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Julia Wiltgen

Julia Wiltgen

Jornalista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com pós-graduação em Finanças Corporativas e Investment Banking pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Trabalhou com produção de reportagem na TV Globo e foi editora de finanças pessoais de Exame.com, na Editora Abril. Hoje é editora-chefe do Seu Dinheiro.

Balanço do mês

Ouro e dólar foram os melhores investimentos de abril, que viu queda nas bolsas e títulos públicos; bitcoin recuou no mês do halving

Tensões geopolíticas e alta dos juros futuros, motivada por temores com a política monetária americana, derrubaram maior parte dos ativos de risco

Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
2 de maio de 2024
6:54 - atualizado às 15:43
Dólar e ouro
Imagem: Shutterstock

O mês de abril não foi nada fácil para as bolsas, nem no Brasil, nem no resto do mundo. Os ativos de risco sofreram, e mesmo o bitcoin, que vinha numa toada positiva no ano, fechou o mês em baixa. Mas, enquanto uns choram, outros vendem lenços, e os melhores investimentos do mês foram justamente as proteções nos tempos difíceis: o ouro e o dólar.

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Em abril, tensões geopolíticas e a alta dos juros futuros com temores em relação à política monetária americana derrubaram ações, fundos imobiliários e títulos públicos.

Tanto que alguns dos piores investimentos do ranking do Seu Dinheiro foram justamente os papéis do Tesouro Direto mais voláteis, os títulos Tesouro IPCA+ de prazos longos.

O Ibovespa fechou o mês em queda de 1,70%, aos 125.924 pontos, acompanhando as baixas nas bolsas americanas e europeias; e mesmo o Índice de Fundos Imobiliários (IFIX), que vinha apresentando um bom desempenho no ano, desta vez fechou em queda de 0,77%.

Os juros futuros mais altos e a força exibida pela economia americana impulsionaram o dólar mesmo ante divisas fortes. Frente ao real, a moeda americana se valorizou 3,53%, fechando a R$ 5,19, na cotação à vista, e R$ 5,17, na PTAX.

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Já o ouro continuou sua trajetória de valorização diante de um momentâneo recrudescimento do conflito no Oriente Médio e das compras pelos bancos centrais do mundo, fechando em alta de 6,74% (na cotação do ETF brasileiro GOLD11) e sagrando-se o campeão do mês.

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Na lanterna do ranking, porém, não foram nem os títulos públicos nem os ativos de bolsa que levaram o título de pior investimento do mês. Após um primeiro trimestre fortíssimo, este lugar foi ocupado pelo bitcoin, que caiu mais de 10% em reais em pleno mês do tão esperado halving.

Veja a lista completa dos melhores e piores investimentos do mês:

Os melhores investimentos de abril

InvestimentoRentabilidade no mêsRentabilidade no ano
Ouro (GOLD11)6,74%18,24%
Dólar à vista3,53%6,98%
Dólar PTAX3,53%6,84%
Tesouro Selic 20270,89%3,59%
CDI0,89%3,54%
Tesouro Selic 20290,86%3,67%
Poupança antiga**0,61%2,31%
Poupança nova**0,61%2,31%
Índice de Debêntures Anbima Geral (IDA - Geral)*0,17%3,88%
IFIX-0,77%2,12%
Tesouro Prefixado 2027-0,89%-
Tesouro IPCA+ 2029-1,68%-1,45%
Ibovespa-1,70%-6,16%
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2035-2,27%-3,24%
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2040-2,80%-4,06%
Tesouro IPCA+ 2035-3,15%-5,48%
Tesouro Prefixado com Juros Semestrais 2035-3,43%-
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2055-3,47%-5,95%
Tesouro Prefixado 2031-3,61%-
Tesouro IPCA+ 2045-4,49%-8,31%
Bitcoin-11,86%53,48%
(*) Até dia 29/04. (**) Poupança com aniversário no dia 26.
Todos os desempenhos estão cotados em real. A rentabilidade dos títulos públicos considera o preço de compra na manhã da data inicial e o preço de venda na manhã da data final, conforme cálculo do Tesouro Direto.
Fontes: Banco Central, Anbima, Tesouro Direto, Broadcast e Coinbase, Inc..

Preço do ouro atingiu pico em ataque do Irã, mas reverteu alta

A primeira quinzena de abril foi marcada por uma escalada das tensões no Oriente Médio, que culminaram com um ataque de Irã a Israel.

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O envolvimento direto dos iranianos no conflito era algo muito temido pelos mercados e foi um dos fatores que ajudaram no fortalecimento do ouro, um ativo que tende a funcionar como proteção contra o risco geopolítico.

Mas o impacto do ataque nos preços dos ativos de risco foi limitado, pois tratou-se mais de uma demonstração de força, uma ofensiva praticamente sem vítimas e sem escalada posterior.

Tanto que, desde então, os preços do ouro entraram numa trajetória de queda, embora não o suficiente para minar o bom desempenho do metal no mês.

Mas a valorização da commodity neste início de ano não se deve apenas ao risco geopolítico no mundo; um dos grandes motores dos seus preços é a compra movida por bancos centrais, notadamente o da China, que buscam se proteger contra a dominância do dólar nas relações comerciais e financeiras internacionais.

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Juros altos nos EUA penalizaram os ativos de risco

O que realmente impactou negativamente os mercados globais – e a bolsa brasileira – foi um aumento dos temores de juros altos por mais tempo nos Estados Unidos depois que dados de atividade econômica e inflação fortes surpreenderam os investidores em abril.

Com isso, as expectativas de início de corte de juros pelo Federal Reserve foram empurradas ainda mais para frente, e agora se concentram majoritariamente no fim do ano. Há no mercado quem tenha passado a esperar somente um corte de 0,25 ponto percentual neste ano.

Tais temores levaram os juros dos títulos do Tesouro americano (Treasurys) para cima, elevando também os juros futuros por aqui, e derrubando ações, fundos imobiliários e títulos públicos prefixados e indexados à inflação, que se desvalorizam quando as estimativas para as taxas sobem.

Ao mesmo tempo, o dólar se fortaleceu, com a perspectiva de que a remuneração dos Treasurys permanecerá atrativa ainda por um bom tempo.

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A alta dos juros futuros no Brasil contou ainda com um empurrãozinho doméstico: o anúncio, por parte do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de que a meta fiscal de 2025 não será de superávit, como era esperado, mas sim de déficit zero.

Tal previsão foi mal vista pelo mercado, pois abala a confiança no arcabouço fiscal do governo Lula, elevando o risco-país.

Todos esses fatores de pressão nos juros levaram as instituições financeiras a também revisarem para cima suas perspectivas para a Selic no fim do ano e no final do ciclo de cortes.

Ações com os melhores desempenhos do Ibovespa em abril

EmpresaCódigoDesempenho no mês
Petrobras ONPETR318,66%
Petrobras PNPETR415,60%
IRBIRBR313,73%
JBSJBSS39,02%
PetzPETZ38,28%
ValeVALE34,04%
WegWEGE33,53%
BRFBRFS33,43%
CieloCIEL33,15%
CemigCMIG43,06%
Fonte: B3/Broadcast

Ações com os piores desempenhos do Ibovespa em abril

EmpresaCódigoDesempenho no mês
CVCCVCB3-30,69%
AzulAZUL4-25,23%
Magazine LuizaMGLU3-24,44%
LWSALWSA3-21,23%
Grupo SomaSOMA3-20,24%
BraskemBRKM5-19,39%
ArezzoARZZ3-19,22%
UsiminasUSIM5-18,29%
CarrefourCRFB3-18,05%
YduqsYDUQ3-17,99%
Fonte: B3/Broadcast

Bitcoin reverte movimento brilhante

Até o fim de março, o bitcoin havia acumulado uma valorização de 73% em reais no ano, motivado pelo apetite dos investidores institucionais depois que os ETFs à vista de bitcoin foram liberados nos Estados Unidos. Mas em abril, esse entusiasmo arrefeceu com o aumento da aversão a risco no mundo.

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Outro suposto motivo da alta no primeiro trimestre era a perspectiva com o halving, evento que tende a reduzir a oferta de bitcoins no mercado ao diminuir a recompensa dos mineradores da criptomoeda, o que tende a impulsionar seus preços.

Mas, em abril, mês em que ocorreu o halving, o evento em si teve pouco efeito sobre o preço do bitcoin.

VEJA TAMBÉM: O choque de realidade de CAMPOS NETO: como ficam BOLSA e RENDA FIXA? I PODCAST TOUROS E URSOS

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