Quem ganha e quem perde na bolsa se a Selic subir para 12%? O Santander fez as contas
Empresas que fazem parte do Ibovespa podem ter lucro 2,5% menor em 2025 caso os juros subam, de acordo com os analistas
Uma possível alta da taxa básica de juros (Selic) a partir da próxima reunião do Copom, em setembro, passou a fazer parte do radar do mercado. Em especial depois das declarações recentes de Roberto Campos Neto e de Gabriel Galípolo.
Pensando nisso, o Santander decidiu fazer as contas para saber o potencial impacto da Selic maior na bolsa. Considerando o pior cenário de uma alta dos juros para 12% em 2025, quais seriam os “ganhadores” e os “perdedores” do Ibovespa?
De forma geral, as empresas do principal índice da B3 poderiam ver uma queda de 2,5% nos lucros em 2025, com os setores não envolvidos com commodities sendo os mais prejudicados, de acordo com os analistas do banco.
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Instituições financeiras e a indústria de papel e celulose seriam as mais beneficiadas, com altas de 2,8% e 5,3%, respectivamente. Do outro lado, os setores de transportes e educação teriam as piores quedas no lucro: 15,7% e 13,9%, respectivamente.
De modo geral, o impacto negativo maior do juro maior vem do peso da dívida atrelada à Selic e ao dólar. Assim, quanto mais alavancada a empresa, maior deve ser o efeito no resultado.
Na tabela abaixo, você pode conferir as projeções do Santander para todos os segmentos do Ibovespa:
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| SETOR | IMPACTO NOS LUCROS - SELIC A 12% EM 2025 |
| Transportes | - 15.7% |
| Educação | - 13.9% |
| Alimentação e bebidas | - 12.7% |
| Saúde | - 8.8% |
| Income properties | - 7.2% |
| Varejo | - 6.5% |
| Concessionárias de energia e saneamento | - 5.6% |
| Agronegócio | - 5.3% |
| Telecomunicações | - 4.4% |
| Construção civil | - 3.3% |
| Mineração | - 0.1% |
| Óleo e gás | 0.3% |
| Aço | 2.3% |
| Bens de capital | 2.4% |
| Instituições financeiras - outros | 2.8% |
| Papel e celulose | 5.3% |
| Instituições financeiras - bancos | NA |
| Commodities | - 1.4% |
| Não-commodities | - 3.2% |
| Ibovespa | - 2.5% |
A Selic pode mesmo ir a 12% no final de 2025?
Há meses, o mercado se preocupa com o cumprimento da meta de inflação por parte do Banco Central, depois de uma sequência de cortes da Selic. Soma-se isso à depreciação do real, que intensificou o medo de que a inflação suba mais ainda, na análise do Santander.
“Esse cenário aumentou a incerteza em relação à condução da política monetária no curto prazo”, comentaram os analistas.
No entanto, as declarações recentes de Campos Neto e Galípolo acabaram trazendo um alívio para os economistas. Parece contraditório, mas a possibilidade da Selic subir não causou imediatamente um efeito negativo nas ações.
Isso porque, ao dizerem que o Comitê de Política Monetária (Copom) poderia, sim, aumentar a Selic nas próximas reuniões, os dirigentes reforçaram a credibilidade do Banco Central e da política monetária, indicando que a instituição não vai ser leniente com a inflação.
Diante desse contexto de meta de inflação e postura hawkish do BC, a possibilidade de os juros subirem nas próximas três reuniões do Copom e chegar a 12% no final de 2024 não é tão distante, apesar de este ser considerado o pior cenário, na visão do Santander.
Saindo do pior cenário
Mas nem tudo está perdido. Mesmo se a Selic voltar a subir, o Santander acredita que as empresas não serão tão prejudicadas como na época da pandemia, já que estão fazendo esforços significativos para diminuir suas dívidas.
“As oscilações da Selic agora têm um impacto consideravelmente menor nos lucros, em comparação com o passado”, escrevem os analistas.
Vale lembrar também que boas notícias vieram da Terra do Tio Sam, quando Jerome Powell afirmou que a hora de cortar os juros finalmente tinha chegado, no simpósio de Jackson Hole. Aprofunde-se nessa história clicando aqui.
“Acreditamos que o cenário internacional vai desempenhar um papel-chave na performance das ações, desde que não haja disrupções na situação fiscal do Brasil”, escrevem os analistas do Santander.
Outro ponto positivo apontado pelo banco foram os resultados do 2T24, considerados bons. As empresas seguem otimistas para o resto do ano, o que pode ser um driver positivo para as ações brasileiras, ainda de acordo com o banco.
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