Acionistas da Rossi (RSID3) rejeitam suspensão de direitos políticos de megainvestidor acusado de disparar poison pill na companhia
O empresário Silvio Tini e a Lagro Participações eram acusados por membros da família fundadora da construtora, de, em conjunto, terem atingido uma participação de 25% na empresa
Os acionistas da Rossi (RSID3) rejeitaram nesta quarta-feira (23) a suspensão dos direitos políticos de dois investidores da empresa, o empresário e megainvestidor Silvio Tini de Araújo e a Lagro Participações.
Tini e a Lagro Participações foram acusados por membros e conselheiros ligados à família Rossi, fundadora da construtora, de, em conjunto, terem atingido uma participação de 25% na companhia.
Segundo o estatuto social da empresa, qualquer investidor que tenha uma participação igual ou superior a esse patamar deve será obrigado a fazer uma oferta pública de aquisição de ações (OPA) dos demais acionistas. A cláusula é conhecida como poison pill — ou pílula de veneno, em tradução literal.
- VEJA MAIS: Depois das prévias, esta ação de incorporadora pode pagar mais dividendos aos investidores
A proposta da administração alegava que Tini e a Lagro dispararam a poison pill e pedia que os direitos políticos dos dois acionistas fossem suspensos até que eles realizassem a OPA.
Mas a tese foi rejeitada na assembleia, na qual 68,4% dos acionistas presentes votaram contra a suspensão, enquanto outros 31,6% foram favoráveis à proposta.
Vale destacar que a companhia está sob nova direção desde o início do mês após a substituição de Fernando Cunha por Maria Pia de Orleans e Bragança no cargo de CEO.
Leia Também
A executiva foi indicada pelo conselho de administração, que agora conta com dois membros da família Rossi e três conselheiros supostamente ligados a Tini.
Após a troca de CEO, a Rossi convocou uma nova assembleia em 7 de novembro. Na pauta está a exclusão do artigo que define a poison pill e a exigência de uma OPA.
Relembre o que está por trás da disputa interna na Rossi
A assembleia de hoje foi convocada a pedido da família Rossi. João Rossi Cuppoloni era presidente do conselho de administração e Renata Rossi Cuppoloni era diretora da empresa até semana passada, quando foi destituída em mais um capítulo da disputa interna entre os acionistas.
Antes da destituição de Renata, em julho, os Rossi pediram a instauração de um procedimento arbitral contra outros três membros do colegiado que estariam supostamente atuando para favorecer Silvio Tini.
Além disso, a proposta da administração para a assembleia, divulgada no início deste mês, afirmava que, em abril, Tini e a Lagro Participações passaram a deter uma participação de 25,13% da empresa. Do total, 2,33% estariam diretamente nas mãos do empresário, enquanto os outros 22,8% pertenciam à Lagro.
Ainda segundo o documento, os dois acionistas são considerados pessoas vinculadas pois a empresa é controlada pela Lagro Industrial Corp, sociedade que tem Tini como administrador, presidente e representante legal. Por isso, a participação conjunta teria disparado a poison pill.
"Por esses fatos e fundamentos, recomenda-se a aprovação da suspensão dos direitos políticos dos
acionistas Silvio Tini e Lagro, bem como de quaisquer pessoas vinculadas, até que estes realizem a OPA" dizia a proposta, que foi rejeitada hoje pelos demais acionistas da Rossi.
Vale relembrar que a construtora foi uma das primeiras do setor a negociar ações na bolsa brasileira. Nos últimos anos, porém, enfrentou uma crise financeira que a levou à recuperação judicial em 2022 com mais de R$ 1 bilhão em dívidas.
O plano de RJ foi aprovado em novembro do ano passado e prevê que a companhia quite boa parte dos débitos com desconto ou apenas quatro décadas após a homologação do documento.
Já Silvio Tini é conhecido por ser o fundador do Grupo Bonsucex — que investe em empresas como a Alpargatas, Gerdau e Terra Santa. Em julho deste ano, o empresário esteve no centro de uma investigação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sobre um caso de insider trading na Alpargatas.
Na prática, que é ilegal, são utilizadas informações privilegiadas sobre companhias para negociar ações. Como resultado do julgamento na CVM, Tini ficou proibido de exercer cargo de administrador ou de conselheiro fiscal de companhias abertas por cinco anos.
Sequência do game mais vendido de todos os tempos é adiada de novo — e o medo do fracasso é um dos motivos
Com fracasso do Cyberpunk 2077 como referência, estúdio responsável pelo GTA 6 opta por ganhar tempo para alcançar o nível de qualidade esperado
Embraer (EMBJ3) está descontada na bolsa, e JP Morgan eleva preço-alvo para potencial de alta de até 42%
O JP Morgan atualizou suas estimativas para a ação da Embraer (EMBJ3) para R$ 108 ao final de dezembro de 2026. A nova projeção não está tão distante da anterior, de R$ 107 por ação, mas representa uma alta de até 27%. Incluindo a divisão EVE, subsidiária de veículos elétricos de pouso vertical, os chamados […]
Laranjinha vs. Roxinho na Black Friday: Inter (INBR32) turbina crédito e cashback enquanto Nubank (ROXO34) aposta em viagens
Inter libera mais de R$ 1 bilhão para ampliar poder de compra no mês de novembro; Nubank Ultravioleta reforça benefícios no Nu Viagens
Cemig (CMIG4) vira ‘moeda de troca’ de Zema para abater dívidas do Estado e destravar privatização
O governador oferta a participação na elétrica para reduzir a dívida de MG; plano só avançaria com luz verde da assembleia para o novo modelo societário
Petrobras (PETR4) ignora projeção, tem lucro 2,7% maior no 3T25 e ainda pagará R$ 12,6 bilhões em dividendos
Nos cálculos dos analistas ouvidos pela Bloomberg, haveria uma queda do lucro entre julho e setembro, e os proventos viriam na casa dos R$ 10 bilhões
Banco ABC Brasil (ABCB4) quer romper o teto histórico de rentabilidade e superar os 15% de ROE: “nunca estamos satisfeitos”, diz diretor
Mesmo com ROE de 15,5%, o diretor financeiro, Ricardo Moura, afirma que está “insatisfeito” e mapeia as alavancas para entregar retornos maiores
Magazine Luiza (MGLU3) tem lucro quase 70% menor no 3T25 e CFO culpa a Selic: “ainda não estamos imunes”
A varejista registrou lucro líquido ajustado de R$ 21 milhões entre julho e setembro; executivo coloca o desempenho do período na conta dos juros elevados
“Estamos vivendo um filme de evolução”, diz CFO da Espaçolaser (ESPA3). Receita e Ebitda crescem, mas 3T25 ainda é de prejuízo
A rede de depilação fechou o trimestre no vermelho, mas o diretor Fabio Itikawa vê 2025 como um ano de reconstrução: menos dívida, mais caixa e expansão apoiada em franquias
Cogna (COGN3) acerta na lição de casa no 3T25 e atinge menor alavancagem em 7 anos; veja os destaques do balanço
A companhia atribui o resultado positivo do terceiro trimestre ao crescimento e desempenho sólido das três unidades de negócios da empresa: a Kroton, a Vasta e a Saber
Axia (ELET3): após o anúncio de R$ 4,3 bilhões em dividendos, ainda vale comprar a ação da antiga Eletrobras?
Bancos consideraram sólido o desempenho da companhia no terceiro trimestre, mas um deles alerta para a perda de valor do papel; saiba o que fazer agora
Adeus home office: Nubank (ROXO34) volta ao escritório por “custos invisíveis”; funcionários terão tempo para se adaptar ao híbrido
O Nubank se une a diversas empresas que estão chamando os funcionários de volta para os escritórios
Minerva (BEEF3) tem receita líquida e Ebitda recordes no 3T25, mas ações desabam na bolsa. Por que o mercado torce o nariz para o balanço?
Segundo o BTG Pactual, com um trimestre recorde para a Minerva, o que fica na cabeça dos investidores é: o quão sustentável é esse desempenho?
Rede D’Or (RDOR3) brilha com lucro 20% acima das expectativas, ação é a maior alta da bolsa hoje e ainda pode subir mais
No segmento hospitalar, a empresa vem conseguindo manter uma alta taxa de ocupação dos leitos, mesmo com expansão
Vai caber tudo isso na Raposo Tavares? Maior empreendimento imobiliário do Brasil prepara “cidade própria”, mas especialistas alertam para riscos
Reserva Raposo prevê 22 mil moradias e até 80 mil moradores até 2030; especialistas alertam para mobilidade, infraestrutura e risco de sobrecarga urbana
iPhone, iPad, MacBook e mais: Black Friday da iPlace tem produtos da Apple com até 70% de desconto, mas nem tudo vale a pena
Rede autorizada Apple anuncia descontos em iPhones, MacBooks, iPads e acessórios, mas valores finais ainda exigem avaliação de custo-benefício
Banco ABC Brasil (ABCB4) corta guidance e adota tom mais cauteloso para 2025, mesmo com lucro e rentabilidade em alta no 3T25
O banco entregou mais um trimestre previsível, mas decidiu ajustar as metas para o ano; veja os principais números do resultado
O melhor está por vir para a Petrobras (PETR4)? Balanço do 3T25 pode mostrar que dividendo de mais de R$ 10 bilhões é apenas o começo
A produção de petróleo da estatal deve seguir subindo, de acordo com bancos e corretoras, abrindo caminho para novas distribuições robustas de proventos aos acionistas
Empreender na América Latina exige paciência, mas o país menos burocrático da região vai deixar você de queixo caído
Estudo internacional mostra que este país reduziu o tempo para abrir empresas e agora lidera entre os países latino-americanos, enquanto outro enfrenta o maior nível de burocracia
Serena Energia (SRNA3) está mais perto de se unir à lista de empresas que deram adeus à bolsa, após Ventos Alísios comprar 65% da empresa
A operação é resultado do leilão realizado no âmbito da oferta pública de aquisição (OPA) para fechamento de capital e saída da Serena do segmento Novo Mercado da B3
C&A (CEAB3) dá close no Ibovespa: ações figuram entre as maiores altas do dia, e bancos apontam a tendência do 4T25
A expectativa é de que a C&A continue reduzindo a diferença em relação à sua maior concorrente, a Lojas Renner — e os números do terceiro trimestre de 2025 mostram isso
