Inflação acelera em maio e agora é improvável que o Copom volte a cortar os juros tão cedo
A inflação acelerou a +0,46% na passagem de abril para maio; no acumulado em 12 meses, o IPCA subiu depois de sete meses seguidos de desaceleração

“Não se afobe, não, que nada é pra já”, poderia cantar Roberto Campos Neto para Fernando Haddad depois de ver os números da inflação de maio.
Os versos de Chico Buarque ilustram a frustração de quem ainda vivia a expectativa de ver o Comitê de Política Monetário (Copom) do Banco Central (BC) cortar os juros na semana que vem.
O golpe fatal veio do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (11).
A inflação oficial voltou a acelerar em maio e analistas agora avaliam que o Copom vai manter os juros por algum tempo em 10,50% ao ano antes de pensar em novos cortes.
- As melhores recomendações da Empiricus na palma da sua mão: casa de análise liberou mais de 100 relatórios gratuitos; acesse aqui
Como veio a inflação de maio
Antes de falar sobre as perspectivas para os juros, vamos aos dados.
A inflação medida pelo IPCA acelerou de +0,38% para +0,46% na passagem de abril para maio, na comparação mensal.
Leia Também
Super Quarta vem aí: corte de juros nos EUA abre espaço para o Copom cortar a Selic?
Por que a Cogna (COGN3) quer fechar o capital da Vasta e tirar as ações da subsidiária de Wall Street
No acumulado em 12 meses, a inflação oficial acelerou de +3,69% para +3,93% no mesmo intervalo. Isso ocorre depois de sete meses seguidos de desaceleração.
Além de acelerar, a inflação ficou acima das estimativas dos analistas consultados pelo Broadcast, de +0,40% no mês e de +3,87% em 12 meses.
Parte dessa reaceleração pode ser atribuída à base de comparação mais fraca em relação ao mesmo período em 2023.
“Entretanto, também se observa aceleração nos núcleos, que saiu de 0,26% em abril para 0,39% em maio”, disse André Valério, economista sênior do Inter.
Para ver os números completos da inflação em maio, clique aqui.
Como a inflação afeta os juros
O controle da inflação é o principal objetivo do Copom.
Até abril, embora a duras penas, a autoridade monetária vinha conseguindo trazer a inflação para mais perto do centro da meta (3% ao ano).
Mesmo com os juros ainda na casa de dois dígitos, porém, a atividade econômica segue forte e pressiona os preços.
Para os próximos meses, porém, a expectativa é de que os impactos da catástrofe climática no Rio Grande do Sul sejam refletidos nos preços dos alimentos de maneira cada vez mais abrangente.
Agora em maio, a inflação mensal em Porto Alegre saltou para +0,87% no IPCA e para +0,95% no INPC.
Para Valério, a inflação tende a seguir pressionada nos próximos meses e chegará ao fim do ano não muito longe dos níveis de maio, em torno de 4%, mas ainda abaixo do teto de meta (4,5%).
Copom vai parar de cortar os juros?
Por enquanto, o mais provável é que sim.
Até o IPCA de maio, ainda havia alguma expectativa de que o Copom poderia promover mais um corte de 0,25 ponto porcentual na taxa Selic na reunião de 19 de junho antes de interromper o alívio monetário.
Agora, porém, essa expectativa — que já era baixa — é praticamente nula.
Valério acredita que o Copom manterá a taxa básica de juros nos atuais 10,50% ao ano na reunião da semana que vem. Vale observar que essa leitura é quase unânime no mercado no momento.
Na opinião do economista do Inter, o espaço para novos cortes deve surgir apenas perto do fim de 2024 — ou talvez em 2025.
Supersemana na agenda econômica: decisões de juros nos EUA, no Brasil, no Reino Unido e no Japão são destaques junto com indicadores
A semana conta ainda com a publicação da balança comercial mensal da zona do euro e do Japão, fluxo cambial do Brasil, IBC-Br e muitos outros indicadores
Professores já podem se cadastrar para emitir a Carteira Nacional de Docente
Carteira Nacional de Docente começará a ser emitida em outubro e promete ampliar acesso a vantagens para docentes
O homem mais rico do Brasil não vive no país desde criança e foi expulso da empresa que fundou; conheça Eduardo Saverin
Expulso do Facebook por Mark Zuckerberg, Eduardo Saverin transformou sua fatia mínima na empresa em bilhões e hoje é o brasileiro mais rico do mundo.
Polícia Federal prende 8 suspeitos de ataque hacker durante tentativa para invadir o sistema de Pix da Caixa Econômica Federal
As prisões em flagrante foram convertidas em preventivas e os suspeitos poderão responder pelos crimes de organização criminosa
Tamagotchi: clássico dos anos 1990 ganha nova versão e volta a fazer sucesso
Impulsionado por revival de adultos que cresceram nos anos 1990, Tamagotchi ultrapassa a marca de 100 milhões de unidades vendidas
Moody’s teme reversão de lista de isenção dos EUA ao Brasil após condenação de Bolsonaro
Em agosto, o presidente dos EUA, Donald Trump, promoveu um “tarifaço” contra produtos brasileiros, porém, 694 produtos que ficaram de fora da lista
Copa do Brasil 2025: por que Vasco e Fluminense faturaram até agora mais dinheiro que Corinthians e Cruzeiro mesmo com todos classificados para as semifinais
Apesar de estarem na mesma fase da Copa do Brasil, a dupla carioca percorreu um caminho diferente dos outros dois semifinalistas
A felicidade durou pouco: Elon Musk desbanca Larry Ellison e retoma o trono de homem mais rico do mundo
A disputa pelo topo da lista dos mais ricos continua acirrada: Elon Musk retomou a liderança como o homem mais rico do mundo, com uma fortuna de US$ 399 bilhões
Lotofácil e Dia de Sorte têm bolas divididas e deixam 4 apostadores no meio do caminho rumo ao primeiro milhão
Enquanto a Lotofácil e a Dia de Sorte tiveram dois ganhadores cada, a Quina e a Timemania acumularam na noite de quinta-feira
Mega-Sena sai pela primeira vez em setembro e paga quase R$ 54 milhões a dono ou dona de aposta simples
Depois de sair três vez em agosto, a faixa principal da Mega-Sena tem seu primeiro ganhador em setembro; ele ou ela tem agora 90 dias para reivindicar o prêmio
Banco Central amplia regras de segurança e proíbe bancos de efetuar pagamentos para contas suspeitas de fraude
A nova norma vem na esteira de uma série de medidas da autarquia para aumentar a segurança das transações financeiras
Bebidas com cannabis: como a criatividade brasileira desafia as barreiras de um mercado bilionário?
Enquanto o mercado global de bebidas com THC e CBD movimenta bilhões, a indústria brasileira inova com criatividade, testando os limites da lei e preparando o terreno para uma futura legalização
Entre a simplicidade e a teimosia, Lotofácil 3483 tem 4 ganhadores, mas ninguém fica muito perto do primeiro milhão
Assim como aconteceu na segunda e na terça-feira, a Lotofácil foi a única loteria a ter vencedores na faixa principal ontem
O trono de homem mais rico do mundo tem um novo dono: Larry Ellison, cofundador da Oracle, ultrapassa Elon Musk
Salto nas ações da Oracle e projeções otimistas para a nuvem transformam Larry Ellison no novo homem mais rico do planeta, desbancando Elon Musk
Fux rejeita condenação de Bolsonaro por organização criminosa e dá início ao julgamento de outros crimes
O voto do Ministro ainda está em andamento,
Mais de 48 milhões de brasileiros ainda têm dinheiro esquecido nos bancos; veja se você é um deles
Sistema de Valores a Receber do Banco Central já devolveu R$ 11,3 bilhões, mas ainda há R$ 10,7 bilhões disponíveis para saque
O que é a “cláusula da desgraça” que faz influencers lucrarem com as perdas de seus seguidores nas bets
A cada real perdido por seguidores, influencers recebem comissão das casas de apostas
Trabalho presencial, home-office total ou regime híbrido? Demissões no Itaú colocam lenha no debate
As demissões no Itaú tiveram como justificativa a alegação de inatividade dos colaboradores durante o home office
Mega-Sena 2912 acumula, mas Lotofácil 3482 deixa mais duas pessoas mais próximas do primeiro milhão
Assim como aconteceu na segunda-feira, a Lotofácil foi a única loteria a ter vencedores na faixa principal ontem; além da Mega-Sena, a Quina, a Dia de Sorte e a Timemania também acumularam
Fitch projeta novo cenário de crédito no Brasil com o Pix parcelado; saiba quem ganha e quem perde com isso
Agência de classificação de risco prevê que o modelo vai remodelar pagamentos e aumentar a concorrência com os cartões de crédito no Brasil; Banco Central deve liberar nova modalidade ainda em setembro