E agora, Elon Musk? Maior fundo soberano do mundo vota contra o bônus de US$ 56 bilhões do CEO da Tesla
O fundo disse que estava “preocupado” com o tamanho e estrutura do pacote de remuneração de Musk, aprovado há seis anos
Elon Musk acabou de ganhar um novo opositor de peso ao seu bônus de US$ 56 bilhões: o maior fundo soberano do planeta.
Oitavo maior acionista da Tesla, o fundo soberano da Noruega — que atualmente detém US$ 1,7 trilhão (R$ 9,09 trilhões) — afirmou neste sábado (8) que votará contra o pacote salarial do CEO da fabricante de veículos elétricos.
O fundo disse que estava "preocupado" com o tamanho e estrutura do pacote de remuneração.
O prêmio de US$ 56 bilhões (equivalente a R$ 299,33 bilhões, no câmbio atual) de Musk aprovado em 2018 seria o maior pacote salarial da história corporativa dos Estados Unidos.
Além disso, a instituição norueguesa critica a falha do acordo em mitigar o "risco de pessoa-chave" — isto é, quando um desempenho significativo da empresa depende de um único indivíduo.
- Não sabe onde investir neste momento? Veja +100 relatórios gratuitos da Empiricus Research e descubra as melhores recomendações em ações, fundos imobiliários, BDRs e renda fixa
Fundo norueguês e o bônus de Elon Musk
O bônus multibilionário de Elon Musk foi aprovado há seis anos. Entretanto, no início deste ano, um juiz norte-americano decidiu anular o salário por considerar o valor “injusto” para os acionistas.
Leia Também
Os acionistas da Tesla devem votar no bônus do executivo outra vez na próxima quinta-feira (12), durante a reunião anual de 2024 da companhia.
Na reunião, os investidores ainda deverão votar sobre uma possível transferência da empresa para fora de Delaware, com uma potencial migração para o Texas — em que o fundo norueguês também se posicionou contrário.
O fundo da Noruega possui uma participação de cerca de 1% da Tesla, equivalente a algo próximo de US$ 8 bilhões no final de 2023.
O acionista já tinha votado contra a remuneração em 2018, logo quando o pacote foi proposto pela primeira vez — e afirmou que não mudou de decisão desde então.
- Receba uma recomendação de investimento POR DIA direto no seu e-mail, sem enrolação. Clique AQUI para fazer parte do grupo VIP “Mercado em 5 Minutos”.
O fundo soberano disse ser grato pelo “valor significativo" gerado sob a liderança de Musk desde 2018.
Porém, o Norges Bank Investment Management (NBIM), operador do fundo, afirmou continuar “preocupado com o tamanho total do prêmio, a estrutura dada aos gatilhos de desempenho, a diluição e a falta de mitigação do risco de pessoas-chave”.
“Continuaremos a buscar um diálogo construtivo com a Tesla sobre este e outros tópicos”, disse o NBIM.
O fundo também disse que votaria a favor de uma proposta dos acionistas apoiando os direitos sindicais, à qual a Tesla se opõe.
Atualmente, a empresa está envolvida em uma luta duradoura com sindicatos na Suécia sobre sua recusa em adotar uma política de liberdade de associação e em reconhecer a negociação coletiva no país.
As remuneração de CEOs
Esta não é a primeira vez que o fundo norueguês critica a remuneração de um CEO.
No ano passado, o fundo votou contra mais de metade dos pacotes de remuneração dos presidentes executivos dos EUA que superaram os US$ 20 milhões.
Em 2023, votou contra acordos de remuneração em algumas das maiores participações de seu portfólio, incluindo a Apple, a Alphabet (dona do Google) e a LVMH.
Na época, ele afirmou que os pacotes não se alinhavam com a geração de valor a longo prazo para os acionistas.
“Estamos vendo a ganância corporativa atingir um nível nunca visto antes e está realmente se tornando muito custoso para os acionistas em termos de diluição”, disse Nicolai Tangen, presidente-executivo do fundo, em 2022.
O que diz a Tesla sobre a remuneração de Elon Musk
Para a Tesla, a decisão de barrar o bônus de Elon Musk vai contra a “sabedoria do julgamento” da companhia e de seus acionistas, além de ir na contramão de como o direito societário “deveria funcionar”.
Aprovado há seis anos, o pacote da Tesla vinculava a compensação às metas de desempenho e lucratividade da companhia para calcular o valor que deveria ser recebido por Elon Musk.
O pacote conferia ao executivo o direito de comprar até 304 milhões de ações da empresa a um preço fixo de US$ 23,34 por papel.
Na época, o bônus foi aprovado por 73% dos acionistas na votação da época, desconsiderando o próprio fundador da empresa.
Porém, um dos investidores da companhia, Richard Tornetta, classificou a medida como um pagamento excessivo e entrou com um processo judicial contra o CEO.
A ação se estendeu até o início deste ano, quando um juiz de Delaware decidiu bloquear o pagamento por entender que o bônus não era justo com os demais acionistas da empresa — esses mesmos investidores que votaram “sim” para a bolada a Elon Musk anos atrás.
De acordo com a fabricante de automóveis, o pacote salarial de 2018 de Musk exigia que o bilionário proporcionasse um “crescimento transformador e sem precedentes” para receber qualquer remuneração.
“Em 2018, pedimos crescimento e conquistas inacreditáveis. Elon cumpriu: Os acionistas da Tesla beneficiaram de um crescimento sem precedentes sob a liderança de Elon e a Tesla cumpriu cada uma das metas do pacote salarial do CEO para 2018.”
Segundo a Tesla, o pacote de remuneração de Musk ainda possuía uma cláusula que exigia que o CEO mantivesse todas as ações por cinco anos — o que significaria que ele “continuaria a ser motivado para inovar e impulsionar o crescimento” da empresa, porque o valor de suas ações dependeria disso.
*Com informações de Reuters e Financial Times.
Azul (AZUL4) dá sinal verde para aporte de American e United, enquanto balanço do 3T25 mostra prejuízo mais de 1100% maior
Em meio ao que equivale a uma recuperação judicial nos EUA, a Azul dá sinal verde para acordo com as norte-americanas, enquanto balanço do terceiro trimestre mostra prejuízo ajustado de R$ 1,5 bilhão
BHP é considerada culpada por desastre em Mariana (MG); entenda por que a Vale (VALE3) precisará pagar parte dessa conta
A mineradora brasileira estima uma provisão adicional de aproximadamente US$ 500 milhões em suas demonstrações financeiras deste ano
11.11: Mercado Livre, Shopee, Amazon e KaBuM! reportam salto nas vendas
Plataformas tem pico de vendas e mostram que o 11.11 já faz parte do calendário promocional brasileiro
Na maratona dos bancos, só o Itaú chegou inteiro ao fim da temporada do 3T25 — veja quem ficou pelo caminho
A temporada de balanços mostrou uma disputa desigual entre os grandes bancos — com um campeão absoluto, dois competidores intermediários e um corredor em apuros
Log (LOGG3) avalia freio nos dividendos e pode reduzir percentual distribuído de 50% para 25%; ajuste estratégico ou erro de cálculo?
Desenvolvedora de galpões logísticos aderiu à “moda” de elevar payout de proventos, mas teve que voltar atrás apenas um ano depois; em entrevista ao SD, o CFO, Rafael Saliba, explica o porquê
Natura (NATU3) só deve se recuperar em 2026, e ainda assim com preço-alvo menor, diz BB-BI
A combinação de crédito caro, consumo enfraquecido e sinergias atrasadas mantém a empresa de cosméticos em compasso de espera na bolsa
Hapvida (HAPV3) atinge o menor valor de mercado da história e amplia programa de recompra de ações
O desempenho da companhia no terceiro trimestre decepcionou o mercado e levou a uma onda de reclassificação os papéis pelos grandes bancos
Nubank (ROXO34) tem lucro líquido quase 40% maior no 3T25, enquanto rentabilidade atinge recorde de 31%
O Nubank (ROXO34) encerrou o terceiro trimestre de 2025 com um lucro líquido de US$ 782,7 milhões; veja os destaques
Quem tem medo da IA? Sete em cada 10 pequenos e médios empreendedores desconfiam da tecnologia e não a usam no negócio
Pesquisa do PayPal revela que 99% das PMEs já estão digitalizadas, mas medo de errar e experiências ruins com sistemas travam avanço tecnológico
Com ‘caixa cheio’ e trimestre robusto, Direcional (DIRR3) vai antecipar dividendos para fugir da taxação? Saiba o que diz o CEO
A Direcional divulgou mais um trimestre de resultados sólidos e novos recordes em algumas linhas. O Seu Dinheiro conversou com o CEO Ricardo Gontijo para entender o que impulsionou os resultados, o que esperar e principalmente: vem dividendo aí?
Banco do Brasil (BBAS3) não saiu do “olho do furacão” do agronegócio: provisões ainda podem aumentar no 4T25, diz diretor
Após tombo do lucro e rentabilidade, o BB ainda enfrenta ventos contrários do agronegócio; executivos admitem que novas pressões podem aparecer no balanço do 4º trimestre
Allos (ALOS3) entrega balanço morno, mas promete triplicar dividendos e ações sobem forte. Dá tempo de surfar essa onda?
Até então, a empresa vinha distribuindo proventos de R$ 50 milhões, ou R$ 0,10 por ação. Com a publicação dos resultados, a companhia anunciou pagamentos mensais de R$ 0,28 a R$ 0,30
Na contramão da Black Friday, Apple lança ‘bolsinha’ a preço de celular novo; veja alternativas bem mais em conta que o iPhone Pocket
Apple lança bolsinha para iPhone em parceria com a Issey Miyake com preços acima de R$ 1,2 mil
Todo mundo odeia o presencial? Nubank enfrenta dores de cabeça após anunciar fim do home office, e 14 pessoas são demitidas
Em um comunicado interno, o CTO do banco digital afirmou que foram tomadas ações rápidas para evitar que a trama fosse concluída
Família Diniz vende fatia no Carrefour da França após parceria de 10 anos; veja quem são os magnatas que viraram os principais acionistas da rede
No lugar da família Diniz no Carrefour, entrou a família Saadé, que passa a ser a nova acionista principal da companhia. Família franco-libanesa é dona de líder global de logística marítima
Itaú vs. Mercado Pago: quem entrega mais vantagens na Black Friday 2025?
Com descontos de até 60%, cashback e parcelamento ampliado, Itaú e Mercado Pago intensificam a disputa pelo consumidor na Black Friday 2025
Casas Bahia (BHIA3) amplia prejuízo para R$ 496 milhões no terceiro trimestre, mas vendas sobem 8,5%
O e-commerce cresceu 12,7% entre julho e setembro deste ano, consolidando o quarto trimestre consecutivo de alta
O pior ainda não passou para a Americanas (AMER3)? Lucro cai 96,4% e vendas digitais desabam 75% no 3T25
A administração da varejista destacou que o terceiro trimestre marca o início de uma nova fase, com o processo de reestruturação ficando para trás
Acionistas do Banco do Brasil (BBAS3) não passarão fome de proventos: banco vai pagar JCP mesmo com lucro 60% menor no 3T25
Apesar do lucro menor no trimestre, o BB anunciou mais uma distribuição de proventos; veja o valor que cairá na conta dos acionistas
Lucro do Banco do Brasil (BBAS3) tomba 60% e rentabilidade chega a 8% no 3T25; veja os destaques
O BB registrou um lucro líquido recorrente de R$ 3,78 bilhões entre julho e setembro; veja os destaques do balanço