Rodolfo Amstalden: Na torcida pelos nossos concorrentes
A decepção com nossos concorrentes México e Índia pode trazer bons frutos para o Brasil?
Você deve ter visto por aí que o México voltou à capa do noticiário econômico.
Com a eleição de Claudia Sheinbaum sacramentada por meio de maiorias constitucionais tanto na Câmara quanto no Senado, o mercado teme que Claudia se transforme em uma espécie de Dilma Rousseff unlimited.
Uma guinada à extrema esquerda justamente no momento em que Trump se prepara para reassumir a presidência dos EUA pode comprometer sobremaneira a tese de nearshoring que vinha sustentando o interesse dos investidores gringos.
Por conseguinte, o peso mexicano vem sofrendo desde o fim de semana das eleições, e o ETF iShares MSCI Mexico cai quase -10% em dólares week to date.
- Não sabe onde investir neste momento? Veja +100 relatórios gratuitos da Empiricus Research e descubra as melhores recomendações em ações, fundos imobiliários, BDRs e renda fixa
Em paralelo, a largamente esperada reeleição de Narendra Modi na Índia veio acompanhada de um nem tão esperado repique da oposição, que acabou dividindo cadeiras importantes no parlamento.
Com isso, Modi terá que governar por meio de coalizão, o que pode dificultar a aprovação de reformas pró-mercado.
De uma forma ou de outra, esses soluços emergentes depositaram uma pergunta ambígua no coração dos investidores brasileiros:
Um certa dose de decepção com México/Índia seria boa para o Brasil?
Esse é um tipo de pergunta meio vexatória em economia, pois remete ao mesquinho jogo de soma zero, no qual o sucesso momentâneo do mercado brasileiro decorreria do tropeço de seus principais pares.
Logo, por si só, a pergunta evidencia que estamos em situação desfavorável; não temos méritos intrínsecos a exibir agora, não dependemos apenas de nós mesmos.
Uma eventual valorização por aqui seria o resultado de desvalorizações por lá.
Eu não acho que o eventual downgrade de México/Índia seja bom para o Brasil.
Por outro lado, suspeito que os avanços econômicos conquistados por Javier Milei na Argentina possam nos servir de inspiração - em particular, a coragem de cortar e desvincular gastos públicos, em vez de só aumentar impostos.
Ao governo atual ou ao próximo presidente, vale a referência de que até mesmo uma janela compacta de 6 meses pode ser suficiente para levantar o moral… ou para afundar de vez.
Com mundo de olho na abertura dos Jogos Olímpicos, mercado aguarda PCE para o pontapé inicial na bolsa
Além de Wall Street, Ibovespa também repercute hoje os números do Governo Central e o balanço da Vale no segundo trimestre
“Caçadores de ações”: a empresa que ainda está fora do radar dos investidores, mas é por pouco tempo
A ótima prévia operacional nos deixa mais confiantes de que essa companhia está no caminho certo para voltar a dar lucro ainda em 2024, podendo inclusive se tornar uma boa pagadora de dividendos para quem tem paciência e pensa no longo prazo
Bugs, bolhas e tecnologia: Big techs azedam o clima nas bolsas em dia de PIB dos EUA e de IPCA-15
Ibovespa ainda tem que lidar com petróleo e minério de ferro em queda e dólar em alta com mercado à espera do balanço da Vale
Rodolfo Amstalden: Obrigado, mas não, obrigado
Recentemente, a startup de cibersegurança Wiz deixou passar uma oferta de US$ 26 bilhões feita pela dona do Google
A maionese desanda na bolsa: Big techs e minério de ferro pesam sobre os mercados internacionais e Ibovespa paga a conta
Enquanto resultados trimestrais da Tesla e da dona do Google desapontam investidores, Santander Brasil dá início à safra de balanços dos bancões por aqui
Tudo o que você precisa saber sobre os ETFs de Ethereum (ETH) que acabaram de ser lançados
Segue um dashboard da Bloomberg mostrando as gestoras que estão criando seus respectivos ETF´s de Ether, tickers, taxas, exchanges de negociação e custodiantes
Ibovespa fica a reboque do exterior antes dos balanços das big techs
Enquanto temporada de balanços ganha tração em meio a agenda fraca, Ibovespa se prepara para os resultados dos bancões
Uma rotação setorial está em andamento — e ela conversa com o ‘Trump Trade’
Rotação setorial coincide com esgotamento da valorização das ‘big techs’ em Wall Street e inflação desacelerando nos EUA
Felipe Miranda: Erro de design na indústria de multimercados
O que aconteceu para os conhecedores de política monetária restritiva perderem tanto dinheiro no começo de 2024?
O poder dos fatos novos: Ibovespa reage a desistência de Biden e corte de juros na China
A bolsa brasileira tem pela frente uma agenda carregada, com os balanços da Vale e do Santander e o IPCA-15; lá fora, PCE é o destaque