O que a Americanas (AMER3) vai fazer depois de investigação independente confirmar (de novo) fraudes no balanço da varejista
Diante das evidências, o conselho de administração orientou a atual diretoria a procurar as autoridades competentes envolvidas no caso

O comitê independente contratado pela Americanas (AMER3) apresentou na noite da última terça-feira (16) o resultado dos mais de 17 meses de apuração sobre a fraude contábil na empresa. Em fato relevante enviado à CVM, a varejista confirmou a existência da falsificação dos balanços da companhia. Nada que já não fosse esperado.
De acordo com Lauro Jardim, d’O Globo, a apresentação foi feita pelo advogado Otavio Yasbek, que comandou os trabalhos do comitê e revisou 1,2 milhão de documentos, fez cerca de 250 entrevistas com funcionários, ex-funcionários e pessoas próximas à empresa e processou 74 terabytes de dados.
Dessa forma, foi concluído que:
“As evidências apresentadas pelo Comitê confirmam a existência de fraude contábil, caracterizada, principalmente, por lançamentos indevidos na conta Fornecedores, por meio de contratos fictícios de VPC (verbas de propaganda cooperada) e por operações financeiras conhecidas como “risco sacado”, dentre outras operações fraudulentas e incorretamente refletidas no balanço da Companhia.”
A empresa ainda lembra que os responsáveis por comandar ou orquestrar as fraudes identificadas não mais integram os quadros da Americanas.
Próximos passos da Americanas
Diante dessas evidências, o conselho de administração orientou a diretoria a comunicar às autoridades competentes envolvidas no caso. Isso inclui o Ministério Público Federal (MPF), Polícia Federal (PF), a própria Comissão de Valores Mobiliários (CVM), entre outras.
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Além disso, a Americanas afirma que continuará colaborando integralmente com as investigações em curso.
“Adicionalmente, o Conselho de Administração orientou que a Diretoria avalie as medidas a serem adotadas para a defesa dos interesses sociais da Companhia e o ressarcimento pelos prejuízos a ela causados”, conclui o comunicado.
Relembre o caso
A Americanas protagoniza o maior escândalo da história do mercado de capitais no Brasil.
Em janeiro do ano passado, a varejista entrou com um pedido de recuperação judicial diante do agravamento da situação financeira da companhia.
À época, a empresa comandada pelo famoso trio de empresários formado por Jorge Paulo Lehman, Beto Sicupira e Marcel Teles somava dívidas no valor de R$ 43 bilhões com bancos e fornecedores, além de questões trabalhistas.
Após adiar várias vezes seu balanço, foram confirmadas fraudes na casa das dezenas de bilhões de reais. Em relação a 2021, o “maior lucro da história” da Americanas converteu-se em um prejuízo líquido de R$ 6,237 bilhões.
E o prejuízo da varejista mais do que dobrou em 2022. A Americanas fechou aquele ano com R$ 12,912 bilhões no vermelho.
Já a fraude contábil foi estimada em R$ 25,2 bilhões, muito próximo do rombo calculado quando a Americanas admitiu que o episódio ia muito além de "inconsistências contábeis".
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