Por que o mercado ficou arisco hoje? Ibovespa é arrastado por Nova York e termina dia abaixo de 130 mil pontos; dólar sobe a R$ 5,7811
Nos Estados Unidos, bolsas também foram puxadas para baixo devido à preocupação com os gastos elevados das big techs

Culpe o Chat GPT, se quiser. O boom da inteligência artificial está fazendo com que as maiores empresas de tecnologia do mundo, como Meta e Microsoft, gastem milhões para construir datas centers. São esses números que preocuparam o mercado no balanço do terceiro trimestre de 2024 das big techs e fizeram com que hoje fosse um dia ruim para as bolsas internacionais – e, consequentemente, para o Ibovespa.
O principal índice de ações brasileiro fechou esta quinta-feira (31) com queda de 0,71%, aos 129.713,33 pontos. No momento mais crítico do dia, o Ibovespa chegou aos 129.641,78 pontos. A queda em outubro foi de 1,6%.
No mercado de câmbio, o dólar à vista, ainda operando no maior patamar em três anos, subiu 0,31%, fechando o dia a R$ 5,7811. A moeda norte-americana acumulou alta de 6,13% no mês de outubro.
Lá fora, as quedas expressivas das ações da Meta e da Microsoft foram as principais responsáveis pela performance ruim do S&P 500 e da Nasdaq: os índices tiveram desvalorizações de 1,86% e 2,76%, respectivamente. O Dow Jones recuou menos, 0,90%.
Durante o dia, a empresa de Mark Zuckerberg chegou a cair 4,09%, enquanto a de Bill Gates, recuou 6,05%.
Outro fator que pesou contra o Ibovespa no dia de hoje foi o Bradesco (BBDC4), cujas ações caíram 4,39%, após divulgação do balanço do 3T24. O Seu Dinheiro fez a cobertura completa aqui.
Leia Também
A Vale (VALE3) também não ajudou a dar fôlego à bolsa. Em linha com a leve queda do minério de ferro, representado pelos contratos futuros na Bolsa de Dalian, a mineradora também fechou em baixa de 0,66%.
O petróleo terminou o dia em alta, devido a inesperadas quedas nos estoques dos Estados Unidos e relatos de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) pode adiar um planejado aumento na oferta. O avanço da commodity influenciou a Petrobras (PETR4), que fechou com ganho de 0,17%.
O dia foi bom para as empresas frigoríficas: a BRF (BRFS3) subiu 2,86%, liderando a ponta positiva do Ibovespa, após anúncio de um negócio milionário com a Arábia Saudita (leia mais aqui). A empresa-mãe Marfrig (MRFG3) também acompanhou a maré, fechando o dia com alta de 1,82%.
Na ponta negativa, as ações da Hypera (HYPE3) recuaram 8,30%, seguidas pelos papéis da CVC (CVCB3), que baixaram 5,09%. No caso da Hypera, a notícia da apresentação da oferta da EMS pesou sobre os ativos. O Seu Dinheiro contou essa história e você pode conferir os detalhes aqui.
Por que os balanços da Meta e da Microsoft não foram tão bem recebidos pelo mercado?
Além de serem duas das empresas mais valiosas do mundo, a Meta e a Microsoft têm grande peso em dois dos principais índices acionários: o S&P 500 e o Nasdaq. Por consequência, os balanços dessas companhias têm uma relevância para o mercado inteiro.
De forma geral, os números do 3T24 de ambas não foram ruins. A empresa de Zuckerberg reportou receita de US$40,589 bilhões, 18,9% maior do que no 3T23. Já a de Gates teve 16% de alta no mesmo indicador, com US$65,585 bilhões.
O que fez o mercado ficar arisco foi a elevação dos custos e despesas. As techs estão investindo pesado em infraestrutura para inteligência artificial, o que tem pressionado as margens.
Pelo momento extremamente favorável para esta tecnologia, os gastos com a IA não devem parar tão cedo.
Agora, o mercado também aguarda o resultado de outras duas importantes big techs: Apple e Amazon. Veja o calendário completo dos balanços do 3T24 aqui.
Redução do desemprego no Brasil e expectativa para a inflação dos EUA
No contexto macroeconômico, destacam-se os dados de redução do desemprego no Brasil: no trimestre terminado em setembro, a taxa foi de 6,4%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Esta é a segunda menor taxa da série histórica da PNAD Contínua, que registra as taxas desde 2012.
Além disso, foi divulgado um dos principais dados de inflação dos EUA, o PCE (índice de preços de consumo pessoal), usado como balizador pelo Federal Reserve (Fed) para os juros.
- Quando comparado com o CPI, equivalente ao IPCA, o PCE abrange muito mais bens e serviços presentes no cotidiano dos norte-americanos. Além disso, os itens que o compõem são revisados com mais frequência. Consequentemente, os números trazidos pelo PCE costumam ser considerados mais próximos da realidade dos consumidores. Por isso, é a medida preferida do BC dos EUA para a inflação.
O PCE mostrou um aumento de 0,2% em setembro e subiu 2,1% no acumulado de 12 meses, em linha com as expectativas do mercado. A meta de inflação anual do banco central dos EUA é de 2%, um patamar que não é atingido desde fevereiro de 2021.
* Com informações do Money Times.
Copa do Mundo 2026: veja quais ações comprar para lucrar com o campeonato, segundo a XP
Para quem quer ter uma carteira de torcedor, a corretora recomenda investir em empresas patrocinadoras do evento ou ligadas ao turismo
Ouro bate novos recordes e fecha em alta, após romper os US$ 3.900 pela primeira vez — e valorização não deve parar
Metal precioso teve sua quinta alta consecutiva nesta quarta e renovou máximas intradiária e de fechamento
Ibovespa disparou 100% das vezes que os juros caíram no Brasil, diz estudo — e cenário atual traz gatilhos extras
Levantamento da Empiricus mostra que a média de valorização das ações brasileiras em 12 meses após o início dos cortes é de 25,30%
Investir em ações ESG vale a pena? Estudo da XP mostra que sim, com impacto positivo no risco
Relatório revela que excluir empresas com notas baixas em sustentabilidade não prejudica os retornos e pode até proteger a carteira em ciclos de baixa
UBS recomenda aumento da exposição a ações brasileiras e indica título de renda fixa queridinho dos gestores
Relatório destaca o fim do ciclo de aperto monetário nos EUA e no Brasil, com os próximos seis meses sendo decisivos para o mercado diante das eleições de 2026
FII BRCO11 quer ampliar a carteira de imóveis e convoca cotistas para aprovar novas compras; entenda a proposta
Os ativos pertencem a fundos imobiliários do mesmo gestor e, por isso, a operação configura situação de conflito de interesse
Bolsa barata em ano eleitoral: mito ou verdade? Estudo mostra histórico e ações pechincha com maior potencial de valorização em 2026
Do rali dos 150 mil pontos ao possível tombo: como aproveitar a bolsa nos próximos meses, com caixa ou compras graduais?
Dividendos gordos a preço de banana: descubra as ações prontas para voar no ano eleitoral
Estudo mostra que setores perenes continuam se destacando, mesmo com mudanças políticas e troca de mandatários; hora de comprar?
As maiores altas e quedas do Ibovespa em setembro: expectativas de cortes de juros no Brasil e nos EUA ditaram o mês
O movimento foi turbinado pelo diferencial de juros entre Brasil e EUA: enquanto o Copom manteve a Selic em 15% ao ano, o Fed iniciou o afrouxamento monetário
TRBL11 chega à grande batalha: FII entra na Justiça contra os Correios e cobra R$ 306 milhões
O impasse entre o FII e a estatal teve início há um ano, com a identificação de problemas no galpão localizado em Contagem (MG)
Sangria cada vez mais controlada na Resia anima mercado e MRV (MRVE3) salta no Ibovespa; o que fazer com as ações?
A construtora anunciou a venda de mais quatro terrenos da subsidiária norte-americana, em linha com os planos de desinvestimento por lá
Ibovespa bate (mais um) recorde intradia acima dos 147 mil pontos, mas perde o fôlego durante o pregão; dólar sobe a R$ 5,32
A bolsa brasileira teve uma ajudinha extra de Wall Street, mas acabou fechando estável
Gestoras Verde, Ibiuna e Vinland apostam na queda do dólar e destacam bitcoin, ouro e Tesouro IPCA+
Gestores de fundos multimercados notórios estão vendidos na moeda norte-americana e não veem tendência de reversão na maré de baixa no curto e médio prazo
Ouro renova recorde com investidores de olho na paralisação do governo dos EUA
Além do risco de shutdown, fraqueza do dólar também impulsiona o metal precioso
“Não compro o Trade Tarcísio”: Luis Stuhlberger espera disputa acirrada em 2026 e conta onde está investindo
Gestor da Verde Asset prevê uma eleição de 2026 marcada por forte volatilidade, descarta o chamado “Trade Tarcísio” e revela onde está posicionando o fundo
Liderança ameaçada? Com a chegada iminente de concorrentes, B3 (B3SA3) vai precisar melhorar seu jogo para “ganhar na bola”
A empresa tem um mindset “antigo e acomodado”, segundo analistas, e a chegada iminente de concorrentes sérios forçará a redução de preços e o aperto das margens
Pão de Açúcar (PCAR3) no topo, e Raízen (RAIZ4) na baixa: confira o que movimentou o Ibovespa nos últimos dias
O principal índice da B3 até encerrou a sessão de sexta-feira (26) em alta, mas não foi o suficiente para fazer a semana fechar no azul
Fundo imobiliário TRXF11 sobe o sarrafo e anuncia emissão recorde para captar até R$ 3 bilhões
A operação também vem na esteira de um outro marco: o FII atingiu a marca de 200 mil investidores
Ambipar (AMBP3) e Azul (AZUL4) disparam, Braskem (BRKM5) derrete: empresas encrencadas foram os destaques do dia, para o bem e para o mal
Papéis das companhias chegam a ter variações de dois dígitos, num dia em que o Ibovespa, principal índice da bolsa, opera de lado
O preço do barril de petróleo vai cair mais? Na visão do BTG, o piso da commodity vai ficar mais alto do que o mercado projeta
Para o banco, o preço mais alto deve se manter devido a tensões geopolíticas, riscos de interrupção de fornecimento e tendências que limitam quedas mais profundas