Ricaços brasileiros compraram mais obras de arte que suíços e franceses no 1S24; entenda o que está por trás desse mercado multimilionário
Estudo do UBS em parceria com a Art Basel traz dados importantes sobre o mercado de arte e leilões ao redor do mundo; confira os detalhes
Superando países como Suíça, Itália, França, Japão e Estados Unidos, os colecionadores do Brasil foram os que mais compraram obras de arte de alto valor agregado no primeiro semestre de 2024.
Ávidos por quadros, peças e esculturas consagradas, o público de alta está disposto a pagar caro pelas obras. A maioria das transações feitas por ricaços brasileiros foi em cifras maiores do que US$ 100 mil (R$ 578 mil).
O gasto mais elevado segue uma tendência no mercado: o número de colecionadores mundiais que compraram obras acima de US$ 100 mil saltou de 40% para 53% entre 2023 e o primeiro semestre de 2024.
As conclusões estão no recém divulgado estudo do banco suíço UBS, em parceria com a Art Basel, uma das feiras de arte mais renomadas do mundo.
O relatório analisou o comportamento e hábitos de consumo de indivíduos com alto patrimônio líquido (HNWIs, na sigla em inglês) no mercado de arte, durante o ano passado e o primeiro semestre deste ano.
Foram considerados 14 mercados com maior representatividade e relevância no cenário global de arte. Entre eles, está o Brasil. Além disso, 1.400 colecionadores cadastrados na rede VIP da Art Basel também serviram de base para o estudo.
Leia Também
'Imposto sobre Pix acima de R$ 5 mil' é fake news, alerta Receita Federal
Alguns dados mostram que o mercado de arte também foi afetado pela incerteza global dos últimos anos, pós-pandemia. Considerando o gasto médio dos indivíduos, houve queda de US$ 630 mil em 2022 para US$ 440 mil em 2023.
No entanto, o relatório indica que a métrica mais apurada é a do gasto mediano, que, nesse caso, manteve-se relativamente estável: US$ 50.165 em 2022 e US$ 50 mil em 2023.
- O gasto mediano elimina extremos. Se um colecionador compra uma obra de US$ 50 milhões enquanto os outros estão comprando obras na casa dos US$ 200 mil, ele acaba distorcendo os dados.
Nos primeiros seis meses deste ano, o número está em US$ 25.555. Se mantido este padrão, 2024 também vai fechar com estabilidade.
“Apesar dos ventos econômicos contrários, permanece uma paixão forte e duradoura pela arte entre colecionadores do mundo todo”, comenta Christl Novakovic, diretora do Wealth do UBS.
O que os colecionadores de arte brasileiros estão comprando?
O público de alta renda e entusiasta de arte do Brasil também se destacou por ser o que mais gastou em obras de artistas novos e emergentes. Nas coleções brasileiras, 63% das obras vêm desses “novatos”.
Por outro lado, os brasileiros são os que menos detém peças de artistas considerados “top-tier”, ou seja, de alto escalão no mercado – apenas 18%.
O UBS e a Art Basel separaram os artistas em quatro categorias:
- Novos artistas, que ainda não têm representação em galerias;
- Artistas emergentes ou em desenvolvimento, que têm presença em museus ou galerias há menos de 10 anos;
- Artistas em meio de carreira, que têm exposições em galerias ou museus há mais de uma década, estabeleceram uma reputação, mas ainda não estão na primeira linha;
- E, por fim, os classificados “top tier”, que tem uma relação já bem estabelecida no mercado e vendem regularmente peças acima de US$ 100 mil.
Os entrevistados brasileiros também demonstraram alto interesse em doar as peças para museus eventualmente, juntamente com os suíços, italianos e ingleses.
Entre os principais motivos para comprar obras de arte, os respondentes citaram razões financeiras, tratando as peças como investimentos; e também motivações pessoais, como identificação e fins decorativos.
Onde comprar as obras de arte mais prestigiosas do mundo?
Existem diferentes lugares e maneiras para comprar obras de arte de alto valor: negociantes especializados; canal direto com os negociantes ou então com os próprios artistas; leilões e plataformas on-line.
Entre todas essas possibilidades, os colecionadores endinheirados têm preferências claras: os chamados “art dealers”, comerciantes especializados que vendem as peças via galerias ou feiras — como a própria Art Basel, que foi uma das responsáveis pelo estudo. Em 2023, 95% das compras foram feitas por este canal.
A maior expertise e conhecimento dos profissionais faz com que o público prefira adquirir as obras por meio desse canal. Além disso, alguns dos entrevistados também citaram que há maior transparência nos preços e comissões. Em 2023, 95% das compras foram feitas via dealers.
Ainda vale acrescentar que há certo favoritismo pelas galerias e negociantes de arte dos próprios países: tanto em 2023 quanto neste ano, aproximadamente 70% das compras foram feitas localmente.
A predileção pelas feiras de arte, em específico, tem um motivo: a experiência presencial permite não somente visualizar as obras de arte com mais precisão, mas também interagir e fazer networking com outros colecionadores e negociantes.
Os leilões não são irrelevantes, mas costumam ser mais visados por quem quer adquirir obras de artistas consagrados. Nos primeiros seis meses deste ano, 67% das compras foram feitas por meio desse canal.
Um dado relevante apresentado pelo relatório nesse setor em específico: no primeiro semestre de 2024, a Christie’s, uma das casas de leilões mais importantes do mundo, teve queda de 22% nas vendas em relação ao mesmo período do ano passado.
Por outro lado, um “legado” da pandemia está dando frutos: as vendas via leilões on-line renderam US$ 173 milhões, um número expressivo que não tinha sido visto nem mesmo em 2020.
A casa não foi a única a ter resultados mais fracos nos primeiros seis meses do ano. Outras concorrentes como Sotheby’s, Philips e Bonhams também têm enfrentado problemas.

O que esperar do mercado de arte em 2025?
Os colecionadores de arte brasileiros mostraram-se bem otimistas quanto ao mercado de arte no curto e longo prazo.
Apesar disso, vale ressaltar que, em um contexto geral, os entusiastas da arte têm algumas preocupações martelando na cabeça. O estudo do UBS cita problemas jurídicos na negociação, barreiras para comércio internacional, questões éticas envolvendo os artistas, variação dos preços, entre outros.
Para o futuro, é possível que a inteligência artificial tenha um papel cada vez mais integrado à arte, “oferecendo tanto oportunidades quanto desafios que moldarão a arte de maneira profunda”.
A diretora do banco suíço, Christl Novakovic, diz que as previsões econômicas positivas para 2025 devem beneficiar o mercado de arte.
“Antecipamos um contínuo entusiasmo pela arte, impulsionado tanto por colecionadores experientes quanto por novos entrantes no mercado. Isso é apoiado por indicadores iniciais de atividade do mercado, incluindo gastos sustentados na China Continental, crescente interesse em artistas novos e emergentes, e frequência consistente em galerias e feiras de arte”, conclui.
O que acontece se ninguém acertar as seis dezenas da Mega da Virada
Entenda por que a regra de não-acumulação passou a ser aplicada a partir de 2009, na segunda edição da Mega da Virada
China ajuda a levar o ouro às alturas em 2025 — mas gigante asiático aposta em outro segmento para mover a economia
Enquanto a demanda pelo metal cresce, governo tenta destravar consumo e reduzir dependência do setor imobiliário
Como uma mudança na regra de distribuição de prêmios ajudou a Mega da Virada a alcançar R$ 1 bilhão em 2025
Nova regra de distribuição de prêmios não foi a única medida a contribuir para que a Mega da Virada alcançasse dez dígitos pela primeira vez na história; veja o que mais levou a valor histórico
ChatGPT, DeepSeek, Llama e Gemini: os palpites de IAs mais usadas do mundo para a Mega da Virada de 2025
Inteligências artificiais mais populares da atualidade foram provocadas pelo Seu Dinheiro a deixar seus palpites para a Mega da Virada — e um número é unanimidade entre elas
Os bilionários da tecnologia ficaram ainda mais ricos em 2025 — e tudo graças à IA
Explosão dos investimentos em inteligência artificial impulsionou ações de tecnologia e adicionou cerca de US$ 500 bilhões às fortunas dos maiores bilionários do setor em 2025
Quanto ganha um piloto de Fórmula 1? Mesmo campeão, Lando Norris está longe de ser o mais bem pago
Mesmo com o título decidido por apenas dois pontos, o campeão de 2025 não liderou a corrida dos maiores salários da Fórmula 1, dominada por Max Verstappen, segundo a Forbes
Caso Master: Toffoli rejeita solicitação da PGR e mantém acareação em inquérito com Vorcaro, ex-presidente do BRB e diretor do Banco Central
A diligência segue confirmada para a próxima terça-feira, dia 30
Bons resultados do fim de ano e calendário favorável reforçam confiança entre empresários de bares e restaurantes para 2026, aponta pesquisa
O próximo ano contará com dez feriados nacionais e deve estimular o consumo fora do lar
O que aconteceu com o ganhador da Mega da Virada que nunca foi buscar o prêmio
Autor de aposta feita pelos canais eletrônicos da Caixa não reivindicou o prêmio da Mega da Virada de 2020 e o dinheiro ficou com o governo; saiba o que fazer para não correr o mesmo risco
Governo estabelece valor do salário mínimo que deve ser pago a partir de 1º de janeiro; veja em quanto ficou
A correção foi de 6,79%, acima da inflação, mas um pouco abaixo do reajuste do ano anterior
Caso Master: Vorcaro, ex-presidente do BRB e diretor do Banco Central vão depor frente a frente no STF
O objetivo é esclarecer as diferentes versões dos envolvidos na tentativa de compra do Banco Master pelo BRB
Das 4 praias mais limpas do Brasil, as 3 primeiras ficam em ilhas — e uma delas no sudeste
Entre as praias mais limpas do Brasil, três estão em ilhas e apenas uma fica no Sudeste, com critérios rigorosos de preservação ambiental
ACSP aciona Justiça Federal para garantir isenção de Imposto de Renda sobre dividendos de micro e pequenas empresas
A medida é uma reação às mudanças trazidas pela Lei nº 15.270, que alterou as regras do IR
Primeiro foguete comercial lançado pelo Brasil explode no céu; ações de empresa sul-coreana derretem
Após uma série de adiamentos, o Hanbit-Nano explodiu logo após a decolagem no Centro de Lançamento de Alcântara e derrubou as ações da fabricante Innospace
Bancos funcionam no Natal e no Ano Novo? Veja o que abre e o que fecha
Bancos, B3, Correios e transporte público adotam horários especiais nas vésperas e nos feriados; veja o que abre, o que fecha e quando os serviços voltam ao normal
Com atenção voltada para prêmio bilionário da Mega da Virada, Lotofácil abre semana fazendo um novo milionário
Lotofácil não foi a única loteria a ter ganhadores ontem; prêmio principal da Super Sete foi dividido por dois apostadores
Ano eleitoral, juros menores e Ibovespa em alta: o que esperar da economia brasileira em 2026
Cenário global favorável para mercados emergentes deve ajudar o Brasil, e trade eleitoral será vetor importante para guiar os investimentos no próximo ano
Só 1 em cada 10 praias de São Paulo está imprópria para banho no início do verão; veja onde
Levantamento da Cetesb mostra melhora em relação ao ano passado e aponta que apenas 1 em cada 10 praias paulistas tem restrição para banho
Brasil tem hoje a última chance de lançar primeiro foguete comercial
Após quatro adiamentos por falhas técnicas, clima e problemas em solo, o Hanbit-Nano, primeiro foguete brasileiro comercial tem nesta segunda-feira a última janela para decolar do Centro de Lançamento de Alcântara
Mega-Sena interrompida: agora toda aposta vale apenas para o bilionário sorteio da Mega da Virada
Mega da Virada vai sortear pela primeira vez na história um prêmio de R$ 1 bilhão; sorteio está marcado para a noite de 31 de dezembro
