Por que o governo precisa escutar os ‘gritos’ da Faria Lima e cortar gastos, segundo este gestor
Gestores da Faria que cuidam do pouco que sobrou da poupança da população brasileira, segundo André Bannwart, do UBS
Da mesma forma que você não vê facilmente um surfista em um mar sem onda, economistas de análises fundamentalistas precisam das ondas econômicas para navegar nas incertezas do mundo financeiro. E é por meio delas que André Bannwart, head do UBS Evolution, se baseia para abrir sua posição comprada em câmbio.
“A gente continua acreditando que não tivemos um ponto final na gastança do governo, então é difícil falar onde o câmbio pode parar. Enquanto essa onda não parar de apontar esse mesmo cenário, não sairemos dessa posição”, afirmou ele, durante o evento Investment Managers Forum, promovido pelo UBS nesta segunda-feira (11), em São Paulo.
De acordo com ele, a chamada Faria Lima é formada por gestores de recursos que cuidam do pouco que sobrou da poupança da população brasileira. E a Faria Lima está gritando para o governo parar de gastar dinheiro. Do outro lado, o governo culpa os investidores pela pressão por não seguir com uma política expansionista da forma como gostaria.
“O Brasil tem um desafio danado, imenso nos próximos seis e nove meses. A política fiscal tem que conversar com a política monetária, um tem que reagir ao outro”, afirmou ele que, pouco antes, já havia dado sua opinião de que como país estamos há 30 anos usando a mesma modelagem econômica.
“Se a nossa carga tributária está chegando ao padrão europeu, chegamos no limite de pensar em uma nova estrutura [orçamentária], onde a eficiência governamental precisa de fato funcionar”.
UBS: retrovisor norteia o futuro
Bannwart explicou um pouco a maneira como ele aprendeu a ler o mercado e apontar direções para construções de carteiras. Ele começou a palestra falando de sua carreira e de como consolidou anos em tesouraria com as análises fundamentalistas que hoje são a essência da UBS.
Leia Também
Também destacou a importância de se basear em fatos, compará-los em espaços de tempo maiores para, assim, usar a história a seu favor no sentido de entender que o passado quase sempre pode apontar novas ondas.
“Consigo dizer de uma maneira simplista onde estará o preço dos ativos em seis, nove meses. Nos especializamos em estudar ciclos econômicos e é nessa habilidade que estamos nos perpetuamos há vários anos”, disse.
Ele lembrou das análises acertadas (e erradas) das leituras de ondas em cenários recentes, como o momento pré e pós-Covid. Até chegar ao momento atual que, segundo ele, no caso do Brasil, o problema maior, com o dispêndio dos gastos governamentais, não deve ser resolvido tão cedo, com base nos históricos do país.
“Tenho um certo ceticismo [com relação a grandes cortes de gastos serem realizados] porque penso que o Brasil vai continuar sendo Brasil”, afirmou. “Não há surpresa de que um corte virá, mas não sabemos de quanto, pode ser de 10% a 50%. Como sempre, o Brasil deve seguir o caminho do meio, de 30%”.
- Trump, 3T24 e dividendos: entenda a “mistura perfeita” que impulsionou as ações da Gerdau
O que será do Japão agora? Iene derrete após sinal de que governo ficará sem a maioria pela primeira vez em 15 anos
O resultado preliminar só aumenta a incerteza sobre a composição do governo da quarta maior economia do mundo e ainda coloca em risco os planos do Banco Central para os juros
É o fim do cartão pré-pago? Travelex Confidence, corretora de câmbio tradicional, lança conta em moeda estrangeira em parceria com a Wise
Antes focada na compra e venda de papel-moeda e na comercialização de cartões pré-pagos, casa de câmbio agora tem conta digital internacional, modelo que vem se popularizando no mercado, liderado por fintechs e bancos
Sem chance de virada para o real? Os três fatores que devem manter o dólar em alta até o fim de 2024, segundo o mercado
Para participantes do mercado, a pressão tende a elevar as projeções de câmbio para o fim de 2024 — ainda que possa haver um alívio em relação aos níveis atuais
Vai ter Disney? Dólar cai após BC começar o aperto da Selic, mas estes seis fatores devem determinar a trajetória do câmbio
Queda de juros nos EUA e estímulos chineses favorecem o real contra o dólar, mas risco fiscal e incerteza geopolítica pressionam as cotações; entenda
Em Nova York, Javier Milei promete eliminar controle cambial na Argentina — e abre brecha para um ataque especulativo contra o peso
Conforme o jornal Ámbito Financeiro, Milei argumentou que o cepo cambial poderá ser reduzido “sem nenhum problema” assim que a inflação induzida por capitais cair
‘Crise de depreciação’ do real tem dois ‘vilões’, segundo o BIS – mas a moeda brasileira não é a única a perder para o dólar
O ‘banco central dos bancos centrais’ defende que as incertezas na economia dos Estados Unidos impactaram os ativos financeiros de países emergentes nos últimos meses
Setembro finalmente chegou: Feriado nos EUA drena liquidez em início de semana com promessa de fortes emoções no Ibovespa
Agenda da semana tem PIB e balança comercial no Brasil; nos EUA, relatório mensal de emprego é o destaque, mas só sai na sexta
Vem mais intervenção aí? Dólar dispara pelo quinto dia seguido, Banco Central entra com leilões e Campos Neto diz o que pode acontecer agora
Além de fatores técnicos e da valorização da moeda norte-americana no exterior, um conjunto de questões locais colabora com a escalada da divisa em relação ao real
Em dia de caos na bolsa, Ibovespa consegue sustentar os 136 mil pontos e garante ganhos na semana; dólar sobe a R$ 5,6350
A queda do principal índice da bolsa brasileira acontece mesmo após dado crucial de inflação nos Estados Unidos vir em linha com as expectativas dos economistas; os percalços do mercado brasileiro são locais
“O Banco Central está com o dedo no gatilho”: a declaração da última hora de Campos Neto sobre o que pode acontecer com os juros e o dólar
O presidente do BC brasileiro contou, durante participação em evento nesta quarta-feira (28), que esteve perto de intervir no câmbio e diz que segue pronto para ajustar a política monetária se for necessário
Ibovespa nas alturas: quem patrocinou mais um recorde da bolsa hoje — e a ação que tirou proveito dessa alta; dólar acompanha ganhos a R$ 5,4928
Lá fora, o Dow Jones chegou a avançar mais de 200 pontos e renovou máxima intradiária e de fechamento; entre as commodities, o petróleo teve alta de mais de 3% com tensões no Oriente Médio e ajudou as ações da Petrobras
Seus dólares antigos podem ser recusados? Saiba o que fazer com as cédulas mais velhas que sobraram das viagens
Notas de dólar do tipo “cara grande” e “cara pequena” ainda têm valor e podem ser utilizadas, mas há relatos de recusas em estabelecimentos em casas de câmbio, diz gerente de rede de corretoras de câmbio
Campos Neto vai intervir no dólar? O que o presidente do BC disse sobre o câmbio após disparada da moeda a R$ 5,86 — e sobre um novo corte de juros
RCN afirmou que a autoridade monetária trabalha com a expectativa de desaceleração da economia dos Estados Unidos; saiba o que pode vir por aí
Dólar bate os R$ 5,86 na máxima do pregão e fecha no maior patamar em mais de dois anos em dia de pânico nos mercados
A disparada ocorre em meio à repercussão da alta de juros do banco central japonês e da desaceleração da economia dos EUA.
A hora de comprar libra é agora? Bancões enxergam espaço para mais valorização em relação ao dólar mesmo com corte de juros no horizonte
Depois de sucessivas turbulências políticas e econômicas, o Reino Unido caminha para a estabilidade e a libra já surge com uma das moedas de melhor desempenho no ano até agora
O que fez o dólar disparar de novo? Moeda norte-americana já sobe 16% em 2024 e beira às máximas dos últimos dois anos
A divisa encerrou a semana com avanço de 0,96%, o que leva os ganhos acumulados em julho a 1,25%
Dólar bate os R$ 5,58 e fecha no maior patamar em duas semanas; confira o gatilho da alta de quase 2%
Mais cedo, o ministro da Fazenda disse ter recebido o sinal verde de Lula para avançar em estudos de corte no Orçamento, mas falas da ministra do Planejamento impulsionaram a moeda
Não é só o ‘carry trade’: o banco central do Japão acaba de ganhar mais uma razão para defender o iene da alta do dólar
Diante do enfraquecimento do iene, o BoJ começou a intervir no mercado de câmbio na última sexta-feira
O detalhe do IBC-Br que pode ser fundamental para os seus investimentos
Índice considerado uma prévia do PIB registrou avanço de 0,25% em maio, levemente abaixo do resultado do mês anterior
Libertário Milei anuncia intervenção no câmbio em tentativa desesperada de frear alta do dólar na Argentina
Governo de Javier Milei pretende vender dólares no mercado paralelo a partir de segunda-feira para “esterilizar” emissão equivalente de pesos nas transações cambiais