Transformando um inimigo em aliado: Com influência de estímulos da China perto de limite, Ibovespa mira no IPCA-15
Analistas projetam aceleração da prévia da inflação em setembro em relação a agosto, mas desaceleração na leitura anual

O Ibovespa iniciou a semana interrompendo uma série de cinco quedas. O principal índice de ações da B3 avançou 1,2%, apoiado pelo anúncio de novas medidas de estímulo pela China.
Simultaneamente, a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) foi decisiva para a queda de 1,3% do dólar, que voltou à faixa dos R$ 5,43.
Na madrugada, o banco central chinês deu sequência ao anúncio de novas medidas de estímulo, desta vez com um corte na taxa de empréstimos com prazo de um ano. Isso sustentou um novo salto na cotação do minério de ferro, o que tende a ajudar a Vale.
No entanto, a influência dos novos estímulos à economia da China sobre os mercados financeiros internacionais parece ter encontrado um limite hoje, com ativos de risco em dificuldade na busca por novas altas.
Diante disso, a atenção dos investidores volta-se nesta quarta-feira para o IPCA-15 de setembro.
Analistas de mercado antecipam aceleração na leitura mensal (de +0,19% para +0,28%) da prévia da inflação, mas uma desaceleração na comparação anual (de +4,35% para +4,28%).
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Bom ou ruim, o dado vai se somar ao arsenal de indicadores por meio do qual o Copom pautará sua próxima decisão de política monetária.
Embora os dirigentes do BC não tenham sinalizado com clareza o próximo passo, os participantes do mercado financeiro têm certeza de que a Selic, atualmente fixada em 10,75% ao ano, vai subir de novo na próxima reunião, no início de novembro. Resta saber quanto.
Mas brasileiro é gato escaldado quando o assunto é juro. As taxas são as grandes inimigas de quem contrai dívidas. Na ponta oposta, porém, elas podem se transformar na grande aliada de quem encontra condições de construir algum patrimônio.
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SETOR IMOBILIÁRIO
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RUMO À DESALAVANCAGEM
Um reforço bilionário para o caixa: Equatorial (EQTL3) levanta R$ 2,41 bilhões para financiar a compra da Sabesp (SBSP3). Segundo a empresa de energia, foram subscritas 74.188.422 ações a R$ 32,50 cada, equivalente a 96,4% dos papéis oferecidos na operação.
EDUCAÇÃO
Quem vai ficar com a Vitru (VTRU3)? Após rumores sobre fusão, empresa confirma contratação de bancos para análise de “potenciais oportunidades”. Companhia de educação à distância estaria em negociações com Grupo Cruzeiro do Sul (CSED3) e com a Ydugs (YDUQ3), segundo site.
PRESIDENTE BRASILEIRO
Do embargo de Cuba a alfinetada em Elon Musk: os 5 principais temas do discurso de Lula na ONU. O presidente tocou em temas sensíveis em nível global, citando as tentativas de resolução dos conflitos, extremismos políticos e regulação de empresas de tecnologia.
PRIVATIZAÇÕES
Efeito Sabesp (SBSP3)? Por que Tarcísio acredita que o saneamento básico será o ‘novo pré-sal’ do país. Para o governador de São Paulo, marco do saneamento conseguiu transformar setor e gerar investimentos no Brasil inteiro.
MERCADO TODO DE OLHO
Gigante Asiático ‘na direção certa’: entenda o pacote de estímulos da economia da China que deu ânimo às ações da Vale (VALE3) e fez o dólar cair 1%. O banco central chinês divulgou uma série de medidas que pode “ressuscitar” a economia da China – veja o que você precisa saber.
RENDA EXTRA NO BOLSO
Dividendos da ‘fábrica de bilionários’: Weg (WEGE3) pagará R$ 293,9 milhões em juros sobre capital próprio – como receber? Ações da Weg (WEGE3) sobem 51% em 2024 e investidores podem receber parcela dos ganhos da empresa; veja os prazos.
ESTÃO DE OLHO
Na mira do xerife: SEC acusa empresas de criptomoedas por vendas fraudulentas para investidores. As empresas envolvidas não negaram as acusações e concordaram em resolver o caso por meio de acordo.
IMÓVEIS
Ficou mais caro comprar casa própria no Brasil com juro alto — e a classe média é quem mais sofre, diz Abrainc. Participação do mercado de médio padrão no Valor Global Lançado (VGL) caiu de 60% para 50% no segundo trimestre de 2024.
MIGRAÇÃO DE RECURSOS
Trocando de mãos: gestoras de Wall Street deixam Nvidia de lado e estão migrando para este fundo — de criptomoedas. Os executivos estão migrando para cotas de um fundo de índice negociado em bolsa (ETF, em inglês) da iShares, focado em bitcoin (BTC).
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