Campos Neto fala que o Brasil precisa de ‘choque’ na política fiscal para voltar a atrair investimentos e reduzir prêmio de risco da bolsa
Em evento do Itaú em Washington, diretor do Banco Central também fala sobre meta de inflação e dá pistas sobre o futuro após ‘passar o bastão’ para Gabriel Galípolo em 2025
O Brasil precisa inspirar confiança no mercado e reverter o pessimismo que paira sobre a política fiscal e, consequentemente, sobre a bolsa. Esta é “recomendação” de Roberto Campos Neto, diretor do Banco Central. "Precisamos de notícias que produzam um choque positivo para reverter o prêmio de risco, que cresceu nas últimas semanas”, disse.
Em evento promovido pelo Itaú, em Washington (EUA), o diretor adiantou que o governo deve anunciar novas medidas após as eleições.
Estes ajustes serão muito bem-vindos, na visão do membro do BC, para reduzir o prêmio de risco associado ao investimento em ativos de risco no Brasil e para que o mercado volte a acreditar na convergência da dívida. Campos Neto ainda relembrou que toda vez que o país conseguiu cortar os juros e mantê-los baixos, houve um “choque fiscal positivo”.
- 25 pagamentos extra em 2024? Grupo de brasileiros estão obtendo renda extra todos os meses; veja como ter a chance de receber também
No entanto, ele reforçou que não é trabalho do BC combater a precificação do mercado. "Nós devemos tentar entender a informação dos preços, e acho que, olhando para a ponta longa, o preço não parece compatível com os fundamentos", afirmou.
Banco Central não vai ‘desistir’ da meta de inflação
O diretor do BC também reiterou que a autoridade monetária vai seguir buscando a meta de inflação e que está “procurando uma forma” de fazer isso. Mesmo com a inflação mais baixa, ele não considera que o jogo está ganho, já que a meta perseguida pelo BC também é menor.
"Não acho que esteja tudo bem porque a inflação está menor do que a média histórica. Nosso trabalho é fazer a inflação convergir para a meta", comentou.
Leia Também
RUMO À GLÓRIA (E PREMIAÇÃO) ETERNAFinal da Libertadores 2025: Por que uma vitória do Palmeiras vai render mais dinheiro do que se o Flamengo levar a taça
O presidente do BC disse, mais uma vez, que os bancos centrais podem cometer dois erros: subir demais, ou não subir os juros o suficiente.
Ele salientou, porém, que há consenso de que bancos centrais de mercados emergentes não podem errar por fazer pouco, dado o histórico inflacionário. "Para o Brasil, o custo de fazer muito pouco é maior do que o de fazer demais."
BC não é ‘dominado’ pelo fiscal
Para Campos Neto, não há um cenário de “dominância fiscal” no Brasil, em que seria impossível elevar os juros, devido ao impacto negativo sobre as contas públicas.
Ele também negou que a política fiscal seja incompatível com uma meta de inflação de 3%.
"O que eu vejo, e eu estou aqui há seis anos, é que por um longo tempo, quando nós anunciávamos a meta de inflação, a inflação esperada convergia rapidamente à meta", ele disse. "Quando anunciamos a mudança de 3,25% para 3%, demorou duas semanas para convergir. Mas o governo mudou e começou a falar de mudar a meta, a desafiar o BC. Então, houve incerteza sobre a meta."
Reforçando a posição data dependent (baseada em dados), Campos Neto observou que, diante de muitas incertezas, é preciso aguardar como o cenário vai se desenvolver. Ele frisou, contudo, que o BC tem buscado ser transparente, abrindo modelos e dados ao mercado, ao mesmo tempo em que leva em conta as expectativas de inflação do mercado nas decisões de política monetária.
O presidente da autoridade monetária destacou que o Brasil é o único país com aumentos de juros precificados na curva. Durante o evento em Washington, o banqueiro central observou que muitos países estão na direção contrária, com o mercado antecipando o afrouxamento da política monetária.
Ele ponderou que o comportamento dos juros no mundo vai depender muito do que será feito nos Estados Unidos, onde o Federal Reserve também começou a reduzir suas taxas.
Qual será o futuro de Campos Neto após sair do Banco Central? Futuro após deixar a diretora do BC
Ao terminar o mandato na presidência da autoridade monetária, Roberto Campos Neto afirmou que deve migrar para a área de tecnologia e finanças. “Há muitas especulações sobre o que eu vou fazer em 2025, nenhuma é verdadeira”, disse.
"Eu sei que vou tirar um mês de férias e, então, vou ver que tipo de trabalho consigo”. Ele negou ter quaisquer outros planos para o próximo ano.
* Com informações do Estadão Conteúdo.
O que diz o projeto do devedor contumaz de impostos que tramita no Congresso? Entenda ponto a ponto
O objetivo da Receita Federal é punir empresários que abrem empresas apenas com o intuito de não pagar impostos
Concurso SEFAZ SP 2025: edital para Auditor Fiscal é publicado — 200 vagas e salário inicial de R$ 21,1 mil
Concurso público Sefaz SP oferece 200 vagas para Auditor Fiscal, com salários iniciais de R$ 21,1 mil e provas marcadas para fevereiro e março de 2026
Quanto vale hoje a mansão abandonada de Silvio Santos? Mais do que você imagina
Antigo refúgio da família Abravanel em Mairiporã, imóvel com deck na Represa da Cantareira, piscina, spa e casa de hóspedes ressurge reformado após anos de abandono
Como funcionava o esquema do Grupo Refit, maior devedor de impostos do país, segundo a Receita Federal
Antiga Refinaria de Manguinhos foi alvo da Operação Poço de Lobato, acusada de um sofisticado esquema de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro no setor de combustíveis
Essa cidade brasileira é a terceira maior do mundo, supera Portugal e Israel e tem mais cabeças de gado do que gente
Maior município do Brasil, Altamira supera o território de mais de 100 países e enfrenta desafios sociais, baixa densidade populacional e alta violência
Grupo Refit é alvo de megaoperação, com mandados contra 190 suspeitos; prejuízo é de R$ 26 bilhões aos cofres públicos
Os alvos da operação são suspeitos de integrarem uma organização criminosa e de praticarem crimes contra a ordem econômica e tributária e lavagem de dinheiro
Até tu, Lotofácil? Loterias da Caixa acumulam no atacado e atenções se voltam para prêmio de R$ 53 milhões na Timemania
É raro, mas até a Lotofácil encalhou na noite de quarta-feira (26); Quina, +Milionária, Lotomania, Dupla Sena e Super Sete também acumularam
Gás do Povo entra em operação: veja onde o botijão gratuito já está sendo liberado
Primeiras recargas do Gás do Povo começaram nesta semana em dez capitais; programa deve alcançar 50 milhões de brasileiros até 2026
É dia de pagamento: Caixa libera Bolsa Família de novembro para NIS final 9
O pagamento do benefício ocorre entre os dias 14 e 28 deste mês e segue ordem definida pelo último número do NIS
Como é o foguete que o Brasil vai lançar em dezembro (se não atrasar de novo)
Primeira operação comercial no país vai levar ao espaço satélites brasileiros e tecnologias inéditas desenvolvidas por universidades e startups
Liquidação do Banco Master não traz risco sistêmico, avalia Comitê de Estabilidade Financeira do BC
A instituição do banqueiro Daniel Vorcaro cresceu emitindo certificados com remunerações muito acima da média do mercado e vinha enfrentando dificuldades nos últimos meses
Imposto de Renda: o que muda a partir de 2026 para quem ganha até R$ 5 mil e para a alta renda, a partir de R$ 50 mil por mês
Além da isenção para as faixas mais baixas, há uma taxa de até 10% para quem recebe acima de R$ 50 mil por mês
A cidade brasileira que é a capital nacional do arroz, tem a maior figueira do mundo — e é o lar do mais novo milionário da Mega-Sena
Cidade gaúcha une tradição agrícola, patrimônio histórico e curiosidades únicas — e agora entra no mapa das grandes premiações da Mega-Sena
Defesa de Vorcaro diz que venda do Banco Master e viagem a Dubai foram comunicadas ao BC
O banqueiro foi preso na semana anterior devido à Operação Compliance Zero da Polícia Federal, que investiga um esquema de emissão de títulos de crédito falsos
A proposta do FGC para impedir um novo caso ‘Banco Master’ sem precisar aumentar o colchão do fundo
Com maior resgate da história do FGC, o caso Banco Master acelera discussões sobre mudanças nas regras do fundo e transparência na venda de CDBs
Pagamentos do Bolsa Família e Gás do Povo chegam a beneficiários com NIS final 8 nesta quarta (26)
O pagamento do benefício ocorre entre os dias 14 e 28 deste mês e segue ordem definida pelo último número do NIS
Quanto vai ser o salário mínimo de 2026 e o que ainda falta para ele entrar em vigor
O novo piso salarial nacional para 2026 já foi proposto, mas ainda aguarda aprovação; saiba o que ainda falta
Mega-Sena paga prêmio de quase R$ 15 milhões na ‘capital nacional do arroz’; bola dividida deixa Lotofácil em segundo plano
Enquanto a Mega-Sena saiu para uma aposta simples, a Lotofácil premiou um total de 11 apostadores; as demais loterias da Caixa acumularam ontem (25).
2026 sem alívio: projeções do Itaú indicam juros altos, inflação resistente e dólar quase parado
Cenário deve repetir 2025, apesar de R$ 200 bilhões em impulsos fiscais que turbinam o PIB, mas mantêm pressão nos preços
Um problema para o sistema elétrico? Por que a Aneel quer cortar o excedente de energia renovável
Agência aprova plano emergencial para evitar instabilidade elétrica em a excesso de energia solar e eólica