Selic a 10,5%: títulos IPCA+ podem encher o bolso, mas não é hora de tirar o pé das ações – veja onde investir após decisão do Copom
Maria Clara Patti e Juliano Bernardon, da Safira Investimentos, explicam o que esperar dos investimentos daqui para frente e revelam as principais oportunidades

A nova taxa Selic foi divulgada pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) na noite da última quarta-feira (8). A decisão foi de um aperto no freio no ciclo de queda dos juros, com um corte de 0,25 p.p. nesta reunião. Agora, a taxa básica de juros é de 10,50% ao ano.
Embora a queda tenha sido mais conservadora do que os 0,50 p.p que o Copom vinha sinalizando, o mercado já esperava um corte mais brando devido às incertezas do cenário externo.
Ainda assim, o Ibovespa teve uma reação negativa ao comunicado de Roberto Campos Neto. O índice começou a quinta-feira (9) com uma desvalorização de 1,1% e as incertezas sobre as decisões econômicas daqui para frente rondam o mercado.
Para expor os principais insights sobre a nova taxa Selic, Maria Clara Patti, que é sócia-fundadora da Safira Investimentos, do grupo BTG, e Juliano Bernardon, especialista em renda variável no mesmo escritório de investimentos, participaram de uma edição especial do programa Giro do Mercado, do canal Money Times, sobre a decisão do Copom.
Veja o programa na íntegra neste link ou no botão abaixo.
PROGRAMA COMPLETO: O QUE FAZER COM SEUS INVESTIMENTOS APÓS A DECISÃO DO COPOM
O balde de água fria nos investidores: o comunicado e as divergências de voto
A queda de 0,25 p.p não foi nenhuma surpresa. Embora o mercado estivesse com diferentes palpites, a maior parte dos investidores já esperava o que foi decidido pelo Copom.
Leia Também
O que fez o Banco Central não seguir o forward guidance da reunião de março, na opinião de Maria Clara Patti, foi principalmente a piora do cenário fiscal no Brasil com a mudança de meta do déficit zero, aliado a um contexto internacional mais deteriorado.
Ela explica que a economia brasileira é impactada diretamente por decisões de potências como os Estados Unidos. E com a perspectiva de prorrogação do início do corte de juros nos EUA, já era esperado que o Brasil também pisaria no freio:
“A gente esperava um corte do Fed em março. Agora, a expectativa do BTG Pactual é que aconteça em setembro. Não é interessante ter uma diferença muito pequena entre os juros do Brasil e dos Estados Unidos porque leva a uma fuga de capital”, explica.
O próprio comunicado cita o cenário internacional como o principal motivo para um corte mais brando. Mas a falta de sinalização sobre o que o mercado deve esperar das próximas reuniões desanimou os investidores.
“O principal ponto de volatilidade [do Ibovespa] foi o comunicado. Veio muito hawkish, muito duro. Talvez a gente tenha uma decisão mais calma na semana que vem com a ata. A ata pode trazer um pouco mais de calma na semana que vem”, afirmou Juliano Bernardon.
Outro fator que gerou incertezas foi a divergência nos votos. A decisão pela queda mais amena não foi unânime e teve um placar de 5 a 4. Os diretores que queriam um corte de 0,50 p.p. eram todos indicados pelo presidente Lula e são candidatos a sucessores de Campos Neto.
Isso abriu preocupação para as futuras decisões do Banco Central não estarem alinhadas ao controle da inflação. Segundo Patti, esse é um fator de atenção no próximo ano devido a um maior risco de o Brasil ter uma queda de juros influenciada por decisões políticas.
Selic em 2024: o que esperar da taxa básica de juros até o fim do ano
2024 começou com a perspectiva de a taxa básica de juros chegar a 9% a.a. até o fim do ano. Mas parece que o mercado já está mudando de rota. Patti explica que, após a decisão do Copom, as curvas de juros subiram bastante e a expectativa para a Selic neste ano é outra:
“A gente, como BTG, esperava uma Selic a 9,75% a.a. Agora, a expectativa é de uma taxa a 10% a.a. e com um viés altista. O mercado realinhou as expectativas sobre as quedas dos juros”.
Quais são as principais oportunidades para investir agora?
Neste cenário, a sócia-fundadora da Safira Investimentos defende que há um prato cheio para buscar lucros na renda fixa, principalmente nos ativos atrelados à inflação e nos prefixados. Os títulos do Tesouro IPCA+, por exemplo, estão pagando taxas de mais de 6,1% acima da inflação:

“O IPCA+ pode garantir o poder de compra do investidor e com um rendimento de quase 6,5%, que é muito bom.
Às vezes, a gente tem que tomar cuidado com as notícias para fugir da renda fixa com a queda da Selic.”, Patti explica.
Mas, ainda assim, não é hora de abrir mão de uma boa carteira de renda variável. Bernardon comenta que muitos investidores que não estavam posicionados na bolsa brasileira se lamentaram no fim de 2023, quando o Ibovespa disparou 15% no último trimestre do ano.
Portanto, segundo o especialista em renda variável, é indispensável ter parte do patrimônio exposta a ativos que, historicamente, têm boa performance em meio à queda dos juros, como as ações.
“O melhor a se fazer agora é alocar em setores com resiliência um pouco maior, como o de energia. É muito importante a diversificação e o foco em empresas resilientes para ter uma carteira robusta”, Bernardon recomenda.
Confira todos os insights na íntegra: especial Copom está disponível no Youtube
Maria Clara Patti e Juliano Bernardon participaram da edição especial do Giro do Mercado sobre o Copom nesta quinta-feira (9), entrevistados pela jornalista Paula Comassetto. Mas se você não conseguiu acompanhar o programa, a boa notícia é que ele está disponível na íntegra neste link.
Os economistas explicaram tudo da economia brasileira que o investidor deve ficar de olho nos próximos meses e quais são as principais oportunidades para buscar ganhar dinheiro no cenário atual.
São os principais insights para que você tenha em mente o que pode impactar os seus investimentos. E lembre-se: é totalmente gratuito.
Basta acessar o botão abaixo para assistir o programa completo.
PROGRAMA COMPLETO: ONDE INVESTIR COM A SELIC A 10,50% AO ANO
Trump surta com decisão do Fed e ataca (de novo) Powell: “perdedor total”
Republicano chama chefe do banco central dos EUA de “muito estúpido” e diz que país está “pagando o preço” por mantê-lo no cargo
Os bastidores da reunião entre os chanceleres de Brasil e EUA que Eduardo Bolsonaro tentou evitar a todo o custo
Ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, se reúne com Marco Rubio, braço direito de Trump, e defende independência do Judiciário brasileiro
IR de 2025: Receita paga nesta quinta (31) terceiro lote de restituição
Ao todo, 7.219.048 contribuintes receberão R$ 10 bilhões
A teimosia compensa! Apostador persistente ganha sozinho na Lotofácil e fica milionário da noite para o dia
Enquanto o ganhador do concurso 3456 da Lotofácil vinha insistindo sempre nos mesmos números, a Mega-Sena corre hoje valendo R$ 76 milhões
Copom mantém taxa Selic em 15% ao ano, com a prerrogativa de ‘esperar para ver’ — veja o que precisa melhorar para os juros caírem
A decisão era amplamente esperada e não deve provocar grandes movimentos nos mercados. O que está no radar dos agentes financeiros são as nuances do comunicado e os gatilhos para um eventual corte nos juros
Tesouro Nacional avalia que isenções do tarifaço são “cenário mais benigno”, enquanto associações setoriais reavaliam os impactos
Mesmo com quase 700 exceções anunciadas pelos EUA, setores brasileiros seguem cautelosos diante do impacto comercial e político da medida
Trump confirma tarifa de 50% para o Brasil, mas aeronaves e suco de laranja escapam da taxação; veja quem se salvou
Na lista publicada pela Casa Branca, produtos-chave da importação ficaram isentos; entrada em vigor das tarifas também foi adiada para 6 de agosto
Banco Central fez o que podia fazer quando subiu a Selic para 15%, diz diretor do Goldman Sachs, que vê autarquia em armadilha fiscal
Alberto Ramos defende que o país vive um ciclo perverso de crescimento fraco, câmbio pressionado e inflação resistente. A solução existe — mas exige um ajuste doloroso a partir de 2027
Lula diz que quer negociar tarifas, mas que não pretende se curvar ao presidente dos EUA
Em entrevista ao New York Times, o presidente brasileiro disse estar tratando do assunto com seriedade, mas negou que isso exija subserviência
Trump vai aliviar (um pouco) a barra do Brasil? EUA cogitam isentar cafés e outros produtos agrícolas
O secretário do Comércio dos EUA afirmou que “recursos naturais” não cultivados no país poderão ter isenção, mas haverá um preço
Com 3 ganhadores, Lotofácil salva a pele da Quina e da Mega-Sena, mas não faz nenhum novo milionário
Enquanto os ganhadores do concurso 3455 da Lotofácil digerem a bola dividida, o prêmio acumulado na Mega-Sena subiu para R$ 76 milhões
Selic pode ir a 18% que não vai resolver a inflação: “É um problema fiscal, não monetário”, diz Alberto Ramos, do Goldman Sachs
A manutenção da Selic em 15% ao ano nesta Super Quarta é consenso. A dúvida é quando os cortes vão começar e se a inflação vai ceder. Ramos vê o Copom entre o remédio e o veneno.
Com o plano de contingência na mesa de Lula, Haddad revela os bastidores das preparações para a tarifa de 1º de agosto
Entre críticas à postura do BC, metas e esperanças de um lugar na mesa de negociações, o ministro da Fazenda deu detalhes à CNN sobre os planos do governo para lidar com a taxação de Donald Trump
Nem todo mundo curtiu: líderes europeus se queixam de acordo fechado com os EUA, e setores pedem tarifa zero; entenda o que incomodou
Setores-chave da economia europeia seguem sendo alvos das tarifas de Trump, e líderes enxergam que a UE saiu enfraquecida
Super Quarta sem emoção? Como investir no meio do fogo cruzado com meta de juros e incerteza global
No Touros e Ursos desta semana, Wilson Barcellos, CEO da Azimut Brasil, analisa os impactos das decisões do Copom e do Fed e traz insights sobre investimentos
Cancela o churrasco! Lotofácil tem 10 ganhadores e ninguém fica milionário — e tem gente que ainda não aprendeu a jogar na Lotomania
Enquanto os ganhadores digerem a bola dividida na Lotofácil, a Quina segue acumulada e a Mega-Sena corre hoje valendo R$ 51 milhões
Brasil vai conseguir escapar das garras de Trump? Saiba qual é a ‘bala de bronze’ do país na guerra comercial, segundo este gestor
O Seu Dinheiro conversou com o head de renda variável do ASA, Marcelo Nantes Souza, que apontou para um possível trunfo do Brasil na negociação com os EUA
Tarifaço de Trump entra em semana decisiva, e perspectiva de acordo com os EUA fica mais distante
Até o momento, não há o menor sinal de que esse movimento poderá ser revertido ou adiado
R$ 90 milhões em jogo: Mega-Sena, Lotofácil, Quina, Lotomania, Dupla-Sena e outros — os sorteios que acontecem entre hoje (28) e amanhã (29)
Nesta segunda-feira (28) serão sorteados mais de R$ 30 milhões em diferentes concursos das Loterias Caixa, com Lotofácil, Quina, Lotomania, Dupla-Sena e Super-Sete; veja os prêmios e até quando jogar
Agenda econômica: Super Quarta, Trump, PIB, balanços e muito mais; calendário da semana promete virar o mercado de ponta-cabeça
Agenda desta semana traz as decisões do Copom e do Fed, balanços de gigantes e o possível impacto das tarifas dos EUA sobre o Brasil