Jaguar movimenta a internet com rebranding, mas vai ter que ir bem além da estética e do ‘modernismo exuberante’ para se salvar
Nova logo e comercial, sem carros, repercutiu na internet; Elon Musk faz provocação à montadora britânica

Um rebranding é sempre um risco, principalmente para quem já está bem estabelecido no imaginário coletivo. O reposicionamento de marca pode fazer a companhia alcançar novos mercados e ganhar prestígio, mas também pode causar o efeito contrário e provocar uma descaracterização, com perda de clientes fiéis e de potenciais consumidores. A Jaguar que o diga.
Após apresentar um comercial um tanto quanto inusitado, com modelos em roupas coloridas e cenários futuristas – sem mostrar nenhum carro — e tirar o icônico jaguar do logo, a companhia inglesa tornou-se a polêmica da vez na internet e rendeu comentários até de Elon Musk.
O bilionário fundador da Tesla comentou no X: “Vocês vendem carros?”. Como resposta, o perfil oficial da marca respondeu: “Sim. Adoraríamos mostrar. Junte-se a nós para um café em Miami no dia 2 de dezembro?”
Em comunicado à CNBC, a empresa disse que esperava atrair atenção e criar debates ao anunciar a “corajosa e imaginativa reinvenção” da Jaguar, intitulada de “Modernismo Exuberante.”
"Para trazer de volta uma marca tão renomada globalmente, tivemos que ser destemidos", disse o diretor Rawdon Glober, em comunicado à imprensa. “Isso é uma reinicialização completa. A Jaguar está transformada para recuperar sua originalidade e inspirar uma nova geração”, completa.
Polêmicas e gostos pessoais à parte, o rebranding da Jaguar vem em um momento crítico para a companhia, que vende cada vez menos carros e tenta subir de patamar para competir com nomes ainda maiores, como Bentley e Aston Martin, no mercado de automóveis elétricos.
Leia Também
Após fala de CEO, Magazine Luiza (MGLU3) faz esclarecimento sobre as projeções de faturamento para 2025
No ano passado, a montadora vendeu menos de 67 mil carros no mundo inteiro – aproximadamente metade do número comercializado no ano fiscal que incluiu o início da pandemia de Covid-19.
Já a concorrente BMW, em 2023, vendeu mais de 360 mil carros, só nos Estados Unidos.
Em julho, a Jaguar também anunciou que deixaria de fabricar cinco modelos que não estavam dando lucro.
Qual o futuro dos carros da Jaguar?
A aposta da inglesa agora está no mercado de carros elétricos de ultra-luxo. No próximo mês, durante a Miami Art Week, um dos eventos de arte mais importantes do mundo, a empresa vai anunciar um dos novos modelos pós-reposicionamento.
Dois outros carros também serão anunciados em breve. O plano oficial é que até 2026, a fabricante comercialize apenas automóveis elétricos.
Resta saber se o reposicionamento será efetivo para reconquistar o público e atrair novos consumidores.
A marca sempre manteve um quê de aristocrático, ao mesmo tempo em que desafiava o status quo de forma mais moderada.
Em 2015, por exemplo, lançou um anúncio publicitário em que brincava com o fato de que os vilões dirigiam Jaguar, enquanto James Bond estava por trás do volante de um Aston Martin.
Em críticas feitas ao rebranding, muitos alegam que a montadora “abandonou a tradição” para tentar se modernizar, fazendo uso de um discurso “woke” – mais atento a pautas sociais. Aqui no Brasil, seria o equivalente ao “politicamente correto”.
Nas publicações no X, a Jaguar respondeu aos usuários que perguntaram por que o comercial não tinha carros: "A história está se desenrolando. Fique ligado. Pense [no anúncio] como uma declaração de intenção.”
* Com informações da NBC News, CNBC e The Hustle.
Dados de clientes da Centauro são expostos, em mais um caso de falha em sistemas de cibersegurança
Nos últimos 10 meses, foram reportados ao menos 5 grandes vazamentos de dados de clientes de empresas de varejo e de instituições financeiras
Ataque hacker: Prisão de suspeito confirma o que se imaginava; entenda como foi orquestrado o maior roubo da história do Brasil
Apesar de em muito se assemelhar a uma história de filme, o ataque — potencialmente o maior roubo já visto no país — não teve nada de tão sofisticado ou excepcional
CVM facilita registro e ofertas públicas para PMEs; conheça o novo regime para empresas de menor porte
A iniciativa reduz entraves regulatórios e cria regras proporcionais para registro e ofertas públicas, especialmente para companhias com receita bruta anual de até R$ 500 milhões
Cinco ações empatam entre as mais recomendadas para o mês de julho; confira quais são
Os cinco papéis receberam duas recomendações cada entre as 12 corretoras consultadas pelo Seu Dinheiro
Abrasca defende revisão das regras do Novo Mercado e rebate críticas sobre retrocesso na governança
Executivos da associação explicam rejeição às propostas da B3 e apontam custos, conjuntura econômica e modelo de decisão como fatores centrais
Ação da Klabin (KLBN11) salta até 4% na bolsa; entenda o que está por trás dessa valorização e o que fazer com o papel
Pela manhã, a empresa chegou a liderar a ponta positiva do principal índice da bolsa brasileira
Megaprojeto da Petrobras (PETR4) prevê aporte de R$ 26 bilhões em refino com participação da Braskem (BRKM5). Mas esse é um bom investimento para a estatal?
Considerando todos os recursos, o investimento no Rio de Janeiro ultrapassa os R$ 33 bilhões; à Braskem caberá R$ 4,3 bilhões para a ampliação da produção de polietileno
Câmara chama Gabriel Galípolo para explicar possível aval do Banco Central à compra do Master pelo BRB
Operação já foi aprovada pela Superintendência-Geral do Cade e agora aguarda autorização da autoridade monetária
Oi (OIBR3) entra com pedido de recuperação judicial para duas subsidiárias
Segundo o fato relevante divulgado ao mercado, o movimento faz parte do processo de reestruturação global do grupo
Roubo do século: Banco Central autoriza C&M a religar os serviços após ataque hacker; investigações continuam
De acordo com o BC, a suspensão cautelar da C&M foi substituída por uma suspensão parcial e as operações do Pix da fintech voltam ao ar nesta quinta-feira
Embraer (EMBR3) ganha ritmo: entregas e ações da fabricante avançam no 2T25; Citi vê resultados promissores
A estimativa para 2025 é de que a fabricante brasileira de aeronaves entregue de 222 a 240 unidades, sem contar eventuais entregas dos modelos militares
Banco do Brasil (BBAS3) decepciona de novo: os bancos que devem se sair melhor no segundo trimestre, segundo o BofA
A análise foi feita com base em dados recentes do Banco Central, que revelam desafios para alguns gigantes financeiros, enquanto outros reforçam a posição de liderança
WEG (WEGE3) deve enfrentar um segundo trimestre complicado? Descubra os sinais que preocupam o Itaú BBA
O banco alerta que não há gatilhos claros de curto prazo para retomada da queridinha dos investidores — com risco de revisões negativas nos lucros
Oi (OIBR3) propõe alteração de plano de recuperação judicial em busca de fôlego financeiro para evitar colapso; ação cai 10%
Impacto bilionário no caixa, passivo trabalhista explodindo e a ameaça de insolvência à espreita; entenda o que está em jogo
Exclusivo: Fintech afetada pelo ‘roubo do século’ já recuperou R$ 150 milhões, mas a maior parte do dinheiro roubado ainda está no “limbo”
Fontes que acompanham de perto o caso informaram ao Seu Dinheiro que a BMP perdeu em torno de R$ 400 milhões com o ataque cibernético; dinheiro de clientes não foi afetado
Gol (GOLL54) encerra capítulo da recuperação judicial, mas processo deixa marca — um prejuízo de R$ 1,42 bilhão em maio; confira os detalhes
Apesar do encerramento do Chapter 11, a companhia aérea segue obrigada a enviar atualizações mensais ao tribunal norte-americano até concluir todas as etapas legais previstas no plano de recuperação
Vale (VALE3) mais pressionada: mineradora reduz projeção de produção de pelotas em 2025, mas ações disparam 2%; o que o mercado está vendo?
A mineradora também anunciou que vai paralisar a operação da usina de pelotas de São Luís durante todo o terceiro trimestre
Natura começa a operar com novo ticker hoje; veja o que esperar da companhia após mudança no visual
O movimento faz parte de um plano estratégico da Natura, que envolve simplificação da estrutura societária e redução de custos
Casas Bahia (BHIA3): uma luz no fim do túnel. Conversão da dívida ajuda a empresa, mas e os acionistas?
A Casas Bahia provavelmente vai ter um novo controlador depois de a Mapa Capital aceitar comprar a totalidade das debêntures conversíveis em ações. O que isso significa para a empresa e para o acionista?
Empresas do Novo Mercado rejeitam atualização de regras propostas pela B3
Maioria expressiva das companhias listadas barra propostas de mudanças e reacende debate sobre compromisso com boas práticas corporativas no mercado de capitais; entenda o que você, investidor, tem a ver com isso.