‘Crise de depreciação’ do real tem dois ‘vilões’, segundo o BIS – mas a moeda brasileira não é a única a perder para o dólar
O ‘banco central dos bancos centrais’ defende que as incertezas na economia dos Estados Unidos impactaram os ativos financeiros de países emergentes nos últimos meses

Os últimos meses não foram nada “simpáticos” para o real. Em relação ao dólar, a moeda brasileira já desvalorizou 12,6% desde o início do ano. De janeiro até esta segunda-feira (16), a cotação da moeda norte-americana saltou de R$ 4,85 para R$ 5,53.
Segundo o relatório Revisão Trimestral de setembro do BIS (Banco de Compensações Internacionais, em português), o movimento é uma “crise de depreciação” causada pela diminuição do apetite ao risco entre o final de julho e o começo de agosto.
Os principais culpados para as oscilações intensas foram um mix de “crises de volatilidade” e as incertezas sobre as perspectivas da economia dos Estados Unidos.
Afinal, no início do último mês, os mercados passaram por um cenário de pânico em meio às notícias sobre o mercado de trabalho americano e o receio de recessão na maior potência econômica global
Mas o real não é o único que vem sofrendo pressão com os receios macroeconômicos. Considerado o “banco central dos bancos centrais”, o BIS destaca que outras moedas emergentes, principalmente da América Latina, foram impactadas por esse movimento. O peso do México, por exemplo, já desvalorizou 12,3% em 2024. É quase a mesma proporção da depreciação do real em relação ao dólar.
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Países emergentes estão resistindo às turbulências dos últimos meses?
Além do impacto cambial das turbulências dos EUA, outra consequência foi a pressão sobre as bolsas de valores dos países emergentes.
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O índice MSCI Asia Pacific, por exemplo, que reúne ações de empresas de países asiáticos como a China, Japão, Índia e Tailândia, registrou queda expressiva no início de agosto com os receios sobre os Estados Unidos.
As ações listadas no México e na China também sofreram impactos negativos devido à desaceleração econômica dos dois países, aliada ao cenário de aversão ao risco global.
No entanto, apesar das dificuldades dos mercados internacionais, os países emergentes conseguiram resistir às turbulências dos últimos meses, segundo o BIS.
A expectativa de redução dos juros americanos – esperada para a próxima decisão do Fed, na Super Quarta (18) –, além do ciclo de corte de juros iniciado pelo Banco Central Europeu em junho, têm ajudado os bancos centrais de mercados emergentes a reduzirem os juros e gerado leve recuperação das moedas em relação ao dólar.
Brasil é um caso à parte
Porém, enquanto outros países emergentes já enxergam espaço para a recuperação, o cenário é diferente na economia brasileira.
Segundo o BIS, os desafios macroeconômicos foram intensificados por problemas domésticos em alguns países, como é o caso do Brasil.
Na contramão dos “pares”, a expectativa é de que o país tenha que elevar a taxa Selic em meio ao forte crescimento da economia e ao descontrole da inflação.
Para a próxima decisão do Copom, que acontecerá no próximo dia 18 junto à reunião do Fed na Super Quarta, a principal estimativa do mercado é de que a taxa básica de juros suba 0,25 ponto percentual, para 10,75% ao ano.
Além disso, o mercado espera que o câmbio continue sendo um fator de preocupação na economia brasileira.
O relatório Focus mais recente mostra que a relação dólar-real deve continuar desfavorável e pode encerrar 2024 em R$ 5,40, contra os R$ 5,35 esperados na última semana.
*Com informações de Estadão Conteúdo
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