Senhorio com CNPJ: com US$ 320 bilhões em imóveis, maior operadora de residenciais para renda do mundo conta como quer consolidar mercado no Brasil
A Greystar opera mais de US$ 320 bilhões em imóveis em quase 146 mercados e estreou no país com o lançamento de um empreendimento em São Paulo

Apesar de ter ganhado tração nos últimos anos, o mercado brasileiro de imóveis residenciais para renda — ou multifamily, como o segmento é mais conhecido — ainda enfrentava desafios para decolar de vez no país.
O principal deles, segundo gestores ouvidos pelo Seu Dinheiro, era a falta de players especializados na operação das propriedades. Mas esse empecilho já começou a ser contornado com a chegada da maior gestora de propriedades imobiliárias para renda do mundo, a Greystar.
Vale relembrar que empreendimentos multifamily consistem em complexos residenciais nos quais todas as unidades — normalmente pertencentes a uma mesma empresa ou investidor — são voltadas para o aluguel e são muito populares no exterior.
Somente a companhia norte-americana, por exemplo, opera mais de US$ 320 bilhões em imóveis em quase 146 mercados. E desembarcou no Brasil após o convite para entrar em uma parceria com o fundo canadense CPPI, a incorporadora Cyrela e a SKR.
A estreia ocorreu de forma modesta, com o lançamento de um empreendimento na cidade de São Paulo, o Ayra Pinheiros, no ano passado.

Mas os parceiros já preparam outros seis projetos para áreas nobres da capital paulista — onde enxergam as maiores oportunidades de crescimento —, como os bairros de Higienópolis, Moema e Perdizes. E a Greystar também está de olho na gestão das propriedades de outros nomes do setor.
Leia Também
“Operar é a parte mais difícil do mercado imobiliário, e essa é a nossa principal especialidade. Nós viemos para o Brasil para mostrar um serviço diferenciado e consolidar esse mercado”, afirma o country manager da Greystar no Brasil, Vitor Costa, em entrevista ao SD.
Escala é um dos segredos para o sucesso de um empreendimento multifamily
Além da gestão, a Greystar também desenvolve ativos residenciais para locação no exterior. Mas por aqui, ao menos por enquanto, o foco está em demonstrar a expertise da companhia na operação e adquirir escala.
Costa diz que, como a margem é pequena, é necessário ao menos cinco mil unidades para que a conta feche. “Quando entramos em uma nova região como o Brasil, sabemos que isso leva tempo. Enxergamos como uma maratona, não como uma corrida de 100 metros. Tem que ter paciência para chegar nessas cinco mil unidades”, diz o country manager.
Segundo Costa, após atingir o patamar será “naturalmente muito mais fácil” dobrar o número e inspirar ainda mais confiança na capacidade da companhia de adicionar valor e escala.
E como ganhar a confiança do mercado? De acordo com o Diretor de Operações da Greystar, Cristiano Viola, é preciso garantir que três stakeholders estejam sempre felizes: os moradores, o operador e os investidores.
- “Aluguel” de até R$ 4.432,62 com fundos imobiliários? Acesse as 5 oportunidades que podem te render “aluguéis” todos os meses. Confira entrevista e relatório gratuitos aqui.
“Estamos cuidando do ativo de um investidor a longo prazo, então há um olhar clínico para o cuidado com esses ativos. Além disso, estamos sempre atentos à demanda dos moradores e pensamos a infraestrutura dos ativos para eles. O Ayra Pinheiros é um lifestyle novo que mostra o que pode existir em São Paulo”, destaca Viola, também em entrevista ao portal.
Entre as comodidades para quem vive no empreendimento, ele cita:
- Rooftop com piscina;
- Estrutura de coworking completa, com espaços para leitura e reuniões presenciais e virtuais, salas privativas e estúdio para gravação de podcasts;
- Programação diversificada para moradores, incluindo festas temáticas, aulas de yoga e spinning;
- Espaços comuns com serviços especializados, como pet wash, academia 24h, área gourmet para churrasco, bicicletário e mais;
- Concierge, operação com interação digitalizada para o morador com atendimento e manutenção rápida.
Os planos da Greystar para o Brasil
Por enquanto, a Greystar foca nos locatários de média e alta renda no Brasil, mas busca parcerias para operar em outros segmentos.
“O multifamily tem muito potencial aqui. Brincamos com os nossos colegas de mercado que não é um jogo de rouba monte, há oportunidades para todos. O grande desafio aqui é mostrar que a tese pode ser um sucesso”, ressalta Vitor Costa.
Perguntado sobre os planos da companhia para os próximos anos, o executivo afirma que um dos principais objetivos é consolidá-la como a maior empresa de operação de multifamily no Brasil, tanto para novos empreendimentos da marca própria Ayra quanto de terceiros.
Há ainda uma outra frente de crescimento que já é explorada pela Greystar no Chile — primeiro país da América Latina no qual a companhia fincou bandeira, em 2017 — é a exportação de capital de investidores brasileiros para os projetos da empresa nos Estados Unidos.
Por lá, o multifamily já é um dos principais segmentos do mercado imobiliário e atrai centenas de bilhões de dólares por ano. “Já estamos no nosso segundo fundo no Chile e temos conversas adiantadas com gestoras brasileiras para montar fundos de investidores locais e levar o capital para os EUA.”
Vale destacar que, por enquanto, a Greystar atua apenas por meio de um fundo privado por aqui, mas já existem fundos imobiliários (FIIs) brasileiros focados em residencial para a renda e cujas cotas estão disponíveis na bolsa.
Entre os maiores representantes do segmento na B3 estão o Vectis Renda Residencial (VCRR11), o Rio Bravo Renda Residencial (RBRS11) e Luggo (LUGG11) — que é o pioneiro do setor.
Natura (NTCO3) renova contrato de locação de imóvel do FII BRCO11 e cotas sobem mais de 2% na bolsa hoje
Com a renovação do acordo pela Natura, o fundo imobiliário parece ter deixado para trás a fase de pedidos de rescisão antecipada dos contratos de locação de seus imóveis
Orgulho e preconceito na bolsa: Ibovespa volta do feriado após sangria em Wall Street com pressão de Trump sobre Powell
Investidores temem que ações de Trump resultem e interferência no trabalho do Fed, o banco central norte-americano
Como declarar fiagros e fundos imobiliários (FIIs) no imposto de renda 2025
Fundos imobiliários e fiagros têm cotas negociadas em bolsa, sendo tributados e declarados de formas bem parecidas
De olho na classe média, faixa 4 do Minha Casa Minha Vida começa a valer em maio; saiba quem pode participar e como aderir
Em meio à perda de popularidade de Lula, governo anunciou a inclusão de famílias com renda de até R$ 12 mil no programa habitacional que prevê financiamentos de imóveis com juros mais baixos
Ainda há espaço no rali das incorporadoras? Esta ação de construtora tem sido subestimada e deve pagar bons dividendos em 2025
Esta empresa beneficiada pelo Minha Casa Minha Vida deve ter um dividend yield de 13% em 2025, podendo chegar a 20%
Lucro de 17% isento de Imposto de Renda e com ‘pinga-pinga’ mensal na conta: veja como investir em estratégia ‘ganha-ganha’ com imóveis
EQI Investimentos localiza oportunidade em um ativo com retorno-alvo de 17% ao final de 2025, acima da inflação e da taxa básica de juros atual
Até tu, Nvidia? “Queridinha” do mercado tomba sob Trump; o que esperar do mercado nesta quarta
Bolsas continuam de olho nas tarifas dos EUA e avaliam dados do PIB da China; por aqui, investidores reagem a relatório da Vale
Minha Casa, Minha Vida: conselho do FGTS aprova nova faixa para quem tem renda de até R$ 12 mil com juros de 10%
A projeção apresentada ao Conselho é de que até 120 mil famílias sejam alcançadas pela nova faixa do programa Minha Casa, Minha Vida
Riza Arctium (RZAT11) anuncia inadimplência de inquilino, mas cotas sobem na bolsa nesta terça
Os investidores do FII não parecem estar assustados com a inadimplência — mas existe um motivo para a animação dos cotistas
Iguatemi (IGTI11) sobe na bolsa após venda de shoppings por R$ 500 milhões — e bancão diz que é hora de colocar as ações na carteira
Com o anúncio da venda, o BTG Pactual reiterou a recomendação de compra dos papéis da Iguatemi, mas não é o único a ver a transação como positiva
Imóvel na planta: construtora pode levar 6 meses para baixar hipoteca após quitação? Se ela não pagar dívida ao banco, posso perder meu imóvel?
É comum que contratos de compra de imóvel na planta prevejam um prazo para a liberação da hipoteca após a quitação do bem, mas ele pode ser bem dilatado; qual o risco para o comprador?
Acabou a magia? Ir pra Disney está mais caro, mas o ‘vilão’ dessa história não é Donald Trump
Estudos mostram que preços dos ingressos para os parques temáticos subiram mais do que a inflação americana; somado a isso, empresa passou a cobrar por serviços que antes eram gratuitos
Prazo de validade: Ibovespa tenta acompanhar correção das bolsas internacionais, mas ainda há um Trump no meio do caminho
Bolsas recuperam-se parcialmente das perdas dos últimos dias, mas ameaça de Trump à China coloca em risco a continuidade desse movimento
Para ficar perto de Trump, Zuckerberg paga US$ 23 milhões por mansão em Washington — a terceira maior transação imobiliária história da capital americana
Localizada a menos de 4 km da Casa Branca, a residência permitirá ao dono da Meta uma maior proximidade com presidente norte-americano
FII PVBI11 cai mais de 2% na bolsa hoje após bancão chinês encerrar contrato de locação
Inicialmente, o contrato não aplicava multa ao inquilino, um dos quatro maiores bancos da China que operam no Brasil, mas o PVBI11 e a instituição chegaram a um acordo
Como declarar aluguéis pagos e recebidos no imposto de renda 2025
Se você mora de aluguel ou investe em imóveis para renda, não se esqueça de informar os valores pagos ou recebidos pelo imóvel na sua declaração de IR 2025. Confira o passo a passo para declarar aluguéis no imposto de renda
Os gigantes estão de volta: XP Malls (XPML11) divide o pódio com FII logístico entre os fundos imobiliários preferidos dos analistas para abril
Dois fundos imobiliários ocupam o primeiro lugar no ranking de recomendações para abril. Os FIIs favoritos entre os analistas ainda estão sendo negociados com desconto
‘Ninguém pendura CDB na parede’: obras de arte ganham força como investimento; como colecionar?
Obras de arte são cada vez mais visadas como forma de diversificação do portfólio de investimentos; leiloeiro que está há 40 anos no mercado dá as principais dicas para começar a investir
Um café e um pão na chapa na bolsa: Ibovespa tenta continuar escapando de Trump em dia de payroll e Powell
Mercados internacionais continuam reagindo negativamente a Trump; Ibovespa passou incólume ontem
Com portfólio do RELG11 na mira, fundo imobiliário GGRC11 anuncia emissão de cotas milionária — e já avisou que quer comprar ainda mais imóveis
A operação do GGRC11 faz parte do pagamento pelo portfólio completo do RELG11, que ainda está em fase de negociações