🔴 A TEMPORADA DE BALANÇOS DO 1T25 JÁ COMEÇOU – CONFIRA AS NOTÍCIAS, ANÁLISES E RECOMENDAÇÕES

Felipe Miranda: o value investing não morreu, mas está cada vez mais complexo

Há vícios em curso no mercado tornando muito mais complexo e nuançado o jogo do value investing clássico

19 de fevereiro de 2024
20:28 - atualizado às 17:54
acoes-bolsa-de-valores
Imagem: Divulgação

Olho para os ovos de chocolate já decorando as gôndolas do supermercado e lamento: a Páscoa será mais cara. Os preços do cacau disparam no mercado internacional. Depois de sobreviver com dificuldades à lista de material escolar, facilmente confundida com uma lista telefônica, o pai de família agora calcula os prejuízos da Paixão.

Eu não sei como rola na sua família, mas lá em casa a gente faz assim: esconde os ovos das crianças e coloca umas pegadinhas de coelho como rastro (melhor avisar a patrulha woke: não são pegadas de coelho de verdade).

omo são três filhos com razoável diferença de idade, os mais novos contam com um auxílio verbal durante a caça ao tesouro. Se caminham na direção correta, estimulamos: “tá quente… tá muito quente agora…” já se se afastam do esconderijo, alertamos: “tá frio… ih, esfriou muito.” 

O mais velho fica em desvantagem informacional, claro, porque os outros se beneficiam daquele direcionamento vocal. Um pequeno sopro para conduzi-los em direção ao triunfo. É uma tentativa de promovermos a equidade vertical.

Os diferentes precisam ser tratados de maneira diferente. Caso contrário, a maior experiência e o desenvolvimento cognitivo do mais velho tornariam o jogo muito injusto. A verdadeira meritocracia há de considerar as condições de partida.

Evidentemente, isso só acontece porque não estamos diante de um ambiente que deveria perseguir o mesmo acesso à informação a todos, que pressupõe isonomia a seus participantes e requer a publicidade e a simultaneidade de dados relevantes.

Leia Também

O value investing clássico chegou ao fim?

Na semana passada, viralizou entrevista de David Einhorn a um podcast da Bloomberg, em que o fundador da Greenlight Capital basicamente decretou o fim do value investing clássico. Segundo ele, como o dinheiro migrou muito para os fundos passivos, que, por construção, não têm qualquer opinião sobre valor ou qualidade empresarial, tudo agora se resume a uma tentativa de adivinhação sobre o preço daqui a 15 minutos.

Não há mais relação direta com os fundamentos operacionais, econômicos e financeiros. Aquilo que está subindo atrai atenção dos fundos de momentum e Trend following, que ficaram gigantescos, e continua subindo quase indefinidamente a partir dessa maior demanda marginal. O caro fica cada vez mais caro, o barato vira uma eterna value trap.

Talvez haja algum exagero nas declarações, mas elas apontam na direção correta. Há vícios em curso no mercado tornando muito mais complexo e nuançado o jogo do value investing clássico.

Hoje, os CTAs, basicamente fundos seguidores de tendência, estão gigantescos, numa escala incomparável frente aos fundos de valor clássicos.

São eles que ditam preços, em especial no curto prazo — ocorre que “curto prazo” para economista é uma definição platônica, não se refere a um horizonte temporal cronológico estrito; o alerta original permanece: o longo prazo pode demorar mais tempo para chegar do que você pode suportar sem liquidez.

As variações são claramente desproporcionais a uma verdadeira mudança nos fluxos de caixa de hoje até o infinito trazidos a valor presente por uma taxa de desconto apropriada. Em outras palavras, o valor intrínseco de uma companhia pode mudar pouco, mas a variação do preço da ação é enorme.

Com CTAs enormes e fundos de ações pequenos, importa muito mais uma tentativa de antecipar qual é a próxima notícia do que propriamente quanto mudou o valor justo da empresa.

Não estou dizendo que os mercados não deveriam se mover na margem, a partir justamente da notícia marginal. O buraco é mais embaixo. Tenho observado uma dinâmica mais complexa: se uma empresa vai reportar uma próxima notícia negativa, sua ação cai desproporcionalmente frente àquilo que representaria de diminuição de seus fluxos de caixa. Tudo vira: se o próximo resultado é ruim, venda; valuation não é mais driver.

A coisa parece um pouco pior no Brasil. Há razões para isso

A primeira delas é a falta de profundidade e liquidez de nosso mercado. De repente, entra um único sujeito shorteando e isso é suficiente para dizimar o preço da ação. Não há comprador marginal, porque o gringo está vendendo agora e os institucionais locais só tomam resgate. 

A indústria de fundos de ações brasileira foi solapada desde julho de 2021. Isso vale tanto para o tamanho quanto para a qualidade de muitas gestoras — pessoas e instituições formidáveis e com histórico muito vencedor sofreram pesadamente com resgates.

Sócios principais saíram do negócio em alguns casos; em outros, ficaram ricos demais, estão mais velhos e com outros interesses, sem a mesma dedicação de antes. Em muitas situações, o segundo escalão desmotivou-se com a remuneração dos últimos anos e a falta de perspectiva deixada pela distante marca d’água para pagamento futuro de taxa de performance.

Então, você tem o fundador e uma distância enorme até o restante de sua equipe, muito mais júnior agora e com pouco tempo de rua. Sobram MBAs, falta street smartness.

Calma que vai ficar mais feio 

A ideal original do value investing residia em tratar ações como empresas, estimar o valor justo dessas empresas e comparar com seu preço atual. Se o preço estivesse muito abaixo do valor intrínseco, projetado com conservadorismo e sob a devida margem de segurança, seria uma oportunidade de compra.

A essência do processo exigia apropriar-se de uma assimetria de informação em favor do analista. Supostamente, ele seria capaz de identificar melhor do que a média do mercado o valor intrínseco daquele ativo. Assim, percebendo a ineficiência e a distorção, poderia ter um lucro extraordinário e sistemático.

Aí você já percebe que, com o desenvolvimento do mercado em direção à maior eficiência, com mais players profissionais arbitrando informação e modelagem, mais acesso à capital etc, o jogo já ficaria mais difícil.

O problema fica muito maior, no entanto, porque essa vantagem informacional não está necessariamente acontecendo por maior diligência, capacidade de análise ou modelagem superior. Hoje há, de maneira institucionalizada, um tratamento não isonômico em termos informacionais conferido a determinados players. Em resumo, se você está entre os amigos do rei, acaba tendo acesso antes a informações relevantes das companhias.

Claro que tudo é feito sob uma roupagem lícita, borderline, para parecer coisa de gente fina, elegante, sincera. Nenhum departamento de RI liga para o gestor e fala: “anota aí que o lucro vai ser R$ 250 milhões, enquanto o mercado tem R$ 100 milhões. Saia comprando na frente”. Bom, ao menos não que eu saiba.

A dinâmica é mais cheia de nuance, sutil, respeita o rito legal. Está mais na esfera ética e moral do que propriamente no campo da ilegalidade, embora, como as reuniões costumam ser presenciais e em salas fechadas, não se possa afastar a hipótese de certos cruzamentos de limites, seja de maneira deliberada ou mesmo por algum descuido momentâneo típico da espontaneidade de conversas ao vivo.

Um exemplo real

Conto uma história real, que acaba de acontecer, para ilustrar o argumento. Preservo o nome dos envolvidos porque tenho juízo, três filhos pra criar e uma mãe viúva dona de casa.

Há algumas semanas, olhei para a planilha de cotações e identifiquei uma ação de nossa cobertura caindo cerca de 10%. Procurei notícias na imprensa, no site de RI, CVM, terminal da Bloomberg, Broadcast, Valor Pro, pegadas de coelho… não vi nada. No dia seguinte, outra queda importante. Sem novidades públicas ainda.

Alguns dias depois, em conversa com um grande amigo gestor, descobri. A tal empresa havia feito um follow-on no ano passado. Tinha atraído os bons value investors, gente que faz conta, de longo prazo, competente. Mas aí, quando o book estava praticamente fechado, entraram os Hedge funds topando pagar cerca de 5% pra cima.

Certo ou errado, a companhia optou por levantar uma graninha a mais. Foi alertada do curto prazismo da turma e de que, ao primeiro solavanco, venderiam. “Não, mas somos muito próximos das casas; inclusive sou amigo pessoal lá de um dos gestores.”

Ocorre que a realidade operacional da companhia veio pior do que ela mesma esperava. As dificuldades de capital de giro se impuseram além do contemplado. As sinergias (sempre elas) não vieram. “Hmmm, vamos frustrar nossos investidores.” Como não se pode desagradar os amigos do rei, “precisamos avisá-los.”

Assim começam as reuniões de “quente e frio”, neste caso com o “quente" dando lugar ao “gelado”. As primeiras conversas começam com os cariocas, sempre mais espertos, que obviamente saem vendendo na frente. Depois, a coisa chega na Faria Lima. Outra derrocada. Enquanto você piscava, a ação caiu 30%.

Veja: embora esse seja um caso importante, a crítica não é específica. Não se trata de uma companhia, de uma situação, de um gestor, de uma pessoa. O tal “quente e frio” que os gestores e analistas fazem com as empresas nos interregnos de divulgação de resultados virou coisa institucionalizada, uma prática corriqueira de mercado.

Gestor fala da parada em podcast viral, algo como: “a gente bate os números com as empresas agora em janeiro, faz aquele famoso quente e frio.” Bom, se você sabe antes de mim que o resultado de determinada empresa está quente, você compra na hora.

Não porque goza de maior capacidade analítica ou competência, mas simplesmente porque recebeu uma “info quentinha” (ou fria, se for o caso). Queiram me desculpar, mas isso não é value investing. Isso é apropriação indébita de assimetria de informação.

Outra anedota capaz de ilustrar o absurdo em que chegamos. Conversando com um outro gestor na semana passada, ele me confidenciou que sua mais recente técnica de trading envolve o seguinte: agora, sua gestora se antecipa ao Corporate access.

Ele descobre que determinado banco ou corretora vai promover um encontro com um diretor ou acionista relevante de uma determinada empresa. Como outros fundos estarão presentes na reunião (privada, claro), ele sabe que poderá haver compra marginal a partir daquele encontro. Então, ele compra na frente e soca depois. Segundo ele, tem funcionado na média. Retornos extraordinários positivos! Agora temos os fundamentalistas, os analistas técnicos e os traders de Corporate access.

E para corroborar a saúde fragilizada dos nossos value investors, numa importante conferência recente, um grande gestor de ações trouxe o argumento de que, com o retorno, a liquidez e a ausência de volatilidade das LCIs e LCAs, ele se viu forçado a alterar a sua estratégia de investimento.

Antes, ficava focado no fundamento das companhias e na convergência entre preço e valor intrínseco, uma atividade que requer um horizonte temporal de mais longo prazo. Agora, como os clientes sacavam se o retorno não viesse logo ou diante da primeira volatilidade, ele se via obrigado a focar em retornos de curto prazo.

Temos um novo nome para style drift, quando o gestor ou o analista começa a divergir muito de sua vocação, de seu círculo de competência, de seu propósito original ou até mesmo de seu mandato. 

Entre ganhar dinheiro no longo ou no curto prazo, suspeito que poucos escolheriam a primeira opção. O value investor recorre ao longo prazo simplesmente porque é (quase) impossível ganhar no curto, quando há muito mais aleatoriedade e pouca evidência de convergência entre preço e valor intrínseco. Se ele já sabia ganhar dinheiro no curto prazo, por qual fetiche optava antes pelo longo prazo?

Algo está subvertido. Nas comunicações e lives abertas ao público, há enorme escrutínio da sociedade e do regulador (o que é correto, claro). Nada extraordinário pode ser falado, sob o risco de ofícios subsequentes. Nas reuniões privadas com os amigos da corte chegada em 1808, não há nenhum escrutínio e tudo pode ser falado. Os value investors tradam a próxima rodada de informação ou, ainda pior, uma reunião de acesso corporativo. Charlie Munger morreu foi de desgosto.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
FERIADÃO À VISTA

Como fica a rotina no Dia do Trabalhador? Veja o que abre e fecha nos dias 1º e 2 de maio

30 de abril de 2025 - 7:30

Bancos, bolsa, Correios, INSS e transporte público terão funcionamento alterado no feriado, mas muitos não devem emendar; veja o que muda

DERRETENDO

Azul (AZUL4) volta a tombar na bolsa; afinal, o que está acontecendo com a companhia aérea?

29 de abril de 2025 - 17:09

Empresa enfrenta situação crítica desde a pandemia, e resultado do follow-on, anunciado na semana passada, veio bem abaixo do esperado pelo mercado

RAIO-X DO INVESTIDOR

Quase metade dos apostadores de bets também são investidores — eles querem fazer dinheiro rápido ou levar uma bolada de uma vez

29 de abril de 2025 - 14:30

8ª edição do Raio-X do Investidor, da Anbima, mostra que investidores que diversificam suas aplicações também gostam de apostar em bets

RAIO-X DO INVESTIDOR

14% de juros é pouco: brasileiro considera retorno com investimentos baixo; a ironia é que a poupança segue como preferência 

29 de abril de 2025 - 14:05

8ª edição do Raio-X do Investidor da Anbima mostra que brasileiros investem por segurança financeira, mas mesmo aqueles que diversificam suas aplicações veem o retorno como insatisfatório

EM ALTA

Prio (PRIO3): banco reitera recomendação de compra e eleva preço-alvo; ações chegam a subir 6% na bolsa

29 de abril de 2025 - 12:02

Citi atualizou preço-alvo com base nos resultados projetados para o primeiro trimestre; BTG também vê ação com bons olhos

GOVERNANÇA CORPORATIVA

Tupy (TUPY3): Com 95% dos votos a distância, minoritários devem emplacar Mauro Cunha no conselho

29 de abril de 2025 - 8:30

Acionistas se movimentam para indicar Cunha ao conselho da Tupy após polêmica troca do CEO da metalúrgica

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA

29 de abril de 2025 - 8:25

Investidores também se preparam para o relatório de produção e vendas da Petrobras e monitoram entrevista coletiva de Galípolo

SD Select

Mesmo investimentos isentos de Imposto de Renda não escapam da Receita: veja por que eles precisam estar na sua declaração

29 de abril de 2025 - 8:00

Mesmo isentos de imposto, aplicações como poupança, LCI e dividendos precisam ser informadas à Receita; veja como declarar corretamente e evite cair na malha fina com a ajuda de um guia prático

conteúdo EQI

Quanto e onde investir para receber uma renda extra de R$ 2.500 por mês? Veja simulação

28 de abril de 2025 - 10:00

Simulador gratuito disponibilizado pela EQI calcula o valor necessário para investir e sugere a alocação ideal para o seu perfil investidor; veja como usar

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços

28 de abril de 2025 - 8:06

Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana

IR 2025

Tem offshore? Veja como declarar recursos e investimentos no exterior como pessoa jurídica no IR 2025

28 de abril de 2025 - 7:40

Regras de tributação de empresas constituídas para investir no exterior mudaram no fim de 2023 e novidades entram totalmente em vigor no IR 2025

ABRINDO OS TRABALHOS

Nova temporada de balanços vem aí; saiba o que esperar do resultado dos bancos

28 de abril de 2025 - 6:05

Quem abre as divulgações é o Santander Brasil (SANB11), nesta quarta-feira (30); analistas esperam desaceleração nos resultados ante o quarto trimestre de 2024, com impactos de um trimestre sazonalmente mais fraco e de uma nova regulamentação contábil do Banco Central 

conteúdo EQI

FI-Infras apanham na bolsa, mas ainda podem render acima da Selic e estão baratos agora, segundo especialistas; entenda

26 de abril de 2025 - 12:00

A queda no preço dos FI-Infras pode ser uma oportunidade para investidor comprar ativos baratos e, depois, buscar lucros com a valorização; entenda

DUO ONIPRESENTE

A coruja do Duolingo na B3: aplicativo de idiomas terá BDRs na bolsa brasileira

25 de abril de 2025 - 18:48

O programa permitirá que investidores brasileiros possam investir em ações do grupo sem precisar de conta no exterior

TCHAU, B3!

OPA do Carrefour (CRFB3): de ‘virada’, acionistas aprovam saída da empresa da bolsa brasileira

25 de abril de 2025 - 13:42

Parecia que ia dar ruim para o Carrefour (CRFB3), mas o jogo virou. Os acionistas presentes na assembleia desta sexta-feira (25) aprovaram a conversão da empresa brasileira em subsidiária integral da matriz francesa, com a consequente saída da B3

DEPOIS DO BALANÇO DO 1T25

Vale (VALE3) sem dividendos extraordinários e de olho na China: o que pode acontecer com a mineradora agora; ações caem 2%

25 de abril de 2025 - 13:14

Executivos da companhia, incluindo o CEO Gustavo Pimenta, explicam o resultado financeiro do primeiro trimestre e alertam sobre os riscos da guerra comercial entre China e EUA nos negócios da empresa

RUMO AOS EUA

JBS (JBSS3) avança rumo à dupla listagem, na B3 e em NY; isso é bom para as ações? Saiba o que significa para a empresa e os acionistas

25 de abril de 2025 - 10:54

Próximo passo é votação da dupla listagem em assembleia marcada para 23 de maio; segundo especialistas, dividendos podem ser afetados

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Deixa a bolsa me levar: Ibovespa volta a flertar com máxima histórica em dia de IPCA-15 e repercussão de balanço da Vale

25 de abril de 2025 - 8:23

Apesar das incertezas da guerra comercial de Donald Trump, Ibovespa está a cerca de 2% de seu recorde nominal

IR 2025

Como declarar recursos e investimentos no exterior como pessoa física no imposto de renda 2025

25 de abril de 2025 - 6:45

Tem imóvel na Flórida? Investe por meio de uma corretora gringa? Bens e rendimentos no exterior também precisam ser informados na declaração de imposto de renda; veja como

SEXTOU COM O RUY

Hypera (HYPE3): quando a incerteza joga a favor e rende um lucro de mais de 200% — e esse não é o único caso

25 de abril de 2025 - 6:03

A parte boa de trabalhar com opções é que não precisamos esperar maior clareza dos resultados para investir. Na verdade, quanto mais incerteza melhor, porque é justamente nesses casos em que podemos ter surpresas agradáveis.

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar