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Rodolfo Amstalden: Esta história não vai acabar assim

Se o Fed não tivesse elevado os juros, a inflação teria caído? Se Trump não fosse favorito à reeleição, a bolsa americana estaria subindo? Se a Arezzo tivesse levado a Hering lá atrás, existiria espaço para a fusão com Soma?

7 de fevereiro de 2024
20:31 - atualizado às 19:49
Arte conceitual mostrando uma pessoa de terno com um símbolo de interrogação no lugar da cabeça; em segundo plano, um fundo azul com um gráfico. A imagem representa uma pessoa com dúvidas na carreira e no mercado corporativo; também pode indicar dúvidas referentes aos investimentos
Imagem: Shutterstock

Todo torcedor de futebol desapontado imagina como as coisas poderiam ter acontecido de forma diferente.

E se o Casemiro tivesse feito aquela falta no Modric, mesmo às custas de um cartão vermelho?

E se o Piquerez estivesse um pouco mais concentrado na batida do pênalti?

Por um lado, fato é que nunca saberemos.

Por outro, esses exercícios imaginativos tendem a ser bastante úteis para desvendar o futuro, pois revelam a absurda fragilidade das premissas passadas.

O papel do historiador

Isso tudo remete a uma discussão pesada em Filosofia da História (não confundir com História da Filosofia) sobre qual é o genuíno papel do historiador.

A vertente mais tradicionalista entende que os historiadores devem buscar o máximo de objetividade em seus relatos, de modo a não desvirtuar a preciosa trajetória dos acontecimentos.

Para esse grupo, o passado deve ser guardado a sete chaves em um museu. A realidade é soberana, e cabe a nós sermos observadores humildes e precisos do desenrolar dos fatos.

Há um outro grupo, entretanto, que defende uma visão mais crítica e plural da História, capaz de abarcar condicionantes que não se manifestaram, mas que carregavam probabilidades bem maiores que as de seus concorrentes.

Nesse novo contexto, a ideia é tentar tirar o máximo de insight dos exercícios contrafactuais.

Por exemplo: se Hitler tivesse nascido mulher, teríamos a 2ª Guerra Mundial?

Ou seja, o quanto tem a ver com Mein Kampf e o quanto tem a ver com a hiperinflação que tomou conta da República de Weimar?

É claro que não existe uma resposta definitiva para perguntas desse tipo. Exatamente por isso, o grau de provocação que elas proporcionam permite um enorme potencial de aprendizado.

A história contemporânea e os "e se" dos mercados

Essas dúvidas contrafactuais podem ser suscitadas mesmo séculos após o período analisado, mas creio que são ainda mais interessantes quando flertam com a história contemporânea.

  • Dado que o mercado de trabalho americano segue praticamente ileso, sem sintomas diretos de transmissão monetária, resta-nos o dever de cogitar: se o Fed não tivesse elevado os juros, a inflação americana teria cedido? Isto é, será que a inflação não era mesmo transitória, fruto de choques na oferta global?
  • Se a Arezzo tivesse levado a Hering lá atrás, existiria espaço para a fusão com Soma hoje? O quanto as decisões corporativas são conduzidas por cálculos racionais de sinergias, e o quanto são motivadas pelo impulso freudiano de reconquistar aquilo que se perdeu?

The answers are blowin' in the wind.

Confesso que eu não gostava muito de estudar História no colegial, muita decoreba a ser lembrada para passar no vestibular.

Mas agora eu gosto.

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