Ligando os pontos na bolsa: em dia de dot plot do Fed, inflação e rumo dos juros nos EUA ganham destaque; confira essas e outras notícias que mexem com o seu bolso hoje
Enquanto investidores também aproveitam o Dia dos Namorados, perda da dominância do dólar, recompra de ações da Rede D’Or e MP do PIS/Cofins entram no rada

Hoje é dia de ligar os pontos no mercado financeiro. Não se trata de solucionar nenhuma espécie de mistério ou problema complexo, mas literalmente de interpretar um monte de pontinhos em um pedaço de papel. Refiro-me ao dot plot do Fed.
Trata-se de um gráfico de pontos no qual cada dirigente do banco central norte-americano assinala qual acredita ser o rumo da taxa básica de juros nos Estados Unidos no curto prazo.
O dot plot é divulgado trimestralmente junto com o comunicado da reunião do Fed e é analisado com atenção pelos agentes do mercado financeiro.
Como a expectativa para hoje é de que o Fed mantenha os juros nos níveis mais elevados em décadas, as atenções se voltam para o comunicado, para a entrevista coletiva do presidente do Fed, Jerome Powell, e especialmente para o gráfico de pontos.
Isso porque ele deve trazer mudanças consideráveis em relação ao dot plot anterior. Em março, os diretores do Fed projetavam até três cortes de juros até o fim do ano. No entanto, os dados jogaram contra eles no último trimestre.
A atividade econômica norte-americana segue firme, o mercado de trabalho continua aquecido e o dragão da inflação reluta em voltar para a jaula.
Leia Também
Rodolfo Amstalden: Um estranho encontro com a verdade subterrânea
Nessa situação, vai ter gente feliz da vida se os dirigentes do Fed projetarem pelo menos uma aparadinha na cabeleira dos juros ainda em 2024.
Isso porque é a hesitação do Fed em relação ao início de um ciclo de corte de juros que vem dificultando a vida dos ativos de risco mundo afora, inclusive em mercados emergentes como o Brasil.
Antes de juntar os pontos, porém, os investidores precisam prestar atenção aos números da inflação nos Estados Unidos em maio. O indicador não vai mexer com a decisão do Fed, mas pode movimentar bem o mercado até sua divulgação.
Por aqui, o Ibovespa tenta dar sequência à alta de 0,73% da véspera acompanhando o leve tom positivo observado nas bolsas internacionais na manhã desta quarta-feira.
O que você precisa saber hoje
DIA DOS NAMORADOS NO CARTÓRIO
Amor, amor, negócios à parte: busca por proteção de bens faz contratos de namoro baterem recorde; saiba como funciona. O documento tem como objetivo reconhecer e formalizar um relacionamento afetivo e também serve para esclarecer que não existe uma união estável entre o casal.
PERDENDO O PODERIO
Acabou para o dólar? FMI confirma perda gradual e constante da dominância da verdinha — e moedas que ganharam espaço surpreenderam. Ainda que as incertezas econômicas contribuem para a valorização do dólar, alguns países começaram a incluir outras moedas nas reservas cambiais.
CONFIRA OS CENÁRIOS
Rede D’Or (RDOR3) quer recomprar até R$ 1 bilhão em ações e deve usar reserva de lucros para isso; como ficam os acionistas? A empresa poderá adquirir até 30 milhões de ações ordinárias, soma que corresponde a 10% do total em circulação no pregão de ontem.
MP DA COMPENSAÇÃO
Pacheco devolve MP do PIS/Cofins e impõe derrota ao governo Lula. Presidente do Senado diz que MP descumpre princípio de anterioridade para questões tributárias.
ENTREVISTA EXCLUSIVA
Diversidade de gênero: presidente da ABVCAP anuncia iniciativa para impulsionar mulheres em carreiras de investimentos. Em entrevista ao Seu Dinheiro, Priscila Rodrigues, presidente da Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital, contou detalhes do projeto de incentivo a mulheres.
Uma boa quarta-feira para você!
Tudo sob controle: Ibovespa precisa de uma leve alta para fechar junho no azul, mas não depende só de si
Ibovespa vem de três altas mensais consecutivas, mas as turbulências de junho colocam a sequência em risco
Ser CLT virou ofensa? O que há por trás do medo da geração Z pela carteira assinada
De símbolo de estabilidade a motivo de piada nas redes sociais: o que esse movimento diz sobre o mundo do trabalho — e sobre a forma como estamos lidando com ele?
Atenção aos sinais: Bolsas internacionais sobem com notícia de acordo EUA-China; Ibovespa acompanha desemprego e PCE
Ibovespa tenta manter o bom momento enquanto governo busca meio de contornar derrubada do aumento do IOF
Siga na bolsa mesmo com a Selic em 15%: os sinais dizem que chegou a hora de comprar ações
A elevação do juro no Brasil não significa que chegou a hora de abandonar a renda variável de vez e mergulhar na super renda fixa brasileira — e eu te explico os motivos
Trocando as lentes: Ibovespa repercute derrubada de ajuste do IOF pelo Congresso, IPCA-15 de junho e PIB final dos EUA
Os investidores também monitoram entrevista coletiva de Galípolo após divulgação de Relatório de Política Monetária
Rodolfo Amstalden: Não existem níveis seguros para a oferta de segurança
Em tese, o forward guidance é tanto mais necessário quanto menos crível for a atitude da autoridade monetária. Se o seu cônjuge precisa prometer que vai voltar cedo toda vez que sai sozinho de casa, provavelmente há um ou mais motivos para isso.
É melhor ter um plano: Ibovespa busca manter tom positivo em dia de agenda fraca e Powell no Senado dos EUA
Bolsas internacionais seguem no azul, ainda repercutindo a trégua na guerra entre Israel e o Irã
Um longo caminho: Ibovespa monitora cessar-fogo enquanto investidores repercutem ata do Copom e testemunho de Powell
Trégua anunciada por Donald Trump impulsiona ativos de risco nos mercados internacionais e pode ajudar o Ibovespa
Um frágil cessar-fogo antes do tiro no pé que o Irã não vai querer dar
Cessar-fogo em guerra contra o Irã traz alívio, mas não resolve impasse estrutural. Trégua será duradoura ou apenas mais uma pausa antes do próximo ato?
Felipe Miranda: Precisamos (re)conversar sobre Méliuz (CASH3)
Depois de ter queimado a largada quase literalmente, Méliuz pode vir a ser uma opção, sobretudo àqueles interessados em uma alternativa para se expor a criptomoedas
Nem todo mundo em pânico: Ibovespa busca recuperação em meio a reação morna dos investidores a ataque dos EUA ao Irã
Por ordem de Trump, EUA bombardearam instalações nucleares do Irã na passagem do sábado para o domingo
É tempo de festa junina para os FIIs
Alguns elementos clássicos das festas juninas se encaixam perfeitamente na dinâmica dos FIIs, com paralelos divertidos (e úteis) entre as brincadeiras e a realidade do mercado
Tambores da guerra: Ibovespa volta do feriado repercutindo alta dos juros e temores de que Trump ordene ataques ao Irã
Enquanto Trump avalia a possibilidade de envolver diretamente os EUA na guerra, investidores reagem à alta da taxa de juros a 15% ao ano no Brasil
Conflito entre Israel e Irã abre oportunidade para mais dividendos da Petrobras (PETR4) — e ainda dá tempo de pegar carona nos ganhos
É claro que a alta do petróleo é positiva para a Petrobras, afinal isso implica em aumento das receitas. Mas há um outro detalhe ainda mais importante nesse movimento recente.
Não foi por falta de aviso: Copom encontra um sótão para subir os juros, mas repercussão no Ibovespa fica para amanhã
Investidores terão um dia inteiro para digerir as decisões de juros da Super Quarta devido a feriados que mantêm as bolsas fechadas no Brasil e nos Estados Unidos
Rodolfo Amstalden: São tudo pequenas coisas de 25 bps, e tudo deve passar
Vimos um build up da Selic terminal para 15,00%, de modo que a aposta em manutenção na reunião de hoje virou zebra (!). E aí, qual é a Selic de equilíbrio para o contexto atual? E qual deveria ser?
Olhando para cima: Ibovespa busca recuperação, mas Trump e Super Quarta limitam o fôlego
Enquanto Copom e Fed preparam nova decisão de juros, Trump cogita envolver os EUA diretamente na guerra
Do alçapão ao sótão: Ibovespa repercute andamento da guerra aérea entre Israel e Irã e disputa sobre o IOF
Um dia depois de subir 1,49%, Ibovespa se prepara para queimar a gordura depois de Trump abandonar antecipadamente o G-7
Acima do teto tem um sótão? Copom chega para mais uma Super Quarta mirando fim do ciclo de alta dos juros
Maioria dos participantes do mercado financeiro espera uma alta residual da taxa de juros pelo Copom na quarta-feira, mas início de cortes pode vir antes do que se imagina
Felipe Miranda: O fim do Dollar Smile?
Agora o ouro, e não mais o dólar ou os Treasuries, representa o ativo livre de risco no imaginário das pessoas