hong Kong para “colocar na parede” os reguladores do Reino Unido
A gigante do fast fashion busca acelerar sua estreia internacional e contornar impasse com reguladores britânicos sobre riscos ligados à cadeia de suprimentos na China.
Oi (OIBR3) abre brecha para recuperação judicial nos EUA, depois de pedir para encerrar Chapter 15
A empresa avaliou que, dado o avanço do processo de Recuperação Judicial no Brasil, o Chapter 15 não seria mais necessário. Mas isso não significa que os problemas acabaram
IPO de ouro: Aura Minerals (AURA33) quer brilhar em Wall Street com oferta de ações milionária. O que isso significa para os acionistas?
A partir dessa listagem, as ações ordinárias da Aura Minerals passarão a ser negociadas na Nasdaq, sob o ticker AUGO. Entenda a estratégia da mineradora
Tesla (TSLA34) paga o preço pela língua de Elon Musk e perde mais de US$ 60 bilhões em valor de mercado
O tombo acontece após bilionário afirmar no último sábado (5) que criaria um novo partido sob sua tutela: o America Party
Carrefour (CAFR31): saiba quem é o argentino que assumirá o comando da rede no Brasil
Stéphane Maquaire, atual CEO, deixa o cargo após seis anos à frente das operações e do processo de incorporação da empresa pela matriz francesa
Assaí (ASAI3): segundo trimestre deve ser mais fraco, mas estes são os 5 motivos para ainda acreditar na ação
Em relatório, o Itaú BBA revisou para baixo as estimativas para o Assaí. O banco projeta um segundo trimestre mais fraco, mas ainda acredita nas ações — e um dos motivos é a potencial aprovação da venda de medicamentos nos supermercados
Embraer (EMBR3): CEO confirma negociações sigilosas com até dez países interessados no cargueiro militar KC-390; veja o que se sabe até o momento
A Lituânia foi o comprador mais recente, juntando-se a Portugal, Hungria, Áustria e Coreia do Sul na lista de clientes do modelo
Ações do Banco do Brasil (BBAS3) somam R$ 5 bi em posições vendidas e XP projeta menos lucros e dividendos a partir de agora
Analistas da XP sinalizam problemas persistentes na qualidade de crédito do setor agrícola do banco estatal e mantém cautela para os próximos trimestres
Ataque hacker: como a Polícia conseguiu prender o suspeito de facilitar o ‘roubo do século’ na C&M?
Para descobrir os responsáveis, as autoridades recorreram a imagens registradas pelas câmeras internas da C&M; entenda o que aconteceu
Gafisa (GFSA3) lança follow-on de até R$ 107 milhões para engordar caixa — com direito a “presente” aos acionistas que participarem da oferta
Considerando apenas a distribuição do lote inicial, a companhia pode captar pelo menos R$ 26,9 milhões com a oferta. Veja os detalhes da operação
Eletrobras (ELET3): UBS aumenta preço-alvo e vê dividendos altos no longo prazo
Privatização resolveu disputas políticas e otimizou o balanço da Eletrobras, segundo o banco, tornando os papéis um investimento de risco-retorno mais atrativo
Musk bate o pé e Tesla paga a conta: ação cai forte com intenção do bilionário de criar novo partido político nos EUA
No sábado, o bilionário anunciou que pretende criar o Partido América com foco nas eleições de meio de mandato nos EUA
Nelson Tanure pede aval do Cade para abocanhar o controle da Braskem (BRKM5) — e não quer saber de tag along ou OPA
Tanure formalizou pedido ao Cade para obter a autorização necessária e seguir com a transação junto à NSP Investimentos, holding que detém a participação da Novonor na petroquímica
Após fala de CEO, Magazine Luiza (MGLU3) faz esclarecimento sobre as projeções de faturamento para 2025
Em evento do BNDES, Fred Trajano afirmou que o Magalu tinha projeções de faturar R$ 70 bilhões em 2025
Consignado privado: Banco do Brasil (BBAS3) supera a marca de R$ 4,5 bi em contratações na modalidade de crédito para o trabalhador
O programa tem como público-alvo os trabalhadores com carteira assinada da iniciativa privada, com juros mais baixos