Bitcoin, ouro e fundos imobiliários são os melhores investimentos de março; veja o ranking completo
Ibovespa fecha em queda novamente e títulos públicos indexados à inflação de prazos mais longos ficam na lanterna
O bitcoin, o ouro e os fundos imobiliários foram os melhores investimentos de março e também os únicos a fecharem o mês com desempenho acima do CDI.
Em mais um mês de alta nos juros futuros, com queda da bolsa brasileira e também dos títulos públicos prefixados e indexados à inflação, as debêntures, os títulos públicos atrelados à taxa básica de juros (Tesouro Selic) e o dólar também terminaram com desempenho positivo.
O bitcoin subiu 16,82% em reais, acumulando uma alta já superior a 70% no primeiro trimestre do ano. Já o ouro, na medição da variação do ETF brasileiro GOLD11, subiu 9,53%.
Finalmente, o Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) avançou 1,43%, na contramão das ações e contrariando o movimento de alta nos juros futuros.
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Entre os títulos públicos, apenas o Tesouro Prefixado com vencimento em 2027, o mais curto desse tipo oferecido no Tesouro Direto atualmente, conseguiu fechar em alta, com uma valorização de 0,20%.
Todos os demais ficaram no vermelho, com o pódio negativo ocupado por alguns dos títulos mais longos indexados à inflação.
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O Ibovespa, por sua vez, amargou mais um mês de queda e fechou em baixa de 0,71%, aos 128.106 pontos. Veja o ranking completo dos melhores e piores investimentos do mês a seguir:
Os melhores investimentos de março
| Investimento | Rentabilidade no mês | Rentabilidade no ano |
| Bitcoin | 16,82% | 73,15% |
| Ouro (GOLD11) | 9,53% | 10,78% |
| IFIX | 1,43% | 2,92% |
| CDI* | 0,92% | 2,58% |
| Tesouro Selic 2029 | 0,91% | 2,74% |
| Índice de Debêntures Anbima Geral (IDA - Geral)* | 0,90% | 3,70% |
| Tesouro Selic 2027 | 0,87% | 2,73% |
| Dólar à vista | 0,86% | 3,34% |
| Poupança antiga** | 0,56% | 1,68% |
| Poupança nova** | 0,56% | 1,68% |
| Dólar PTAX | 0,27% | 3,21% |
| Tesouro Prefixado 2027 | 0,20% | - |
| Tesouro IPCA+ 2029 | -0,55% | -0,30% |
| Ibovespa | -0,71% | -4,53% |
| Tesouro Prefixado com Juros Semestrais 2035 | -0,79% | - |
| Tesouro Prefixado 2031 | -0,95% | - |
| Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2035 | -1,33% | -1,83% |
| Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2040 | -1,96% | -2,55% |
| Tesouro IPCA+ 2035 | -2,17% | -3,52% |
| Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2055 | -2,73% | -3,75% |
| Tesouro IPCA+ 2045 | -4,40% | -5,88% |
Todos os desempenhos estão cotados em real. A rentabilidade dos títulos públicos considera o preço de compra na manhã da data inicial e o preço de venda na manhã da data final, conforme cálculo do Tesouro Direto.
Fontes: Banco Central, Anbima, Tesouro Direto, Broadcast e Coinbase, Inc..
Bitcoin e ouro na dianteira
O bitcoin deu continuidade ao seu movimento de alta em março, impulsionado pelas aquisições por parte dos investidores institucionais após a aprovação dos ETFs de bitcoin à vista nos Estados Unidos.
Tanto a criptomoeda quanto o ouro, porém, também são beneficiados por uma mesma dinâmica: a perspectiva de queda de juros nos EUA. O metal precioso, aliás, atingiu uma nova máxima histórica em março.
Neste mês, o mercado se animou pelo fato de que, na sua decisão de juros, o Federal Reserve, banco central americano, reafirmou que faria três cortes nas taxas neste ano.
- Leia também: Corrida do ouro e do bitcoin levou a novos picos históricos, mas até onde vai o fôlego dessa tendência?
Em busca dos melhores investimentos isentos de IR
O mercado brasileiro se vê sob o efeito de um forte movimento técnico depois que o governo mudou algumas regras para os investimentos do ano passado para cá.
O aperto nas regras de tributação de fundos exclusivos e a restrição de emissões ou prazos de títulos de renda fixa isentos de imposto de renda (LCI, LCA, CRI e CRA) fizeram com que um grande fluxo de recursos saísse em busca de outros ativos isentos cujas regras ainda não tivessem sido modificadas.
Com isso, houve uma grande migração de recursos para debêntures incentivadas e fundos imobiliários, cujos rendimentos são normalmente isentos de IR para as pessoas físicas. Estes últimos também passam por uma forte recuperação com a melhoria das perspectivas econômicas e expectativa de queda na Selic.
Mesmo debêntures não incentivadas (portanto, tributadas) atraíram recursos, uma vez que tendem a pagar mais do que os títulos públicos de mesmo prazo.
Como resultado, temos visto a valorização de debêntures e FIIs, enquanto os títulos públicos prefixados e indexados à inflação ficaram em segundo plano na visão dos investidores, uma vez que sofrem a incidência de tributação.
Banco Central mais duro e risco político e fiscal
Mas também há razões macroeconômicas que pesam sobre esses papéis, bem como sobre as ações.
Se por um lado o Fed reforçou que vai efetuar três cortes de juros neste ano, o que animou o mercado, por outro os investidores adiaram ainda mais as expectativas para o início do afrouxamento monetário, para junho ou até para o segundo semestre.
Já na decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) feita neste mês o tom foi mais duro do que o esperado. Apesar de ter cortado a Selic em mais 0,50 ponto percentual, o BC disse que espera mais um corte de mesma magnitude, no singular, na próxima reunião.
Ao tirar o plural do seu comunicado, o BC deixou a porta aberta para cortes de menor magnitude nas reuniões seguintes, evidenciando que está de olho na inflação e, portanto, colocando um pé no freio.
Os dados de inflação mais recentes, aliás, mostraram pressão sobre os preços, evidenciando que a cautela do BC brasileiro não é injustificada.
O risco fiscal também continua no radar, o que faz com que os juros de longo prazo não consigam ceder enquanto o resto do mundo tiver juros altos.
Do ponto de vista microeconômico, um fator que também pesa sobre o Ibovespa é o risco de interferência do governo nas empresas brasileiras com grande peso no índice.
Em março, chamou muito a atenção dos investidores a retenção dos dividendos extraordinários pela Petrobras, defendido pelo governo, o que fez as ações ordinárias da estatal (PETR3) fecharem em baixa de 7,13%, um dos piores desempenhos do Ibovespa no mês.
As maiores altas do Ibovespa em março
| Empresa | Código | Desempenho no mês |
| Embraer | EMBR3 | 36,35% |
| Braskem | BRKM5 | 25,48% |
| 3R Petroleum | RRRP3 | 18,03% |
| Natura &Co | NTCO3 | 13,96% |
| Suzano | SUZB3 | 13,54% |
| Carrefour/Atacadão | CRFB3 | 12,74% |
| Klabin | KLBN11 | 11,92% |
| PRIO | PRIO3 | 11,51% |
| São Martinho | SMTO3 | 9,65% |
| Grupo Soma | SOMA3 | 8,71% |
As maiores quedas do Ibovespa em março
| Empresa | Código | Desempenho no mês |
| Pão de Açúcar | PCAR3 | -26,55% |
| Grupo Casas Bahia | BHIA3 | -25,00% |
| Magazine Luiza | MGLU3 | -15,49% |
| CVC | CVCB3 | -13,43% |
| CSN Mineração | CMIN3 | -12,69% |
| Yduqs | YDUQ3 | -11,05% |
| Usiminas | USIM5 | -9,58% |
| Totvs | TOTS3 | -7,53% |
| Petrobras ON | PETR3 | -7,13% |
| Telefônica (Vivo) | VIVT3 | -7,12% |
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