Campos Neto dá adeus ao BC, mas antes deve acelerar a alta dos juros e Selic pode ficar acima dos 12% ao ano; confira as previsões para o Copom
A principal expectativa é por uma alta de 0,75 ponto percentual na taxa, mas os especialistas não descartam um desfecho alternativo e ainda mais restritivo para a reunião de hoje
Com o final do ano se aproximando, termina também a passagem de Roberto Campos Neto pela presidência do Banco Central. Mas, antes de deixar o volante do BC, Campos Neto conduzirá a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de 2024 nesta quarta-feira (11).
A expectativa é de que ele e seus diretores — incluindo o sucessor apontado pelo governo, Gabriel Galípolo — pisem no acelerador e aumentem novamente o ritmo do aperto na taxa básica de juros, a Selic.
“Se formou um consenso de que BC vai acelerar o passo para 0,75 ponto percentual. Esse parece ser um cenário até um pouco otimista hoje, pois existe uma chance para alguns de que ele vá até um pouco mais rápido”, diz Marianna de Oliveira Costa, economista-chefe da Mirae Asset, em entrevista ao Seu Dinheiro.
A economista diz que a taxa de juros final será mais elevada do que se imaginava quando o Copom iniciou o ciclo de alta, em setembro — a aposta dela é que a Selic alcance os 13,5% em maio.
Por isso, Costa está entre os que defendem um ajuste de 0,75 ponto percentual, o que elevaria a Selic para 12% ao ano.
A visão é compartilhada pelo BTG Pactual, que também aposta em um ajuste de 0,75 p.p. para hoje. Mas não descarta um desfecho alternativo e ainda mais restritivo para a reunião do Copom, com uma alta de 1 ponto percentual.
Leia Também
GP de São Paulo: veja onde assistir à corrida de Fórmula 1
O Itaú BBA, por outro lado, coloca o aperto maior já em seu cenário base e diz que a Selic deve subir para 12,25% hoje. O banco de investimentos acredita ainda na inclusão de um guidance para outro ajuste de igual magnitude na primeira reunião de 2025, marcada para 28 e 29 de janeiro.
“Tal decisão, unânime, seria justificada pela piora do cenário base e das projeções de inflação, com um balanço de riscos ainda assimétrico para cima, que levam à necessidade de avançar mais em território contracionista”, dizem os analistas do BBA.
Os vilões por trás da escalada da Selic
De acordo com a economista da Mirae, “faz sentido acelerar o passo” devido a uma conjunção de fatores que pressionam a inflação.
“O câmbio, sem dúvida nenhuma, é uma variável muito importante, além da política fiscal mais frouxa do que o anteriormente projetado e uma atividade econômica ainda bastante forte.”
Vale relembrar que o dólar ultrapassou o patamar dos R$ 6 pela primeira vez na história no final de novembro. E, desde então, tem renovado sucessivos recordes de fechamento — o caso mais recente foi na última segunda-feira (9), quando a moeda encerrou o dia no pico histórico de R$ 6,0829.
A escalada da divisa é atribuída justamente a outro fator citado pela economista: a política fiscal. Mais especificamente ao anúncio do pacote de corte de gastos do governo.
Amplamente aguardado pelo mercado, o combo de medidas divulgadas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em pronunciamento em rede nacional, foi considerado insuficiente para sanar problemas estruturais nas contas públicas.
Para piorar ainda mais a percepção de risco fiscal, o pacote de cortes veio acompanhado de uma medida com potencial de reduzir a arrecadação em bilhões: o aumento na faixa de isenção do Imposto de Renda para incluir quem ganha até R$ 5 mil por mês.
“Já que o país não teve um choque fiscal, terá que ter um choque monetário para controlar a inflação, que pode levar a Selic para o patamar de 14% novamente em 2025”, comenta Pedro Oliveira, tesoureiro do Paraná Banco Investimentos.
Projeções para a inflação voltam a subir
Além de renovar os recordes, a alta do dólar também deve influenciar os preços de diversos produtos, incluindo alimentos e bebidas. Esse quadro, por sua vez, deve se traduzir em mais pressão sob o já aquecido ambiente inflacionário.
Os especialistas já esperavam que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficasse acima do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para 2024, de 4,5%. Agora, as previsões indicam que o IPCA deve estourar a meta também em 2025.
De acordo com a última edição do Boletim Focus, publicado na última segunda-feira (9), a expectativa para o índice acumulado ao longo deste ano subiu para 4,84%, enquanto a projeção para o IPCA do ano que vem alcançou os 4,59%.
Ou seja, um dos primeiros atos do sucessor de Campos Neto à frente do BC deve ser explicar o estouro da meta.
O que fazer com os seus investimentos?
Enquanto Galípolo se prepara para escrever uma carta pública endereçada a Haddad e à ministra do Planejamento, Simone Tebet, para falar sobre a inflação, os investidores tentam ajustar as carteiras e blindar o portfólio em meio à volatilidade.
“Um cenário de alta de juros favorece mais o mercado de renda fixa e tem um impacto um pouco mais negativo para renda variável, porque a percepção é de que as empresas terão mais dificuldades olhando para o futuro”, diz Costa.
A economista destaca que isso não significa, porém, que não há oportunidades no mercado de ativos de risco.
“Pelo contrário, existem até setores que podem se beneficiar de uma alta de juros, então a renda variável pode ser interessante, mas ela será mais seletiva. É difícil bater essa renda fixa.”
Taxação de dividendos: Senado pode ampliar prazo de isenção de IR por mais alguns meses de 2026
O Senado deve debater a ampliação do prazo, estendendo-o de 1º de janeiro para 30 de abril de 2026
Bortoleto vs. Senna: o surpreendente número que coloca o novato à frente da lenda da Fórmula 1 — mas há uma pegadinha
Gabriel Bortoleto supera Ayrton Senna e se torna o brasileiro com mais pontos em uma temporada de estreia na Fórmula 1, mesmo ocupando as últimas posições do campeonato de 2025
Corrida decisiva da Fórmula 1 ocorre neste domingo e tem estreia de piloto brasileiro em Interlagos; saiba onde assistir
Autódromo de Interlagos vai ser palco (ou melhor: pista) da 21ª etapa da Fórmula 1 de 2025
Quatro apostas dividem a Lotofácil 3532 e ninguém fica milionário; Mega-Sena acumula e prêmio em jogo vai a R$ 55 milhões
Três ganhadores da Lotofácil 3532 vão embolsar o prêmio integral, de quase R$ 400 mil. O quarto bilhete premiado é um bolão com quatro participantes.
Onde investir em novembro? Nubank (ROXO34) estreia na carteira da Empiricus, que também recomenda uma big tech e um criptoativo
Confira as recomendações de novembro para ações, dividendos, fundos imobiliários, ações internacionais e criptomoedas
Câmara aprova ampliação da licença-paternidade, que pode chegar a 35 dias e ser parcelada; saiba como
Texto original que previa 60 dias de licença-paternidade foi derrubado por causa de preocupações com o fiscal
Operação “Fábrica de PIX”: Polícia Federal investiga fraude em sistema de casas lotéricas
Esquema causou prejuízo estimado em R$ 3,7 milhões por meio da simulação de pagamentos; PF reforça que fraude não envolve sorteios nem resultados de jogos
Lendário carro da primeira vitória de Ayrton Senna no Brasil pode ser seu: McLaren MP4/6 é colocada em leilão; só que o lance inicial é um pouco salgado
Carro da primeira vitória de Ayrton Senna no Brasil, pela Fórmula 1, guardado por quase 30 anos, será leiloado em Dubai por até R$ 80 milhões
Lotofácil 3531 tem 34 ganhadores, mas só 4 ficam milionários; Mega-Sena e Timemania podem pagar mais de R$ 40 milhões hoje
Dois ganhadores da Lotofácil vão embolsar R$ 2 milhões. Outros dois ficarão com pouco mais de R$ 1 milhão. Os demais terão direito a valores mais baixos, mas nem por isso desprezíveis.
Senado aprova isenção de imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil; texto segue para sanção de Lula
Compensação por meio da taxação de dividendos e dos “super-ricos” também passou, junto com alterações feitas na Câmara
Copom mantém Selic em 15% ao ano e não dá sinais de corte no curto prazo
Trata-se da terceira decisão de manutenção da taxa básica de juros e reforça expectativa do mercado de que o primeiro corte deve ficar para 2026
Primeiro piloto brasileiro a correr F1 em Interlagos desde Massa é ‘filho do dono’ e ganha quase R$ 1 milhão por mês para fazer o que gosta
Gabriel Bortoleto estreia no GP de São Paulo e quebra um jejum de oito anos sem pilotos brasileiros nesta etapa da Fórmula 1
Belém será a sétima capital do Brasil — e de uma delas é provável que você nunca tenha ouvido falar
A Constituição permite a transferência temporária da sede do governo; Belém será a próxima a ocupar o posto.
‘Torre de Babel’ saudita? Construção do ‘The Line’ é paralisada justamente pelo que buscava eliminar
Projetada para ser livre de combustíveis fósseis, a construção da cidade futurística, na Arábia Saudita, foi interrompida por não “compreender a língua” do preço do petróleo
Selic em 15% ao ano ainda vai longe, acredita Roberto Padovani, economista-chefe do BV
Para o economista, tem um indicador em específico que está no radar do BC e esse dado deve definir o destino dos juros básicos nos próximos meses
Lotofácil atola junto com Mega-Sena, Quina e outras loterias, mas hoje pode pagar mais até que a +Milionária
Prêmio acumulado na Mega-Sena vai a R$ 48 milhões, mas ela só volta à cena amanhã; Lotofácil pode pagar R$ 10 milhões nesta quarta-feira (5).
Na próxima reunião, o Copom corta: gestora projeta Selic em 14,5% ao fim deste ano e espera queda brusca em 2026
Gestora avalia que números da economia sustentam um primeiro corte e que política restritiva pode diminuir aos poucos e ainda levar inflação à meta
Gás do Povo já está valendo: veja como funciona o programa que substituiu o vale-gás
Gás do Povo, programa do governo federal que substitui o vale-gás, promete atender 15,5 milhões de famílias de baixa renda com distribuição gratuita de botijões
Banco do Brasil (BBAS3) oferece até 70% de desconto na compra de imóveis em todo o país
A nova campanha reúne mais de 150 imóveis urbanos disponíveis para leilão e venda direta, com condições especiais até 15 de dezembro
Curiosos ou compradores? Mansão de Robinho, à venda por R$ 11 milhões, ‘viraliza’ em site de imobiliária; confira a cobertura
No mercado há pelo menos seis meses, o imóvel é negociado por um valor acima da média, mas tem um motivo
