🔴 PRÊMIO DE R$ 4,5 BILHÕES NA LOTERIA AMERICANA – VEJA COMO CONCORRER

Dani Alvarenga
M&M’S COM PRINGLES

Gigante dos doces, Mars vai abocanhar a Kellanova por quase R$ 200 bilhões; ações da dona da Pringles disparam após o anúncio

A Mars vai pagar US$ 83,50 (R$ 458,15) por ação aos acionistas e afirmou que a operação inclui todos os ativos, operações e marcas da Kellanova

Dani Alvarenga
14 de agosto de 2024
15:03 - atualizado às 14:40
Mars, dona da marca M&M's, compra a Kellanova, que detém a Pringles
Imagem: Montagem Seu Dinheiro

Um gigante no mercado de lanches está se formando, e os investidores parecem aprovar o novo snack. A Mars, dona de grandes marcas de doces – como Twix, M&M's e Snickers –, confirmou nesta quarta-feira (14) a aquisição da Kellanova, detentora da Pringles e do Sucrilhos.

De acordo com o comunicado, a transação custará ao caixa da Mars um total de US$ 35,9 bilhões (R$ 196,9 bilhões), incluindo as dívidas da empresa. A companhia afirmou que vai pagar US$ 83,50 por ação aos acionistas da Kellanova.

O acordo foi aprovado por unanimidade pelo Conselho da dona da Pringles. Agora, a aquisição está sujeita à aprovação dos acionistas e outras condições habituais de conclusão, incluindo aprovações regulatórias.

A W.K. Kellogg Foundation Trust e a Gund Family, que detêm 20,7% das ações ordinárias da Kellanova, se comprometeram a votar a favor da transação. É esperado que a aquisição seja concluída no primeiro semestre de 2025.

Os investidores vêm reagindo positivamente ao anúncio. No mercado de Nova York, as ações da Kellanova subiam 7,67% por volta das 13h40 (horário de Brasília).

Doce com salgado: os detalhes da operação entre Mars e Kellanova

Segundo a Mars, o preço de US$ 83,50 (R$ 458,15) pago por ação representa um prêmio de aproximadamente 33% sobre a cotação máxima em 52 semanas encerradas em 2 de agosto. A data se refere ao período anterior às primeiras divulgações sobre rumores da aquisição pela Reuters.

Leia Também

O valor da transação também representa um prêmio de aproximadamente 44% em relação ao preço médio ponderado de 30 dias de negociação não afetado da Kellanova.

A operação representa um múltiplo de aquisição de 16,4 vezes o Ebitda ajustado dos 12 meses anteriores a 29 de junho de 2024.

Segundo a Mars, o acordo permite a distribuição de dividendos trimestrais consistentes com a prática histórica da Kellanova antes do fechamento da transação.

A companhia afirmou que pretende financiar o negócio por meio de uma combinação de dinheiro em caixa e nova dívida. A dona do M&M’s destacou ainda que a transação inclui todos os ativos, operações e marcas da Kellanova.

  • Os balanços do 2T24 já estão sendo publicados: receba em primeira mão a análise dos profissionais da Empiricus Research. É totalmente gratuito – basta clicar aqui.

Pelos termos do acordo, caso a Mars não consiga obter as aprovações regulatórias, a companhia terá que pagar uma taxa de rescisão de US$ 1,25 bilhão (R$ 6,85 bilhões).

Por outro lado, a Kellanova terá que pagar US$ 800 milhões (R$ 4,38 bilhões) à Mars em caso de mudança na recomendação do conselho.

Vale destacar que a dona do Pringles teve um faturamento líquido de US$ 13 bilhões (R$ 70,8 bilhões) ano passado. Já a Mars faturou US$ 47 bilhões (R$ 256 bilhões).

O acordo entre as empresas está sendo mediado pelo banco Citi, que é o consultor financeiro da Mars, e o Goldman Sachs, o qual está aconselhando Kellanova.

Com fome de aquisição: outras compras da Mars

A Mars é a quarta maior companhia de capital fechado dos EUA, segundo a Forbes. Ainda assim, a gigante está longe do topo do mercado de snacks norte-americano.

De acordo com um levantamento da GlobalData, a Mars representa 4,54% do mercado de lanches dos Estados Unidos. 

A empresa fica atrás da The Hershey Company, que possui 4,70%, e da gigante PepsiCo, que compõe 9,06% do mercado de docinhos e salgadinhos dos EUA. 

 Apesar de ainda comer poeira, a Mars quer deixar as concorrentes para trás. Apenas a nova aquisição, a Kellanova, representa cerca de 3,9% do setor, mas a dona dos M&M’s quer ainda mais.

  • VOCÊ JÁ DOLARIZOU SEU PATRIMÔNIO? Enzo Pacheco participa de entrevista no SD Select e libera uma carteira gratuita com 10 ações americanas para comprar agora. Clique aqui e acesse.

De acordo com a nota divulgada, a empresa tem a ambição de dobrar a categoria Mars Snacking na próxima década e a operação com a Kellanova acelera os planos da companhia.

E não foi o único negócio da Mars nos últimos tempos. Em 2020, a empresa adquiriu a fabricante das barras de proteína Kind e também a companhia canadense Nature's Bakery

Já em 2022, a Mars voltou a encher o carrinho e adicionou a Trü Frü, que faz lanches de frutas cobertos de chocolate, ao seu portfólio. Por fim, no ano passado, a companhia gastou mais de meio bilhão de dólares na fabricante de chocolate boutique britânica Hotel Chocolat.

Apesar das grandes compras dos últimos anos, a aquisição da Kellanova impressiona. Ela é uma das maiores transações do ano, superando a aquisição da Wrigley pela Mars por US$ 23 bilhões em 2008.

Segundo a Dealogic, a operação está entre as dez maiores aquisições globais desde 1995 do setor de bebidas e comidas.

Quem tem medo de Ozempic?

A Mars não vai às compras à toa. A invasão de medicamentos de emagrecimento, como os famosos Ozempic e Wegovy, vem obrigando as marcas de alimentos a alterarem seus portfólios.

Isso porque a população está reduzindo o consumo de alimentos, especialmente os que não trazem benefícios à saúde. Os investidores do setor já projetam quedas nas vendas devido ao uso das chamadas canetas emagrecedoras.

Mas não é só o Ozempic que vem assustando o mercado de alimentos. A alta dos preços nos EUA também está afetando o setor. Isso porque os consumidores passaram a reduzir o consumo de produtos não-essenciais e substituí-los por marcas mais baratas.

Em relação a esses problemas, a Mars afirmou que planeja ampliar o setor dos chamados snacks, realizar investimentos regionais e introduzir mais opções saudáveis para os consumidores, uma vez que a categoria é “atrativa e durável”.

*Com informações do Estadão Conteúdo, CNN, Reuters e CNBC

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
SALVA PELO BALANÇO

O calvário chegou ao fim? IRB Brasil (IRBR3) escapa de rebaixamento por agência de rating especializada em resseguros

6 de setembro de 2024 - 17:52

O papel da resseguradora foi o grande destaque de agosto no Ibovespa, ocupando o primeiro lugar no pódio de maiores altas da bolsa com disparada de 64%

ARROZ MAIS BARATO?

Camil anuncia compra de duas empresas de arroz no Paraguai; veja o que BTG Pactual e Itaú BBA dizem sobre a decisão

6 de setembro de 2024 - 14:02

Empresa dá passo para expansão no mercado exportador de arroz, mas não divulgou os detalhes financeiros da transação

OTIMISMO COM O GIGANTE

Quem segura o Mercado Livre? Itaú BBA diz o que esperar das ações após varejista crescer 6 vezes mais que o Magazine Luiza

6 de setembro de 2024 - 13:06

Os analistas avaliam que o Meli possui “alavancas claras para continuar crescendo” no Brasil, mas isso provavelmente exigirá penetração maior em categorias mais “desafiadoras”

COMPRAS DE MILHÕES

Eneva (ENEV3) usa dinheiro do follow-on para abocanhar usinas termelétricas do BTG Pactual por mais de R$ 1,3 bilhão

6 de setembro de 2024 - 12:20

Segundo a empresa, as aquisições e a reorganização societária devem se traduzir em um “fluxo de caixa robusto e concentrado no curto prazo”

SAÚDE FINANCEIRA

Dasa (DASA3) negocia venda de negócio de corretagem de seguros  por até R$ 245 milhões

6 de setembro de 2024 - 11:24

O comunicado vem após uma reportagem da revista Veja citar a venda do segmento de seguros, saúde ocupacional, genoma e home care

SEXTOU COM O RUY

Acabou a farra do Ibovespa? Setembro começou mal para a Bolsa, mas não é motivo para preocupação

6 de setembro de 2024 - 6:07

Alguns fatores parecem ter pesado no humor, como os velhos riscos fiscais que voltaram aos holofotes e o bloqueio da plataforma X

DESTAQUES DA BOLSA

Ação da Light (LIGT3) dispara mais de 30% na B3 em meio a adiamento de assembleia com bondholders

5 de setembro de 2024 - 12:54

A companhia de energia elétrica anunciou mais um adiamento da assembleia de bondholders que visa a discutir os termos e condições do “scheme of arrangement”

FIM DA NOVELA?

Ambipar (AMBP3) cai forte na B3 após gestora supostamente ligada a Tanure indicar dois membros para o conselho da empresa; veja quem são os candidatos

5 de setembro de 2024 - 10:35

Após enfim realizar seu desejo de indicar novos conselheiros na Ambipar, a Trustee pediu a convocação de uma assembleia geral extraordinária para votar as nomeações

SINAL VERDE PRA COMPRAR?

UBS BB eleva preço-alvo de ação de dona da Centauro e Nike no Brasil

4 de setembro de 2024 - 17:52

Grupo SBF (SBFG3) passa por aceleração das vendas de seu estoque e alívio da dívida líquida; segundo banco, há espaço para ainda mais crescimento até 2026

Money Picks

Setor elétrico: BTG Pactual e Empiricus são unânimes nas recomendações para setembro; AURE3, TAEE11 e TRPL4 ficam fora do top 10

4 de setembro de 2024 - 16:12

As duas instituições optaram pelas mesmas companhias do setor elétrico em setembro; veja os motivos e por que o momento é favorável para essas empresas

SEM OTIMISMO

Não é hora de ter Vale (VALE3) na carteira? Bancão de investimentos rebaixa peso de ações da mineradora

4 de setembro de 2024 - 14:47

O Bank of America rebaixou a recomendação para a gigante da mineração no portfólio de América Latina, de “equal weight” para “underweight”

SD Select

Onde investir em setembro? Bolsa brasileira tem 3 ‘gatilhos’ e analista aponta 10 ações que podem se beneficiar desse cenário

4 de setembro de 2024 - 12:00

Para Larissa Quaresma, mesmo com agosto positivo, a Bolsa brasileira ainda está barata e pode renovar máximas; veja onde investir em setembro

Conteúdo BTG Pactual

Banco do Brasil (BBAS3), Bradesco (BBDC4) ou Itaú (ITUB4)? Veja os bancos recomendados pelo BTG Pactual em setembro para buscar dividendos

4 de setembro de 2024 - 10:00

Carteira do BTG Pactual, que rendeu 266,2% do Ibovespa desde a criação, tem dois “bancões” recomendados para setembro – veja quais são

BILIONÁRIOS NA VAREJISTA

Lemann e sócios convertem bônus de subscrição e voltam a ter o controle de fato sobre a Americanas (AMER3)

4 de setembro de 2024 - 9:48

Com exercício parcial de bônus de subscrição, trio de bilionários passou a deter 50,01% do capital votante da Americanas (AMER3)

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

O mês do cachorro louco mudou? Depois das máximas históricas de agosto, Ibovespa luta para sair do vermelho em setembro

4 de setembro de 2024 - 8:15

Temores referentes à desaceleração da economia dos EUA e perda de entusiasmo com inteligência artificial penalizam as bolsas

ALONGAMENTO DE PERFIL

Petrobras (PETR4) lança títulos no exterior no valor de US$ 1 bilhão; confira quanto a estatal vai pagar aos investidores

4 de setembro de 2024 - 7:31

De acordo com o comunicado da petroleira, o rendimento ao investidor será de 6,25% ao ano e os recursos serão usados para recomprar até US$ 1 bilhão de outros títulos

LÍDER OUTRA VEZ

Itaú (ITUB4) é a ação mais recomendada (de novo) para investir em setembro; veja o ranking com recomendações de 14 corretoras

4 de setembro de 2024 - 6:12

Figurinha repetida no ranking de ações mais indicadas pelos analistas para investir no mês, o banco acumulou cinco indicações das 14 corretoras consultadas pelo Seu Dinheiro

Conteúdo Empiricus

Vale apostar na recuperação da Americanas (AMER3)? Analistas ‘botam mais fé’ no turnaround de outra varejista

3 de setembro de 2024 - 16:52

“Show de volatilidade” da Americanas nos últimos dias não empolga analistas, que veem outra varejista em processo de turnaround como um investimento mais atrativo para o momento

DESTAQUES DA BOLSA

Azul (AZUL4) arremete na bolsa em meio a negociações com bondholders — enquanto mercado continua de olho em potencial recuperação judicial nos EUA

3 de setembro de 2024 - 15:02

Os papéis reagem a rumores de que a empresa iniciaria hoje negociações com detentores de títulos de dívida da companhia emitidos no mercado internacional para captar recursos

NA MODA

Ações das Lojas Renner (LREN3) sobem quatro vezes mais que Ibovespa desde o balanço do 2T24 — e este banco vê espaço para mais

3 de setembro de 2024 - 10:45

JP Morgan reiterou a recomendação equivalente a compra para Lojas Renner e elevou o preço-alvo para R$ 21,00, o que representa um potencial de alta de 24%

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar